Hipóteses Descartadas Sobre o Sudário

“Em 1977, um grupo de cientistas americanos decidiu analisar o Sudário utilizando técnicas ligadas à computação. (…) No ano seguinte, esses cientistas davam a conhecer as suas conclusões, e todas apontavam no mesmo sentido: deve-se descartar categoricamente a hipótese de que a figura do Sudário tenha sido pintada.

(…) nenhum vestígio de tinta ou de pigmentos orgânicos ou inorgânicos; ausência total de traços que revelassem os movimentos de um lado para outro da mão do pintor: quer dizer, a figura é não-direcional; nenhum acúmulo de tinta ou de outra substância em certas áreas da figura. (…) nenhuma fibra profunda impregnada de qualquer material colorido. (…)

A imagem é monocromática, e os tons mais sombreados não surgem em resultado de um maior depósito de tinta ou do emprego de tonalidades cromáticas diferentes, mas unicamente do maior número de fibras superficialmente afetadas pela tonalidade cromática amarelada. *Os pesquisadores concordam atualmente em que os matizes de luzes e sombras resultam apenas de uma desidratação mais ampla ou menos ampla das fibras do tecido. (…)

Os cientistas do Projeto de Pesquisa verificaram ainda que a figura não surgiu de uma reação química entre a mistura de mirra e aloés com que, segundo os Evangelhos, se tratou o corpo de Jesus antes de sepultá-lo, e os elementos que lhe cobriam a pele – sangue, soro sanguíneo, suor, etc.  (…)

Nenhuma das diversas teorias ensaiadas conseguiu assim explicar, sem levantar objeções insanáveis, a origem da imagem estampada. Mesmo hoje, com todos os conhecimentos que se possuem, seria impossível reproduzir ou refazer a figura.

A teoria que apresenta menos dificuldades é a de que a imagem teria sido produzida por calor, ou por uma luz intensa, procedentes do próprio cadáver.

ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 17-19.