Teorias Sobre a Formação da Imagem

“Várias teorias propostas para a formação da imagem incluem as que se seguem, que depois serão discutidas em detalhe:

1. Hipótese artística ou produzida por artificio humano;

2 A hipótese vaporográfica de Vignon;

3 A hipótese de contato;

4. Hipótese de Volckringer;

5. Hipótese de McCrone sobre pintura com óxido de ferro;

6. A hipótese de desenho em relevo de Nickell;

7. Hipótese de desenho em relevo de Craig-Bresee;

8. As hipóteses de processamento fotográfico, que incluem:

a) A hipótese de processamento fotográfico de Crawley;

b) A hipótese Da Vinci formulada por Picknett e Prince;

c) A hipótese fotográfica de Allen;

9. Hipótese de hipertermia por carbonato de cálcio;

10. As teorias de radiação, que incluem:

a) A hipótese de queimadura por radiação;

b) A hipótese de modificação por descarga elétrica;

c) A hipótese de raios X;

d) A hipótese de modificação por radiação;

e) Outras hipóteses de radiação;

11.A hipótese bacteriológica de formação de imagem de Mattingly;

12. A hipótese de reação de Rogers-Arnoldi Maillard;

(…)

(…) as numerosas tentativas de reproduzir a imagem usando tintas, pigmentos e outras substâncias resultaram em fracassos retumbantes. Nenhum dos resultados apresentou as gradações exatas que tomaram possível o efeito de negativo-inverso quando testados fotograficamente, e também falharam no teste tridimensional.

(…)

Hipótese de Processamento Fotográfico

Desde quando Pia relacionou a imagem do Sudário a um negativo fotográfico e demonstrou essa aparente propriedade, inúmeros artigos foram publicados para apoiar a autenticidade, já que o conceito de fotografia era desconhecido na época da controvérsia Charny/d’Arcis. A fotografia era o resultado de dois processos que já existiam, mas precisavam ser associados a câmara escura e os processos químicos. E fato conhecido que, em 1490, Leonardo da Vinci deu duas descrições das da câmara escura em suas anotações e em um desenho de 1519, A câmara escura ganhou esse nome do astrônomo alemão Johannes Kepler, em 1604, e consistia em uma caixa escura de tamanho variável, às vezes maior que um cômodo, com um buraco em uma extremidade mais antiga menção à câmara escura foi feita pelo filósofo chinês Mo-Ti, em cerca de 5 a.C., que descreveu uma imagem invertida formada por raios de luz passando através de um pequeno furo para dentro de uma sala escura. Em 1609, Kepler sugeriu usar lentes de quartzo para melhorar a imagem projetada pela câmara escura. Por centenas de anos foi observado que certos sais de prata eram sensíveis à luz e não ficavam escuros quando expostos ao sol. Na primeira parte do século XIX, Thomas Wedgewood estava capturando imagens com os sais de prata, mas não conseguia mantê-las. Foi quando esses dois processos se juntaram que a fotografia foi criada. Por volta de 1818, Jean Nicephore Niepce produziu a primeira imagem fotográfica e chamou-a de heliografia. Em 1839, Sir John Herschel mudou a nome para “fotografia”, que deriva do grego para “luz” e “escrita”. (…). Esse reverso é primariamente notável porque artistas através da história têm detalhado tipicamente os pontos luminosos como as áreas claras e as sombras como as escuras. Isso é revertido na imagem do Sudário e, consequentemente, a imagem lembra a reverso claro escuro de um – negativo fotográfico. Porém, é aqui que a similaridade com um negativo fotográfico termina. Um exame cuidadoso revela que as áreas claras e escuras do Sudário são diretamente proporcionais às distâncias entre o corpo e a roupa nessas áreas. Em essência, a densidade da imagem do Sudário mapeou a topografia do corpo que a peça cobriu. Imagens fotográficas tem limites definidos ou distintos, mas isso não está presente no Sudário.

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(…)Geoffrey Asche em 1966 (…) especulou que uma breve e violenta onda de algum tipo de radiação ocorreu – além do surto de calor que atingiu o Sudário durante a Ressurreição. Ele concluiu: “A aceitação do Santo Sudário como uma ‘figura chamuscada’, independentemente de qual foi seu modo preciso de criação, justifica a seguinte declaração: ‘o Sudário é passível de explicação se ele envolveu um corpo humano ao qual algo extraordinário aconteceu. De outra forma, não pode ser explicado”.”

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Estudos mostram que existe uma surpreendente similaridade nas características físicas e químicas entre as fibrilas da imagem do corpo e as das fibrilas levemente queimadas. Ambas passaram por um processo de envelhecimento ou decomposição acelerado do linho (desidratação, oxidação e conjugação de múltiplos ligamentos s na estrutura molecular da celulose), mas nas fibrilas queimadas o processo foi mais rápido e destrutivo (…)

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A hipótese por descarga elétrica pretende fornecer um mecanismo de projeção, efetivar o mecanismo de distância roupa-corpo, codificar informação tridimensional, apresentar uma imagem negativa e mostrar imagens afetam os aspectos superficiais das fibrilas de linho.(…) raios globulares (…)

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Até 1879, nós aprendemos que havia apenas três estados de matéria na terra-sólido, líquido e gasoso. Em 1897, Sir William Crookes, um físico inglês, identificou um quarto estado de matéria, chamado plasma, que na verdade é a forma mais comum de matéria. Uma descarga elétrica é um plasma. Sólidos, líquidos e gases comuns são eletronicamente neutros e muito frios ou densos para permanecer em estado de plasma. (…)  O plasma consiste em uma coleção de elétrons livres e íons criados a partir da retirada de elétrons dos átomos usando uma fonte de energia termal, elétrica, ultravioleta ou a laser, que pode ser controlada ou acelerada por meio de campos magnéticos. Afirma se que a imagem do Sudário possui características que estão em evidencia em imagens produzidas por descargas elétricas. Essas imagens são superficiais, supostamente pode vencer a distância corpo-roupa e transportar e como a descarga elétrica é reduzida no ar, ela supostamente pode vencer a distância corpo-roupa e transportar informações tridimensionais.

(…)

Após examinação, Roger descobriu que era relativamente fácil detectar fibras de linho que tiveram exposição suficiente ao plasma (descarga elétrica). Os efeitos observados incluíram a combustão de fibras livres de linho, remoção de substâncias de penetração através da porosidade da roupa, combustão de materiais orgânicos etc. Ele não pôde encontrar nenhuma característica nas fibras do Sudário que parecesse material tratado com plasma. Rogers concluiu, a partir de seus estudos, que a imagem não tinha nada a ver com plasma ou descarga elétrica.

Eles concluíram que a imagem do Sudário podia ser explicada por uma queimadura causada por calor e não por descarga elétrica.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 309-348.