O mais útil de todos os saberes

“Platão definia a filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos para que vivam numa sociedade justa e feliz“. 

Descartes dizia que a filosofia “é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes com as quais ficam menos submetidos às forças naturais, às intempéries e aos cataclismos. 

Kant afirmou que a filosofia “é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer, o que pode fazer e o que pode esperar, tendo como finalidade a felicidade humana”. 

Marx declarou que a filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecêlo para transformálo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos. 

Merleau-Ponty escreveu que a filosofia “é um despertar para ver e mudar nosso mundo”.

Espinosa afirmou que a filosofia “é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser per­corrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade”. 

Qual seria, então, a utilidade da filosofia? 

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se dei­xar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para ser conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.” 

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 29.

Introdução: Para que filosofia?

Inútil? Útil?

Aula Magna

A filosofia começa com o espanto

Material Complementar

“Para Platão, o discípulo de Sócrates, a filosofia começa com a admiração ou, como escreve seu discípulo Aristóteles, começa com o espanto”…pois os homens começam e começaram sempre a filosofar movidos pelo espanto (…). Aquele que se coloca uma dificuldade e se espanta, reconhece sua própria ignorância. (…) De sorte que, se filosofaram, foi para fugir da ignorância”.

Admiração e espanto significam que reconhecemos nossa ignorância e exatamente por isso podemos superá-la.”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 22.

Introdução: Para que filosofia?

Atitude Crítica

Aula Magna

Brinquedo de Deus

“No livro de Platão chamado Nomoi (As leis), diz-se o seguinte: “Mas o homem foi feito para ser um brinquedo de Deus, e isso é realmente o melhor que há nele. Assim, pois, cada um, tanto um varão quanto uma mulher, seguindo essa instrução e jogando os mais belos jogos deve viver a vida”. “Deve-se viver brincando e jogando […], fazendo oferendas, cantando e dançando, para poder despertar a graça dos deuses […]”. Rituais de sacrifícios ou de oferendas são originalmente refeições comuns com os deuses. Festas e rituais abrem um acesso ao divino.

(…)

Deveríamos reconhecer que hoje perdemos aquela festividade, aquele tempo de celebração na medida em que absolutizamos trabalho, desempenho e produção.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 915.

Anexos: Tempo de celebração-a festa numa época sem celebração

Conhecimento Intuitivo

“Pitágoras, místico, filósofo e matemático grego (nascido em torno de 580 a.C.), enfatizava a experiência interior do conhecimento intuitivo. Platão (nascido em torno de 428 a.C.), cujas obras chegaram até nós como fundamento primordial da civilização ocidental, ensinou igualmente a necessidade do conhecimento suprassensorial para a apreensão das verdades eternas. O sábio neoplatônico Plotino (204-270 d.C.) praticou o ideal platônico de conhecimento intuitivo da Realidade. E escreveu: “Muitas vezes, despertando do corpo e voltando a mim mesmo, fugindo das outras coisas e entrando em mim mesmo, vejo uma beleza extraordinariamente maravilhosa; fico convencido de que então, mais do que nunca, pertenço à realidade superior, desfrutando a mais nobre das vidas e identificado com a Divindade.” Ele morreu exortando seus discípulos: “Esforçai-vos por fazer regressar o deus que há em vós ao Deus que habita no Todo”.

Os gnósticos (primeiros três séculos d.C.)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 265.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

A Natureza da Mente

“Na época em que este texto foi escrito, entre os séculos II e III d.C. Sócrates, Platão e Aristóteles já haviam dissertado textos sobre a natureza da mente, da alma, do corpo e do espírito, mas no início, o cristianismo foi formado por homens simples, muitas vezes iletrados, tinham coragem, fé, tinham o Espírito, mas possuíam pouco conhecimento, mesmo assim, da forma como eles compreendiam eles dissertaram suas convicções.”

Nascimento, Peterson do. O Tratado Sobre a Ressureição (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVII) – Versão Kindle, Posição 319.

A Simplicidade dos Ensinamentos

“(…) empolga-nos reconhecer que a mesma doutrina, cujas bases Jesus assentou na rudeza e simplicidade de um Pedro, na sublimação de Madalena e na sinceridade do publicano Mateus, mais tarde, gerou um Agostinho, discípulo apaixonado de Platão e cuja eloquência, ao expor a Teologia Cristã, abalou Roma e Cartago; ou ainda, o maior filósofo da Igreja, como é Tomás de Aquino, um dos maiores gênios da Idade Média na propaganda do Catolicismo. Mas prevendo também o perigo do intelecto desgarrar-se em demasia e depois formalizar o Evangelho acima do coração humano, aristocratizando em excesso o clero responsável pela ideia cristã, o Alto recorre então ao mesmo espírito que fora o apóstolo João e o faz renascer, na Terra, para viver a figura admirável de pobreza e renúncia de Francisco de Assis. Assim, o calor cordial do sentimento purificado e a abdicação aos bens transitórios do mundo, vívidos pelo frade Francisco de Assis, reativaram novamente a força coesiva e poderosa que cimentou as bases do Cristianismo nas atividades singelas de pescadores, camponeses, publicanos e gente de mau viver. Na comunidade da própria Igreja Católica, transformada em museu de granito e mármore, cultuando as quinquilharias de ouro e prata entre a púrpura e o veludo dos sacerdotes, o Alto situou Francisco de Assis, convidando todos os eclesiásticos à volta do Cristo-Jesus da simplicidade, da renúncia e do amor.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 183.

Outros Mensageiros Divinos

“O próprio Platão, nascido em Atenas em 429 a.C. era um Divino Filho de Deus nascido de uma virgem pura chamada Perictione, segundo acreditava o povo em geral. Está escrito em antigos registros que o pai de Platão, conhecido pelo nome de Aris, havia sido advertido por um sonho espiritual a manter pura e sagrada a pessoa de sua esposa, até que ocorresse a Divina Concepção e o  nascimento da criança esperada, cuja concepção seria por meios Divinos.

(…) em 41 a.C. a mãe de Apolônio fora informada por um deus, em sonho, que daria à luz um grande mensageiro de Deus, que seria conhecido pelo nome de Apolônio.

(…) Pitágoras., nascido em 570 a.C., aproximadamente, era honrado como Divino não só enquanto estava vivo mas também após sua morte. De acordo com o que dizem os escritos sagrados a seu respeito, sua mãe o concebera através de um espectro, ou o Espírito Santo, que lhe aparecera. Seu pai, ou pai adotivo, também fora informado por uma visão de que sua mulher iria ter um filho divinamente concebido e de que este filho se tornaria um benfeitor da humanidade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 78.