Contemplar o Universo e ouvir a verdade divina

“Tales de Mileto, o primeiro filósofo de que se tem notícia, andava pelos jardins de sua cidade olhando para o céu para conhecer o movimento dos astros e foi o primeiro astrônomo a prever um eclipse. Conta a lenda que, numa de suas andanças, Tales tropeçou e caiu num poço A pessoa que o tirou dali teria rido muito, dizendo-lhe: “Ei, Tales! Como você há de saber o que se passa no céu se não consegue ver o que se passa na terra?“, Essa anedota consagrou a imagem do filósofo como alguém distraído, que se ocupa com coisas distantes e não enxerga o que se passa à sua volta.

No entanto, uma outra lenda oferece uma imagem oposta a essa. Narra a historieta que Heráclito de Éfeso, também um dos primeiros filósofos, costumava ser visitado por pessoas que desejavam ouvi-lo e imaginavam encontrá-lo isolado e mergulhado em profundas meditações. Heráclito, porém, as surpreendia, pois o encontravam na cozinha, junto ao fogo, ocupado com os afazeres domésticos e, sorrindo, ele lhes dizia: “Aqui também se encontram os deuses”.Isto é, o que Heráclito estava querendo dizer é que em qualquer lugar é possível ocupar-se com a busca da verdade. Que não é preciso afastar-se da vida cotidiana e do contato com as pessoas para fazer filosofia.

Contemplar o Universo, como Tales, ouvir a verdade divina, como Heráclito, conversar com as pessoas, como Sócrates, eis várias maneiras de fazer filosofia.”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 10.

Introdução: Para que filosofia?

Aula Magna

A Sagrada Escritura

A Sagrada Escritura não precisa de nenhuma explicação. Quem fala verdadeiramente tem a plenitude da vida eterna, e sua escritura nos presenteia com uma maravilhosa união a mistérios autênticos, pois é um acorde da sinfonia do universo.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1661.

A sociedade que vem

A intuição têm acesso ao universo

“Em Sobre a religião, Schleiermacher eleva a intuição contemplativa à essência da religião e a contrapõe à ação: “Sua essência não é nem pensar nem agir, mas intuição e sentimento. Ela quer intuir o universo, […] ela quer escutá-lo devotamente, ela quer apreendê-lo em sua passividade infantil e ser plenificada por suas influências imediatas”.

Segundo Schleiermacher, a religião suspende “toda atividade em uma intuição admirada do infinito”. Quem age tem um objetivo diante dos olhos e perde o todo de vista. E o pensar dirige sua atenção a apenas um objeto. Somente a intuição e o sentimento têm acesso ao universo, a saber, ao ente em sua totalidade.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1565-1569.

A sociedade que vem

Confiar na mente universal em oração

“Colocando o caso de outra forma, não seria mais inteligente, quando em oração, confiar na mente universal para nos entregar o plano que melhor se adapte à realização do objetivo da nossa oração?”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.40.

A Consciência

A consciência de um homem comum é onipresente no microcosmo de seu corpo; ele pode ordenar a essa consciência que movimente qualquer parte do corpo. Similarmente, alguém que pela fé experimenta sua identidade com a Consciência Cósmica onipresente pode, por meio da vontade divina, governar qualquer aspecto do corpo macrocósmico do universo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 364.

O Universo Inteiro Move-se

“Tantos duvidam do céu porque não podem vê-lo! Todavia, não duvidam da brisa apenas porque ela é invisível. Ela se faz conhecer por seu som, pela sensação sobre a pele e pelo movimento das folhas e de outros objetos. O universo inteiro vive, move-se e respira por causa da invisível presença de Deus nas forças celestiais que estão por trás da matéria.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 282.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Comunidade de Seres Angélicos

“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor supremo do universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

(…)

A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, (…) e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 13.

O Meu Reino não é Deste Mundo

“(João 18:35-36).

O reino soberano de minha Consciência Crística universal é a Onipresença e por isso não pode ser limitado por esta esfera terrena, muito menos por uma pequena porção de terra que poderia ser o reino de um monarca mortal. (…) Mas meu reino ‘não é daqui‘ – sendo aqui’ uma época ou lugar específicos desta criação material. Os reis de uma pequena extensão do espaço-tempo finito descobrem que seu território é de marcado por limites ilusórios de passado, presente e futuro; e desfigurado pelas mãos devastadoras da mutabilidade. Mas é agora o meu reino‘: minha Inteligência Crística reina para sempre na imutabilidade do Eterno Agora, governando tanto os reinos primordiais causal e astral como o feudo subordinado da matéria.”

(…) Pelo fato de estar unificado com a Inteligência Suprema que governa todo o cosmos, ele não se sentia inclinado a lutar por um reino terreno nem pelo poder temporário de um rei. Com sua consciência onipresente em miríades de universos e em seus incontáveis sóis, luas e planetas, ele não poderia sequer conceber a ideia de aspirar a um reino limitado.

Ao permitir com toda a mansidão que o crucificassem – o que preparou o cenário para sua ressurreição -, Jesus demonstrou tanto sua própria imortalidade como a de todas as almas. Que concebível fascinação com um reino mortal transitório poderia prevalecer quando alguém está consciente de ser herdeiro do império da Eternidade? (…) o significado da resposta de Jesus a Pilatos foi que, sendo o soberano de um reino superior imperecível, ele havia treinado os discípulos a não lutar pela conquista de poder temporal nem para salvar a vida mortal perecível. (…) Jesus inspirou nos discípulos a sabedoria suprema de sacrificar a vida mortal em prol da vida e bem-aventurança eternas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 389-390.

Capítulo 74: A crucificação.

O “Grande Plano”

“O Grande Plano, ou “Manvantara” da escolástica oriental, que os hindus também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahma, ou de DEUS, é considerado o “tempo exato” em que o Espirito Divino “desce” até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 4.320.000.000 de anos do calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 anos, assim denominadas: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou “energia condensada” a “Noite de Brahma”, quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído pelas formas. Assim, cada fase chamada o “Dia de Brahma” e a “Noite de Brahma” perfaz o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de 4.320.000.000 anos, em cujo tempo DEUS completa uma “Pulsação” ou “Respiração”, subentendidas pela mentalidade ocidental ocultista como um Grande Plano na Criação Eterna**.”

¨*Vide a obra Mensagens do Astral de Ramatís, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação, no qual se esmiúça com bastante clareza o que se compreende por um “Grande Plano” ou “Respiração” de Brahma.

**Conforme os Vedas, “uma respiração ou pulsação macrocósmica de Brahma ou Deus, corresponde a uma respiração microcósmica do homem”. Os hindus também costumam definir por Manvantara um período de atividade planetária com suas sete raças.

*** Nota do Revisor:– Sob admirável coincidência, justamente quando revíamos as provas do presente capítulo, surpreendemo-nos pelo artigo “Universo em Expansão”, de Mendél Creitchinann, publicado no jornal O Estado do Paraná, de domingo, dia 17 de janeiro de 1965, cujo trecho de Interesse transcrevemos a seguir: “UNIVERSO EM EXPANSÃO – A solução de Friedman, matemático russo, das equações de Einstein acerca do universo, conduziu à possibilidade de um Universo em expansão ou contração. Como relatamos em capítulo anterior, esse matemático descobriu um engano na solução final das equações sobre o universo elaboradas por Einstein. Um dos tipos de Universo que as equações indicam é o que chama Gamow de pulsante.

Admite este modelo que, quando o universo atingisse uma certa expansão máxima permissível, começaria a contrair-se. A contração avançaria até que matéria tivesse sido comprimida até uma densidade máxima, possivelmente a do material nuclear atômico, que é uma centena de milhões de vezes mais denso que água. Que começaria então novamente a expandir-se, e assim por diante através do ciclo até o infinito.

Hosanas, pois, aos velhos mestres do Oriente, que há mais de 4.000 anos vêm ensinando o “Universo Pulsante através dos Manvantaras, da Grande Respiração ou Pulsação de Brahma, ou Deus, cuja diástole e sístole cósmicas correspondem exatamente à concepção de um Universo em expansão e contração, da nova teoria científica dos astrônomos modernos. Pouco a pouco desvendam-se os símbolos da escolástica hindu, e graças à cooperação da própria ciência acadêmica, ergue-se o “Véu de Isis e surge o ensinamento ocultista oriental em todo o seu preciosismo e exatidão cientifica.

(…)

“(…) desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama, esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o Universo exterior, é conhecido por “Manvantara”, e significa um período de atividade e não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou “Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmica.”

(…)

O Universo é a sucessão consecutiva de “Manvantaras” ou “Grandes Planos”, a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também as consciências individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lança das na corrente evolutiva das cadeias planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem o grau de angelitude. Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis” que vão surgir no próximo Grande Plano ou “Manvantara” vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os “maiores” ensinam os menores” a conquistarem também sua própria Ventura Imortal.

A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral. *Nota pessoal ao parágrafo: A chegada e epifanias da pirâmide.

A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de Deus. Os Grandes Iniciados têm amenizado essa dificuldade compondo diagramas especiais e graduado as diversas fases da descida do Espirito até a expressão matéria, como no caso dos “Manvantaras” ou Grandes Planos, em que avaliam os ritmos criadores mais importantes para auxiliar o entendimento do homem e fazê-lo sentir o processo inteligente de sua própria vida. É uma redução acessível ao pensamento humano, embora muito aquém da Realidade Cósmica, mas é a expressão gráfica mais fiel possível. Os hermetistas, hinduístas, taoístas, iogues, teosofistas, rosa-cruzes e esoteristas têm norteado os seus estudos com êxito sob esses gráficos inspirados pelos Mentores Siderais desde a extinta Atlântida.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 53-55.

Preâmbulo – Trechos Importantes

“Esta obra prende-se a algumas lembranças do contato que tivemos com Jesus de Nazaré, na Palestina, e de indagações que fizemos a alguns dos seus próprios discípulos naquela época, e a outros, aqui no Espaço.(…) pudemos revivê-los recorrendo aos arquivos ou “registros etéricos”, fruto das vibrações das ondas de luz, ao Éter ou “Akasha” dos orientais, que fotografa desde o vibrar de um átomo até a composição de uma galáxia*.

[*] “Conforme não mais ignoram os estudiosos e pensadores do Espiritismo, as poderosas sensibilidades etéricas, as ondas luminosas disseminadas pelo Universo, o fluido universal, enfim, sede da Criação, veículo da Vida, possui a prodigiosa capacidade de fotografar e arquivar em suas indescritíveis essências os acontecimentos desenrolados sob a luz do Sol, na Terra, ou pela vastidão do Infinito”. Trecho extraído da p. 56, da obra Dramas da Obsessão, de Yvonne A Pereira, editada pela Federação Espírita Brasileira.”

(…)

Não defendemos “tese” nem pretendemos firmar pontos doutrinários nos relatos sobre O Sublime Peregrino; tentamos apenas revelar-vos algumas atitudes e estados de espírito do Mestre Jesus, que se ajustam realmente à sua elevada contextura espiritual. (…) Em verdade, todos nós descobrimos, dia a dia, que ainda sabemos muito pouco sobre a natureza sideral de Jesus, e, possivelmente, só depois de alguns milênios poderemos conhecê-la em sua plenitude.

(…)

A tradição mitológica costuma sempre descrever o nascimento dos grandes iniciados ou avatares destinados a desempenharem relevantes missões sociais ou espirituais, como provindos de virgens e sob misterioso esponsalício estranho à ordem natural do sexo e da gestação Crisna, Lao-Tse, Zoroastro, Buda, Salivahana e outros instrutores espirituais nasceram de virgens e através de fenômenos ou processos extraterrenos.

(…)

A consumação do seu holocausto na cruz foi o coroamento messiânico e a confirmação inconfundível de toda sua doutrina recomendada à humanidade e sem derrogar as leis do mundo material, pois os seus próprios “milagres” nada tinham de sobrenaturais, mas podiam ser facilmente explicáveis pelas leis da física transcendental com relação aos fenômenos mediúnicos hoje conhecidos.

(…)

O Mestre mobilizava todos os recursos possíveis para evitar sua desencarnação prematura, cujo corpo de carne se ressentia do potencial elevado das vibrações emitidas pelo seu Espirito angélico. (…) O ritmo do metabolismo de sua vida espiritual ultrapassava o limite áurico de toda a humanidade terráquea, e os seus raciocínios transbordavam fora do tempo e do espaço, exaurindo-lhe o cérebro.

No seu hercúleo esforço para situar-se a contento, na carne, Jesus assemelhava-se a um raio de sol tentando acomodar-se numa vasilha de barro.

(…)

Malgrado o terrícola ainda não possuir sensibilidade moral apurada, em condições de avaliar o imenso sacrifício e abnegação despendidos por Jesus para descer aos charcos do vosso mundo, são bem menores as lutas, angustias e os tormentos do pecador, no sentido de purificar-se até subir as esferas da angelitude, ante o martírio do anjo que renuncia às venturas celestiais dos mundos divinos, para descer ao abismo pantanoso dos mundos materiais, como sucedeu a Jesus.

É bem mais fácil e cômodo despojarmo-nos dos trajes enlameados e tomarmos um banho refrescante, do que vestirmos roupas pesadas e descermos a um fosso de Todo repulsivo e infeccionado, onde se debatem criaturas necessitadas de nosso auxílio.”

Paz e Amor.

Ramatis

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 11-15.