A vida livre vibra em si mesma

“Na festa, a vida se relaciona consigo mesma, em vez de perseguir objetivos fora de si própria. Ela desarma a ação. É por isso que no sabá todas as atividades direcionadas a objetivos são interditadas. A vida que, livre de qualquer finalidade, vibra em si mesma, constitui o repouso festivo.

(…)

A vita activa sem a vita contemplativa é cega.

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1394-1435.

O Pathos da ação

A recompensa pelos esforços

“A vida ativa possui, certamente, sua validade e legitimidade próprias, mas, segundo Tomás de Aquino, ela tem a felicidade de servir à vita contemplativa como sua finalidade última: vita activa est dispositivo ad contemplativam [A vida ativa está a serviço da contemplativa]. A vita contemplativa é a “finalidade de toda vida humana” (finis totius humanae vitae). O ver contemplativo é toda a recompensa que recebemos por nossos esforços: tota merces mostra visio est [A visão é toda nossa recompensa].”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 957.

A Absoluta falta de ser

Vida ativa, vida contemplativa

“Provérbio de Cato […]: ‘Jamais se é tão ativo como quando, visto do exterior, aparentemente nada se faz, jamais se está menos só do que quando se está só na solidão consigo mesmo.

Não a vida ativa, mas só a vida contemplativa é que torna o homem naquilo que ele deve ser.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 378-385.

4| Vida Activa