O nous gesta todos os pensamentos

“Pois o nous gesta todos os pensamentos, tanto os bons, quando receber as sementes por Deus, como os contrários, quando receber as sementes por alguns dos daimones.

Pois as sementes de Deus são poucas, mas são grandes e belas e boas: virtude, sensatez e piedade; e a piedade é a gnose de Deus, que o conhecedor, vindo a ser cheio de todas as coisas boas, tem as intelecções divinas, e não as produzidas pela massa. Por isso, os que estão na gnose nem podem agradar à massa, nem a massa, a eles. (…) Mas o piedoso, tendo consciência da gnose, suportará todas as coisas; pois todas as coisas para ele, mesmo as más para os outros, são boas; mesmo sendo hostilizado, dirige todas as coisas à gnose, e somente ele faz com que as coisas más sejam favoráveis.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 175.

Parte II- Corpus Hermeticum Graecum.

Lilellus IX

O Bem é o próprio Deus

“Bem, ó Asclépio, em nada existe, senão somente em Deus. E certamente o Bem  sempre o próprio Deus.”

(…)

“O engano perverso, aqui, é a ausência do Bem.”

(…)

“Deus é a completude do bem, ou o Bem en completude de Deus… Pois as excelências das belas coisas são da essência dele.”

(…)

“Se puderes pensar em Deus, pensarás no Belo-e-Bom, o Ilustríssimo, o Iluminado por Deus. Como também ele é Deus, com efeito, aquela Beleza é incomparável, e aquele Bem é inigualável. (…) Pois um é o caminho que leva para ele: a piedade com a gnose.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 161-165.

Parte II- Corpus Hermeticum Graecum.

Lilellus VI

Construção espiritual de todas as virtudes

“(…) quando estavam escrevendo na Regra: “e sejam menores”, ao ouvir essas palavras disse: “Quero que esta fraternidade seja chamada Ordem dos Frades Menores”. De fato, eram menores, porque eram “submissos a todos”, sempre procuravam o pior lugar e queriam exercer o ofício em que pudesse haver alguma desonra, para merecerem ser colocados sobre a base sólida da humildade verdadeira e neles pudesse crescer auspiciosamente a construção espiritual de todas as virtudes.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 614.

PRIMEIRO LIVRO

Capítulo 15- Fama de São Francisco

Foi nobre de nascimento

“Foi nobre de nascimento e muito mais pela graça. Foi virgem no corpo e puríssima no coração; jovem em idade, mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria, sobressaiu na humildade. Foi Clara de nome, mais clara por sua vida e claríssima em suas virtudes.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 373.

PRIMEIRO LIVRO

Capítulo VIII- Restauração da igreja de São Damião.

Sujeito do dever

“É bem verdade que o sujeito moral, enquanto sujeito do dever, reprime todas as inclinações para o prazer em favor da virtude, mas o deus moral recompensa seu trabalho, exercido com dores e sofrimento, dando-lhe bem-aventurança.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 667.

Anexos: Sociedade do Esgotamento

A virtude no fracasso

“Se estou entendendo corretamente, você está afirmando que existe virtude no fracasso.”

“Não há inconsistência nas minhas afirmações. O que parece ser inconsistência na verdade é a sua falta de entendimento. O fracasso é uma virtude somente quando ele não leva uma pessoa a desistir de tentar e começar a alienar-se.”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.83.

Vencer o Mal com o Amor

(…) uma advertência para dissuadir criminosos potenciais, fazendo com que o castigo fosse equivalente ao crime.

As leis espirituais são eternamente verdadeiras, mas sua aplicação – registrada nos critérios que governam uma sociedade – pode requerer, em diferentes regiões e épocas, adaptações maiores ou menores de acordo com a natureza do ambiente em que são decretadas.

(…)

(…) não resistir ao mal com os métodos do mal. Jesus aconselha o homem a vencer o mal com a virtude infinitamente poderosa do perdão e do amor.

(…)

O ódio aumenta com o ódio, assim como o fogo aumenta com o fogo; mas, tal como o fogo é extinto pela água, também a ira é subjugada pela benevolência.

(…)

O ideal de não fazer retaliações não justifica submeter-se passiva mente ao erro nem à aprovação tácita do mal. Oferecer a outra face não visa fazer com que a pessoa se torne mental ou moralmente fraca, nem sugere suportar um relacionamento pessoal abusivo ou violento, mas sim instilar a força do autocontrole alcançada pela superação do impulso de agir sob a influência de um sentimento de vingança. Retaliar é um reflexo fácil, mas é preciso ter grande força mental para não revidar o golpe. Somente uma pessoa com forte caráter espiritual e elevados princípios pode resistir ao mal com a virtude.

(…)

A pessoa que se aperfeiçoou na prática da não-violência não permite a ninguém roubar-lhe a paz interior.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 523-524.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Hábito da Quietude

“As pessoas que, por meio da meditação, formaram o hábito da quietude gravitam naturalmente em direção à companhia de almas virtuosas e santas, assim como indivíduos materialmente inquietos preferem relacionar-se com pessoas mundanas. (…) A companhia correta proporciona o impulso necessário para se melhorar. Imitar os bons significa engajar-se em boas ações; as boas ações formam bons hábitos; e os bons hábitos desalojarão os maus hábitos.

(…) um ponto positivo acerca dos maus hábitos é que eles raramente cumprem suas promessas, revelando-se, por fim, invetera dos mentirosos.

(…)

A virtude é reconhecida pela vibração de harmonia que ela gera interiormente.

Escravizadas pelos maus hábitos, muitas pessoas tornam-se antiguidades psicológicas – jamais mudando, ano após ano cometendo os mesmos erros, deteriorando-se em suas obsessões.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 307-308.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Consciência Crística

” (…) um simples torrão de argila. Ele não estava enaltecendo a devoção pessoal que Maria lhe dedicava, mas aprovando sua perspicácia ao adorar o grande Deus do universo, cuja presença ele sentia conscientemente em sua Consciência Crística. Ele destacou com imparcialidade a sabedoria de Maria, que ofereceu adoração à mais venerável de todas as manifestações sagradas: a Consciência Crística presente no templo do corpo de Jesus – o reflexo vivo do Único Doador de toda a vida, de toda a consciência e de toda a virtude, inclusive dos impulsos caritativos de ajudar os pobres. (…) Jesus lembrou-lhes que eles teriam uma oportunidade perpétua de zelar pelos pobres, mas não teriam prontamente outra chance de demonstrar devoção a uma manifestação visível da presença de Deus numa forma corporal, pois essa é uma ocorrência rara na Terra.

As palavras de Jesus enfatizam que os devotos deveriam graduar sabiamente a importância de seus deveres espirituais e ações virtuosas, mantendo Deus como o primeiro e supremo objeto de adoração.

Existe uma única questão a ser resolvida na vida humana – estabelecer unidade com Deus -, mas essa simplicidade absoluta perde-se de vista em meio ao nevoeiro criado por milhões de outras questões! Negando a Deus um amor monoteísta, o homem tenta mascarar sua infidelidade com o respeito escrupuloso ao culto exterior da caridade.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 162-163.

Capítulo 64 : A entrada triunfal em Jerusalém.

Influência Entre os Essênios

“A seara cristã já estava com a terra pronta para a semeadura e garantida a germinação através do “adubo” essênio. Ali pregava-se a ideia superior do amor a Deus e ao próximo; pesquisava-se a imortalidade da alma e estudava-se a reencarnação; censurava-se a guerra, o furto, a exploração, a avareza, o ódio e a vingança. Cultuava-se a bondade, o perdão, a renúncia e o sacrifício da própria vida; faziam-se votos de retidão e de serviço ao próximo, protegiam-se as crianças, amparavam-se os velhos e os enfermos, ensinava-se o respeito alheio e o culto exclusivo dos bens do Espirito Superior.

Torna-se, portanto, evidente, que esse grupo de homens, cultuando isoladamente todas as virtudes superiores do Espírito, era uma espécie de “embaixada” espiritual que descera à Terra para receber o Messias, o qual, então, daria forma objetiva e didática aos mesmos princípios que os Essênios cultuavam e os cimentaria com a substância do seu próprio sangue.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 297-298.