“Depois que se retiraram os metais dos minérios mediante o processo de derretimento, deve-se limpá-los, o que seria o trabalho analítico, após o que a síntese química pode ser iniciada um paralelo exato com o que acontece em análise: primeiro o aspecto analítico e depois o sintético. O albedo é caracterizado por algo maravilhoso, visto que, dizem os alquimistas, daí em diante basta simplesmente alimentar o fogo, mantê-lo vivo, mas a parte mais árdua do trabalho já está feita. Só que, como se verá, o processo de transição do nigredo para o albedo é repetido muitas vezes. No texto que estamos estudando, ele é descrito sete vezes.

Quantas vezes, em análise, a pessoa liberta-se um pouco do problema, sentindo-se realmente em paz e, em certa medida, integrada consigo mesma, de modo que o pior parece ter passado? Mas três semanas depois tudo recomeça, como se nada tivesse sido feito. Muitas repetições são requeridas antes que a experiência se consolide (…)”

VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia, Uma introdução ao simbolismo e seu significado na psicologia de Carl G. Jung, Ed. Cultrix 2022, Pág 365-366.

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