“E, em toda esta obra, você vai ver o sonho como um meio de comunicação direto, pessoal e significativo com aquele que sonha um meio de comunicação que usa símbolos comuns a toda a humanidade, mas que os emprega sempre de modo inteiramente individual, exigindo para a sua interpretação uma “chave”, também inteiramente pessoal.
Os argumentos de Jung (e os de seus colegas) sobem em espiral por sobre um assunto como um pássaro que voa em torno de uma árvore. No início, tudo o que vê, perto do chão, é uma confusão de galhos e folhas. Gradualmente, à medida que voa mais alto, os diversos aspectos da árvore repetindo-se formam um todo que se integra no ambiente em torno. Alguns leitores podem achar este método de argumentação “em espiral” um tanto obscuro e até mesmo desordenado durante algumas páginas mas penso que não por muito tempo. É um processo característico de Jung e logo o leitor vai descobrir que está sendo transportado numa viagem persuasiva e profundamente fascinante.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 11.
Introdução: John Freeman