“Às ilhas normalmente aportam projeções de esferas psíquicas inconscientes; (…) No mar do inconsciente, a ilha representa a parte destacada da psique consciente (como se sabe, sob o mar a ilha continua e está ligada ao continente). Aqui a ilha representa um complexo autônomo, destacado do ego, com uma espécie de inteligência própria. Ela é um pedaço do consciente, fascinante e impreciso, que pode ter um efeito sutil e insidioso sobre o indivíduo.
Pessoas pouco evoluídas psiquicamente frequentemente têm complexos bastante incongruentes e isolados (…)
(…)
O complexo constrói seu próprio campo “consciente” separado do original onde os velhos pontos de vista ainda prevalecem, e é como se cada um fosse uma ilha do consciente, inde- pendente, com seus próprios portos e tráfegos.
(…) os gigantes formam uma raça sobrenatural antiga, sendo apenas semi-humanos. Eles representam fatores emocionais de força bruta que não emergiram ainda ao nível da consciência humana.”
FRANZ, Marie-Louise von. A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus, 2022, pág.151-153.
7. Sombra, anima e animus nos contos de fada