Com as melhoras crescentes,
surgia a necessidade de movimentação e trabalho.

Claro que não me faltava desejo. Minha posição ali, contudo, era assaz humilde para me atrever. Os médicos espirituais eram detentores de técnica diferente. No planeta, sabia que meu direito de intervir começava nos livros conhecidos e nos títulos conquistados, mas, NAQUELE AMBIENTE NOVO, A MEDICINA
COMEÇAVA NO CORAÇÃO, EXTERIORIZANDO-SE EM AMOR E CUIDADO FRATERNAL.

Terminado o serviço urgente, começou a chamar-nos, dois a dois. Impressionou-me tal processo de audiência. Soube, porém, mais tarde, que ele aproveitava esse método para que os pareceres fornecidos a qualquer interessado servissem igualmente a outros, assim atendendo a necessidades de ordem geral, ganhando tempo e proveito.

O Pai criou o serviço e a cooperação como
leis que ninguém pode trair sem prejuízo próprio.
Nada lhe diz a consciência neste sentido? Quantos bônus-hora poderá apresentar em benefício de sua pretensão?

A interpelada respondeu hesitante: Trezentos e quatro.
— É de lamentar — elucidou Clarêncio, sorrindo —, pois aqui se hospeda, há mais de seis anos, e apenas deu à colônia, até hoje, 304 horas de trabalho. Entretanto, logo que se restabeleceu das lutas sofridas em região inferior, ofereci-lhe atividade louvável na Turma de Vigilância, do Ministério da Comunicação…

O trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio. Para ajudarmos alguém, precisamos de irmãos que se façam cooperadores, amigos, protetores e servos nossos. Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes de simpatia.

Para que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por nossa vez. OS QUE NÃO COOPERAM NÃO RECEBEM COOPERAÇÃO. Isso é da lei eterna. E se minha irmã nada acumulou de seu para dar, é justo que procure a contribuição amorosa dos outros. Mas como receber a colaboração imprescindível, se ainda não semeou, nem mesmo a simples simpatia?

 

XAVIER, Francisco Cândido / André Luiz. Nosso Lar. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944. Edição Kindle.

CAPÍTULO 13 | NO GABINETE DO MINISTRO

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