— Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que
na Terra. Há residências, em Nosso Lar, que as dispensam
quase por completo, mas, nas zonas do Ministério do Auxílio,
não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vista os serviços pesados que as circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias.
É necessário renovar provisões de força.

— Nosso irmão talvez ainda ignore que
O MAIOR SUSTENTÁCULO DAS
CRIATURAS É JUSTAMENTE O AMOR.
De quando em quando, recebemos em Nosso Lar grandes comissões de instrutores, que ministram ensinamentos relativos à nutrição espiritual. Todo o sistema de alimentação, nas variadas esferas da vida, tem no amor a base profunda. O alimento físico, mesmo aqui, propriamente considerado, é simples problema de materialidade transitória, como no caso dos veículos terrestres, necessitados de colaboração da graxa e do óleo.

A alma, em si, apenas se nutre de amor. Quanto mais nos
elevarmos no plano evolutivo da Criação, mais extensamente conheceremos essa verdade. Não lhe parece que o
Amor divino seja o cibo do universo?

— Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evoluído o ser criado, mais sutil o processo de alimentação. O verme, no subsolo do planeta, nutre-se essencialmente de terra. O grande animal colhe na planta os elementos de manutenção, a exemplo da criança sugando o seio materno. O homem colhe o fruto do vegetal, transforma-o segundo a exigência do paladar que lhe é próprio, e serve-se dele à mesa do lar. Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado à medida que se intensifique a ascensão individual.

(…) no fundo, o verme, o animal, o homem
e nós dependemos absolutamente do amor. TODOS NOS MOVEMOS NELE E SEM ELE NÃO TERÍAMOS EXISTÊNCIA.

Jesus não preceituou esses princípios objetivando tão somente os casos de caridade, nos quais todos aprenderemos, mais dia menos dia, que a prática do bem constitui simples dever. Aconselhava-nos, igualmente, a nos alimentarmos uns aos outros, no campo da fraternidade e da simpatia.

Reencarnados na Terra, experimentamos grandes
limitações; voltando para cá, entretanto, reconhecemos que
toda a estabilidade da alegria é problema
de alimentação puramente espiritual.

O sexo é manifestação sagrada desse Amor universal e divino,
mas é apenas uma expressão isolada do potencial infinito.
Entre os casais mais espiritualizados, o carinho
e a confiança, a dedicação e o entendimento
mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória.
A permuta magnética é o fator que estabelece ritmo necessário à manifestação da harmonia. Para que se alimente a ventura, basta a presença, e, às vezes, apenas a compreensão.

XAVIER, Francisco Cândido / André Luiz. Nosso Lar. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944. Edição Kindle.

CAPÍTULO 18 | AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS

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