O Amor por Maria Madalena

“Os antagonistas de ambos os lados recorreram à técnica polêmica de escrever literatura originária, comprovadamente, da época dos apóstulos e de professar as concepções dos apóstolos originais sobre o assunto. Como observamos antes, o Evangelho de Filipe fala da rivalidade entre os discípulos homens e Maria Madalena, nele descrita como a companheira mais íntima de Jesus e o símbolo da Sabedoria divina:

(…) e a companheira [do Salvador é] Maria Madalena. [Mas Cristo a amava] mais que a [todos] os discípulos e  costumava beijá-la [com frequência] na [boca]. O restante [dos discípulos ficava ofendido com isso (…)] Eles lhe disseram: “Por que você a ama mais que a todos nós?” O Salvador respondeu e disse: “Porque eu não amo vocês mais do que [eu a amo]?”.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 71-72.

Capítulo: 3- Deus Pai / Deus Mãe.

Deus é Amor

Assim, o método supremo para que o homem possa livrar-se da necessidade de colher os resultados de suas ações errôneas do passado consiste em abandonar sua condição de ser humano, convertendo-se em filho divino. As más ações de uma alma identificada com o corpo (isto é, como o ego) terão de ser punidas de acordo com a lei do karma; mas se a alma, por meio da meditação extática, libertar-se totalmente de sua identificação com o corpo e se perceber como a pura imagem do Espírito, ela não estará mais sujeita a punição por quaisquer erros que tenha cometido em sua condição humana.

Suponhamos que o poderoso monarca de uma nação se disfarce e vá até uma taverna de seu reino, embriagando-se a ponto de esquecer sua estatura, e dê início a uma violenta briga com um dos clientes. Os taberneiros o levam até o juiz, o qual havia sido indicado para o cargo pelo próprio rei. Quando o juiz está prestes a pronunciar a sentença, o monarca recupera suas faculdades, retira o disfarce e diz: “Eu sou o rei que o nomeou para o cargo de juiz e tenho poder para lançá-lo na prisão. Como você se atreve a condenar-me?” Similarmente, a alma soberana e sempre perfeita, enquanto identificada com o corpo, pode agir mal e ser condenada pelo juiz do karma; mas, quando identifica sua consciência com Deus – o Criador do juiz cármico -, então essa alma régia não está mais sujeita ao julgamento relativo às suas negligências do passado.

(…)

O amor por Deus – a entrega a Deus – destrói no homem o karma da ignorância. O amor puro – o amor divino – remove as barreiras que se interpõem entre o homem e seu Criador. A mulher pecadora que “muito amou” foi transformada pelo toque santificante desse amor.

(…)

Deus é amor. Ainda que a consciência externa esteja iludida ou sob a influência do mal, toda alma é um sagrado receptáculo pleno desse divino amor.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 99-100.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Programas Sociais e Políticos Itópicos

“Programas sociais e políticos utópicos trarão poucos benefícios duradouros até que a humanidade aprenda a eterna ciência por meio da qual os seguidores de qualquer religião po dem conhecer Deus na unidade da comunhão da alma com o Espírito.

(…)

Ame o Amor Único que Se oculta por trás de todos os Seus atraentes disfarces.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 514.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Amar a Deus pela Oração e Meditação

“Santos e sábios que cumprem os dois maiores mandamentos não mais estão subordinados à disciplina dos outros mandamentos, pois, ao amarem a Deus na meditação transcendente e também como manifestado nos demais, honram automaticamente a justiça de todas as leis cósmicas.

(…)

Portanto, amar a Deus pela oração e meditação contínuas e amá-Lo por meio do serviço físico, mental e espiritual a todas as Suas manifestações em nossa família universal – eis o fundamento e a essência da totalidade das outras leis de conduta humana e das vidas libertadas.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 509.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Conhecer a Deus para Amá-Lo

“Embora seja necessário amar a Deus para conhecê-Lo, é igual mente verdade que precisamos conhecer Deus para amá-Lo.

(…)

Há apenas um Criador de todas as faculdades do homem. Deus é a Origem do amor com que amamos; de nossas almas com que cla mamos pela imortalidade; de nossas mentes e processos mentais com que pensamos, raciocinamos e alcançamos êxito; e de nossa vitalidade com que nos empenhamos nas atividades da vida.

(…)

Amar a Deus de toda a alma requer a completa quietude da interiorização transcendente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 503-505.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

O Adorador e o Objeto de Adoração

Criador por meio de formalidades religiosas externas corresponde a manter uma separação entre o adorador e seu Objeto de adoração; mas amar a Deus significa tornar-se Seu amigo, Seu filho, um com Ele.*

(…) essa lei não visa satisfazer a um capricho quixotesco de Deus, mas em vez disso é uma condição necessária para que a alma individualizada possa esta belecer uma conexão consciente com sua Fonte. Deus pode viver sem o amor do homem; todavia, assim como a onda não pode viver sem o oceano, não é possível para o homem existir sem o amor de Deus. A sede de amor em cada coração humano deve-se ao fato de o homem ser feito à imagem divina, plena de amor. Assim, os santos e avatares conclamam a humanidade a amar a Deus, não por uma compulsão ou mandamento, mas porque o oceano de Seu amor ergue-se por trás da pequena onda de amor em cada coração.

*Nota:Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? Apresentar-me-ei diante dele com holocausto, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de miríades de ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto das minbas entranhas pelo pecado da minha alma?

“Ele te declarou, o homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? (Miqueias 6:6-8).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 502.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Consciência, Existência e Bem-Aventurança

“O reino” é a transcendente e imanente Consciência Cósmica do Deus-Pai que tudo abarca, a Inteligência Infinita que constitui a única Realidade de toda a manifestação. “O poder” é a onipotência da vontade divina. E qual é a maior “glória” de Deus senão o Seu amor? Assim, temos a inteligência pura de Deus, a vontade pura de Deus e o amor puro de Deus – o reino, o poder e a glória, todos pertencentes a Deus. A mente racional não pode conceber Deus como o Absoluto Sem Nome, mas o homem pode compreender o conceito da tríplice natureza de Deus: consciência, existência e amor divino ou bem-aventurança.

1. Consciência: a Onisciência que tudo permeia;

2. Existência: a vontade cósmica que se expressa como a objetivação da vida e de toda manifestação;

3. Bem-aventurança (amor divino): o amor que alcançou a perfeição é bem-aventurança. Bem-aventurança, amor e beleza estes termos se complementam como sinônimos. A beleza é a manifestação harmoniosa do amor; a perfeição do amor é bem-aventurança.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 532.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Filiação Divina

“Os devotos que amam profundamente a Deus, sabendo que Ele é seu Pai amoroso, jamais sentem que precisam mendigar a Ele suas necessidades diárias, pois Deus lhes dará tudo o que necessitam sem que precisem pedir. Deus não deseja que Seus filhos se dirijam a Ele como mendigos. As preces mendicantes expressam dúvida quanto aos próprios direitos divinos como herdeiros do reino infinito de Deus.

Um mendigo obtém o que lhe cabe como mendigo, mas um filho tem direito à sua parte como filho. Esta é a consciência com que devemos nos dirigir ao Pai Celestial. Ele está sempre disposto a prover Seus filhos, bastando que estes se tornem capazes de receber, ao haver comprendido plenamente a sua imortal filiação divina.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 549.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Retribuir o Ódio com o Amor

“Os mortais comportam-se como mortais quando retribuem na mesma medida em que recebem; mas expressam sua inata divindade quando, a partir da pura magnanimidade de sua alma, retribuem o ódio com o amor e o mal com o bem.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 533.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.