“Dorn tem um pouco disso, vocês também devem ter um tanto disso, mas ele sempre volta à ideia de que o homem real, tal como ele mesmo o é, é o objeto e até mesmo o veículo da transformação interna. É nisto que Jung e eu concordamos com a alquimia mais do que com qualquer outra tradição: Não comece se entregando a esse pequeno truque de descartar o que você não pode mudar ou transformar para assim obter um maravilhoso resultado idealista que não resiste ao ser submetido ao teste.”
“No corpo humano oculta-se uma certa substância metafi-sicafíque é conhecida de pouquíssimas pessoas e que não precisa de nenhuma medicina pois ela mesma é a medicina incorruptível.”
“(…)Ele diz até mesmo (e é interessante que o diga depois de ter repetido as afirmações de desprezo pelo corpo que se encontra em qualquer texto da época sobre meditação) que a medicina que cura está no corpo, e não na anima nem no animus. É justamente naquela parte da personalidade que resiste de maneira mais intensa, e que chamaríamos de sombra, que se encontra a medicina que cura. Ela é incorruptível, e tem de ser reconhecida e extraída ali.”
VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia e a Imaginação ativa: estudos integrativos sobre imagens do inconsciente, sua personificação e cura. Ed. São Paulo: Cultrix, 2022. Pág.108-109.
1. Palestra
Origens da Alquimia: Tradições extrovertidas e introvertidas.