“A manifestação mais frequente da anima é a que toma a forma de uma fantasia erótica. Os homens podem ser levados a alimentar essas fantasias no cinema, nos shows de strip-tease ou nas revistas e livros pornográficos. É um aspecto primitivo e grosseiro da anima, mas que só se torna compulsivo quando o homem não cultiva suficientemente suas relações afetivas quando a sua atitude para com a vida mantém-se infantil.
Todos esses aspectos da anima apresentam as mesmas tendências que observamos na sombra, isto é, podem ser projetados de maneira a parecerem qualidades pertencentes a uma determinada mulher. É a presença da anima que faz um homem apaixonar-se subitamente, ao avistar pela primeira vez uma mulher, sentindo de imediato que é “ela”.
(…)
A importância excessiva que o homem consagra ao intelectualismo pode ser devida a uma anima negativa muitas vezes representada nas lendas e mitos por um personagem feminino propondo enigmas, que os homens devem resolver sob pena de perde rem a vida.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 238-240.
III O processo de individuação
M.-L. Von Franz