Sanctum Sanctorum

“Este local de reunião, em um quarto de cima ou sala superior, conforme citado no Livro dos Atos, era seu “templo secreto”, termo usado na antiguidade pelos colégios secretos de todas as épocas. Na verdade, a palavra templo, para indicar local de reunião isolado e sagrado, foi usada pela primeira vez pelas antigas escolas de mistério, e chegou até nós através do latim popular. Na maioria das sociedades e associações secretas do mundo de hoje, especialmente entre as que se dedicam ao estudo das filosofias sagradas e dos mistérios sagrados, o “Sanctum Sanctorum” ainda é chamado templo.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 146.

Milagre dos Milagres

“Então, a grande assembleia dispersou-se, ficando Jesus e Seus onze Apóstolos sozinhos. Subiram ao alto da pedra sob a qual se haviam reunido, formaram um círculo em cujo centro ficou Jesus. Enquanto eles cruzavam os braços, numa saudação mística, tendo a mão direita sobre o peito esquerdo e os pés na posição correta, simbólico do seu ritualismo, formou-se uma nuvem no centro do círculo. Isto não as surpreendeu, pois a formação dessa nuvem fora por eles testemunhada em muitas ocasiões e conheciam a lei pela qual ela se formava. Esperavam mesmo que, depois que se lhes fosse concedido o poder, também pudessem formar tais nuvens, em certas ocasiões. As antigas escolas de misticismo e de ciência divina, assim como as de hoje, têm praticado a formação do fenômeno, mantendo em segredo a sua fórmula. Quando essas nuvens se formam, aqueles que são por elas envolvidos se tornam invisíveis. Entretanto, no caso de Jesus, não só se tornou ele invisível, como também, quando a nuvem subiu, Ele subiu com ela. A certa altura, a nuvem gradualmente se dissipou e a forma espiritual de Jesus e a Sua forma física desapareceram.

(…)

Era o milagre dos milagres, pois as onze Apóstolos, com a descida do Espírito Santo, tornaram-se os herdeiros vivos do poder divino que Jesus possuíra, transferível por eles, da mesma forma, aos dignos, e usado por eles na propagação da sua missão e da missão de Jesus pela redenção do homem.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 130-131.

A paz esteja convosco!

“(…) Jesus a eles se dirigiu com a saudação mística- “A paz esteja convosco!” caracterizando e ilustrando o que Ele quisera dizer numa cerimônia mística anterior. Ele lhes mostrou as feridas abertas em Seu corpo, as fraturas, para provar que o corpo estava realmente “partido” como Ele partira o pão e lhos dera; mostrou-lhes o sangue vertendo de Seus ferimentos, como fora simbolizado pelo vinho que Ele pusera na taça.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 126.

O Poder do Espírito Santo

“(…) Suas palavras foram simbólicas, mas “Mas recebereis o poder quando o Espírito Santo baixar sobre vós: e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Samaria e até nos confins do mundo”. (Atos, Capítulo I.)”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 125.

Deu Vida às Palavras

“Enquanto sofria na Cruz os mais cruciantes padecimentos físicos e, ao mesmo tempo, a mais torturante humilhação, Ele deu vida às palavras que se destinavam a robustecer a fé que Seus discípulos depositavam nos ensinamentos por Ele pregados, no cumprimento de uma das maiores promessas que lhes fizera.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 122.

Oração em Forma de Cântico no Processo de Cura

“Os discípulos aprenderam com Jesus que as orações feitas em forma de canto, utilizando sons que aplaquem as turbulências de um cérebro agitado e sosseguem o sistema nervoso que se exalte, são ajudas valiosas; e é por esta razão que nas escolas místicas de hoje, que estão perpetuando as doutrinas secretas de Jesus – e aquelas igrejas que tentam perpetuar os antigos princípios dos discípulos, os cânticos e as orações na forma de um canto, e o uso de sons de vogais continuam sendo um processe curativo importante, muito importante.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 116.

Cura através da Mente

“(…)Portanto, é fora de que muitas formas de doenças e condições anormais do corpo podem ser remediadas ou inteiramente eliminadas removendo-se da mente o “demônio” que a possui ou removendo as ideias obsessivas que se fixam no cérebro.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 114-115.

Diferença Entre Transferência de Poder e a de Autoridade

É Interessante ressaltar que a transferência de poder e a de autoridade constituem dois atos distintos. Neste caso, o poder não significa autoridade ou privilégio. O poder de curar e o poder sobre espíritos impuros referem-se a um processo divino definido que aplica princípios e leis divinas a condições materiais, físicas ou espirituais no homem e ao seu redor. Os discípulos tiveram de ser preparados para receber este poder, para que pudessem compreende-lo e usá-lo inteligentemente. Não se tratava de mera fórmula de encantamento, de algum pro cesso de necromancia, de magia negra ou magia branca, como os pagãos haviam usado.

(…)

Consistia do conhecimento que os prepararia, depois de dias, semanas e meses de oração e meditação, que os purgaria e os tornaria receptáculos adequados e canais apropriados para o influxo e efluxo de um princípio divino que se manifestava como um poder singular e santo para fazer certas coisas.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 110.

Beberei Convosco no Reino de Meu Pai

“Apóstolos e Jesus eram os dirigentes de uma escola secreta e divina de preparação, o que se reuniram em local especialmente escolhido para sede do ato culminante de transferência do poder e autoridade sagrados Dele próprio para os doze Apóstolos. Esta transferência de poder e autoridade está, para nós, da maneira mais bela expressa por Mateus, Capítulo 26, Versículo 29, onde recorda o que disse Jesus: “… até o dia em que o beberei, novo, convosco, no reino de meu Pai“. Aquela taça de vinho seria a última, pois não mais beberiam juntos até que o Reino de Deus fosse estabelecido.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 109.

O Gral Sagrado

“(…) Eles reconheceram no ato de beberem todos da mesma taça sagrada um símbolo muito antigo de ordenação bênção, símbolo de poder e de igualdade de posição em qualquer trabalho ou missão. Jesus pegou, a seguir, do pão e, após pedir a Deus que o abençoasse, dividiu-o, em pequenos pedaços, entre eles, explicando: “Esta forma material que agora vos sirvo simboliza meu corpo, o qual vos dou e divido entre vós, e por ela vos lembrareis de mim como sendo dividido entre vós, e uno convosco, e um de vós.

O beber do vinho da taça, ou gral sagrado, ainda é uma cerimônia simbólica e sagrada das escolas secretas do Oriente e do Oriente Próximo, e mesmo dalgumas escolas de sabedoria espiritual e sagrada no mundo ocidental. A divisão do pão e do vinho não era ideia original de Jesus, mas um costume antigo e sagrado que Ele aplicou de modo novo, por que nova era a Sua missão na terra, baseada em antigos símbolos e cerimônias sagradas. Comer do pão era, deste modo, partilhar do corpo físico do Cristo, e beber do vinho era beber do Seu sangue e, assim, estar não só em sagrada comunhão com Ele, mas ser parte Dele em qualquer obra sagrada de que Ele os encarregasse e lhes transferisse.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 106-107.