“O feiticeiro é para o ocultista o que o operário é para o engenheiro.
O operário sabe fazer a “sua parte” de acordo com as regras que aprendeu na oficina; mas ele não conhece as discussões matemáticas nem teóricas em relação às curvas que seu torno produz.
Por outro lado, o engenheiro é capaz de estabelecer as regras que devem nortear o operário, ficando muito embaraçado se tivesse de fazer e ajustar ele mesmo uma peça completa.
Assim, o feiticeiro, de certo modo, produz os fenômenos do ocultismo mecanicamente, cujo propósito e teoria o ocultista conhece bem.
Como regra geral, o princípio orientador em qualquer operação é a vontade humana, o meio de ação, a ferramenta empregada é o fluido astral humano ou natural, e o objetivo a ser alcançado é a realização (geralmente no plano fisico) da opera ção engendrada.
As cerimônias, as dificuldades acumuladas pelo ritual e os símbolos constituem os métodos mais básicos de treinamento da vontade humana.
A higiene física (alimentação, vegetarianismo, jejum), anímica (o ritmo respiratório) e psíquica (espiritualização das sensações) destinam-se ao treinamento do corpo astral (assim como os aromas).
Por outro lado, o uso da espada, da taça, do cetro, do círculo e dos talismās, bem como as palavras proferidas em alto e bom som, são destinados à ação da natureza e dos seres que habitam o plano astral.
O problema da magia consiste em se obter conscientemente, e sem um médium, todos os fenômenos alcançados pelos espíritas modernos em suas sessões secretas, entre outros.
Uma parte do corpo astral do operadors deve ser projetada para fora e encontra apoio nas substâncias preparadas com antecedência para esse propósito.
*Operador é o termo usado pelo autor para designar aquele que faz operações ocultista ou tem conhecimento de magia. (N.E)”
PAPUS.Ciência dos Magos, e suas aplicações teóricas e práticas.Ed.Ajna, 2022, Pág 103-104.
A prática