Mensagens vitais do self

“A concepção da Europa medieval do amor cortês foi influenciada pela adoração à Virgem Maria: damas a quem cavalheiros juravam amor eterno eram consideradas virgens puras (como a típica imagem medieval, lembrando as feições de uma boneca, é a escultura em madeira, à esquerda, aproximadamente do ano 1400). Em um escudo do século XV, no centro, um cavaleiro se ajoelha diante da sua dama, tendo a morte às costas. Essa imagem idealizada da mulher produziu uma outra oposta: a crença nas feiticeiras. Acima, à direita, um quadro do século XIX- saba de feiticeiras.

Quando a anima é projetada em uma personificação “oficial”, ela tende a gerar uma oposta, como no caso da Virgem Maria e da feiticeira. A direita, outro exemplo da dualidade da anima (gravura do século XV): a Igreja (à direita, na identificação com Maria) e a Sinagoga (identificada como Eva, pecadora).

(…)

Apenas a decisão dolorosa, mas essencialmente simples, de levar a sério os nossos sentimentos e fantasias pode, nesse estágio, evitar uma completa estagnação do processo de individuação, pois só assim o homem pode descobrir o que significa essa figura como realidade interior. Nesse processo, a anima volta ao que era inicialmente – “a mulher no interior do homem”, transmitindo-lhe as mensagens vitais do self.”

 

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 249-250.

III O processo de individuação

M.-L. Von Franz

 

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