“Quando alguma coisa escapa da nossa consciência, essa coisa não deixou de existirdo mesmo modo que um automóvel que desaparece na esquina não se desfez no ar.
Apenas o perdemos de vista. Assim como podemos, mais tarde, ver novamente o carro, também reencontramos pensamentos temporariamente perdidos.
O “misoneismo”, medo e ódio irracionais de ideias novas, foi um grande obstáculo à aceitação geral da psicologia moderna.
(…)
É esse tipo de comportamento que leva tantos médicos a rejeitarem as afirmações de pacientes histéricos como se fossem mentiras. Tais pessoas certamente arquitetam maior número de inexatidões do que a maioria de nós, mas “mentira” dificilmente sera a palavra certa a empregar. De fato, o seu estado mental provoca uma conduta indecisa. já que a sua consciência está sujeita a eclipses imprevisíveis causados por interferências do inconsciente.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 35-36.
I Chegando ao inconsciente
Carl G. Jung