“(…) Mas uma outra caracteristica relevante no mito do herói nos fornece uma chave para a sua compreensão. Em várias dessas histórias a fraqueza inicial do herói é contrabalançada pelo aparecimento de poderosas figuras “tutelares” – ou guardiães – que lhe permitem realizar as tarefas sobre-humanas que the seriam impossíveis de executar sozinho.
Essas personagens divinas são, na verdade, representações simbólicas da psique total, entidade maior e mais ampla que supre o ego da força que lhe falta. Sua função específica lembra que é atribuição essencial do mito heroico desenvolver no indivíduo a consciência do ego o conhecimento de suas próprias forças e fraquezas de maneira a deixá-lo preparado para as difíceis tarefas que a vida lhe há de impor.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 144.
II Os Mitos antigos e o homem moderno
Joseph L. Henderson