Participação mística

“A maioria de nós transfere para o inconsciente todas as fantásticas associações psíquicas inerentes a todo objeto e a toda ideia. Já os povos primitivos ainda conservam essas propriedades psíquicas, atribuindo a animais, plantas e pedras poderes que julgamos estranhos e inaceitáveis.

(…) no mundo primitivo, as coisas não têm fronteiras tão rígidas como as das nossas sociedades “racionais”.

Aquilo que os psicólogos chamam de identidade psíquica, ou “participação mística”, foi afastado do nosso mundo objetivo. Mas é exatamente este halo de associações inconscientes que dá ao mundo primitivo aspecto tão colorido e fantástico; e perdemos contato com ele a tal ponto que se o reencontramos nem o reconhecemos. Conosco, esses fenômenos situam-se abaixo do limite da consciência e quando, ocasionalmente, reaparecem, insistimos em dizer que algo de errado está ocorrendo.”

 

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 49.

I Chegando ao inconsciente

Carl G. Jung

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