Sombra, anima e animus nos contos de fada

“Embora praticamente todos os contos de fada girem em torno do símbolo do SELF ou sejam regulados por ele, encontramos sempre, em muitas histórias, temas que nos lembram os conceitos de Jung sobre a sombra, o animus e a anima. Neste capítulo, eu darei a interpretação de cada um desses temas. Porém, precisa estar bem claro novamente que estamos lidando com a infraestrutura objetiva e impessoal da psique humana, e não com os seus aspectos individuais e pessoais.

A figura da sombra em si mesma pertence em parte ao inconsciente pessoal e em parte ao coletivo.(…)Precisa-se, então, questionar em que circunstâncias a imagem do herói se divide em uma figura de luz e quando em uma de sombra. Uma divisão dessa espécie aparece normalmente em sonhos nos quais uma figura desconhecida surge pela primeira vez, e a divisão indica pela consciência. Tornar-se mais consciente de algo pres- que o conteúdo que se aproxima só é aceito parcialmente supõe uma escolha da parte do ego. Em geral, somente um aspecto do conteúdo inconsciente pode ser aprendido de cada vez, passando os outros aspectos a ser rejeitados. A sombra do herói é, pois, aquele aspecto do arquétipo que foi rejeitado pela consciência coletiva.”

FRANZ, Marie-Louise von. A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus, 2022, pág.143-144.

7. Sombra, anima e animus nos contos de fada

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