Lição de Vida Renovada

“O herói morreu como homem moderno; mas, como homem eterno aperfeiçoado, não específico e universal-, renasceu. Sua segunda e solene tarefa e façanha é, por conseguinte (como o declara Toynbee e como o indicam todas as mitologias da humanidade), retornar ao nosso meio, transfigurado, e ensinar a lição de vida renovada que aprendeu.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 28.

A Criação de Filhos Vale a Pena

“(…) ofereço a você este conselho reconfortante, que me foi dado pela minha filha: ninguém é perfeito – para que se lembre que tudo que vale a pena, vale a pena fazer de modo menos do que perfeito. E a criação de filhos, evidentemente, vale muito a pena, embora por vezes seja inevitável que o façamos de modo menos que perfeito. Se nos castigarmos sempre que não formos pais perfeitos, nossos filhos sofrerão por causa disso.

(…) o inferno é ter filhos e pensar que existe tal coisa como um “bom pai ou “boa mãe.

Se toda vez que somos menos do que perfeitos nos culparmos e nos atacarmos, nossos filhos não se beneficiarão disso. Assim o objetivo que proponho não é sermos um pai ou mãe perfeitos, mas tornarmo-nos progressivamente menos ignorantes. (…)”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 51.

Ninguém é Perfeito

” (…) isso me ajudou a ver a ironia da situação. Como é fácil ser amoroso com as pessoas lá embaixo, mas com que rapidez eu conseguia ser grosseiro com minha própria família lá em cima!

Respirei fundo e fui primeiro no quarto do meu filho mais velho. Disse a ele que estava triste por ter descontado nele coisas que estava sentindo em relação às pessoas lá embaixo. Ele entendeu, e disse apenas: “Tudo bem, pai. Não foi nada de mais”. Fui até o quarto do mais novo e tive uma resposta semelhante. Quando fui até o quarto da minha filha e disse a ela que estava triste pelo modo que falei com eles, ela se aproximou de mim, pôs a cabeça no meu ombro e disse: “Tudo bem, papai. Ninguém é perfeito”.

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 51.

Crianças Tomando Decisões

“(…) Para mim foi emocionante ver como as crianças percebem isso rapidamente quando precisam tomar decisões. Percebem que nunca podemos realmente cuidar de nós mesmos sem mostrar igual preocupação pelas necessidades dos outros”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 42-43.

Ouvir o Outro

” (…) quando estamos numa situação assim, para nunca dar ao outro o poder de nos obrigar a sermos submissos ou rebeldes. (…) quando as pessoas falam comigo desse jeito, para eu tentar ouvir o que estão sentindo e precisando, sem levar para o lado pessoal. Somente tentar ouvir seus sentimentos e necessidades.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 38-39.

Oração em Forma de Cântico no Processo de Cura

“Os discípulos aprenderam com Jesus que as orações feitas em forma de canto, utilizando sons que aplaquem as turbulências de um cérebro agitado e sosseguem o sistema nervoso que se exalte, são ajudas valiosas; e é por esta razão que nas escolas místicas de hoje, que estão perpetuando as doutrinas secretas de Jesus – e aquelas igrejas que tentam perpetuar os antigos princípios dos discípulos, os cânticos e as orações na forma de um canto, e o uso de sons de vogais continuam sendo um processe curativo importante, muito importante.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 116.

Quando a Prática Penetra a Mente

“Quando a discípula segura a caixa de joias nas mãos, ela relaxa, para de chorar e finalmente entende a natureza do relacionamento como todo” Quando a discípula recebe a caixa de joias, ela recebe as bênçãos -o verdadeiro sentido da prática. Podemos dizer que a caixa de joias é uma metáfora da prática que penetra a nossa experiência, também conhecida como liberação. E o que é liberação? É o mundo além da objetificação. Quando a prática penetra a mente, mesmo que apenas por um instante de bodicita, um instante de ver a natureza sem fronteiras das coisas, um instante de fé, nós nos tornamos argola. Gancho e argola – professor e aluno – se unem…”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 164-165.

Fundamentalismo

“Infelizmente, quando nos deparamos com a ambiguidade do mundo, em vez de fazer perguntas, tendemos a nos recolher para dentro do nosso habitat familiar de objetificação. Presumimos que já como as coisas são e que podemos ignorar incerteza e ambiguidade completamente. Mas observe o quanto essa falsa sensação de segurança apenas nos impede de ter uma compreensão mais ampla e inteligente das coisas.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 105.

Coisas Inconsertáveis

Podemos trabalhar em uma cozinha beneficente, podemos votar, podemos reciclar, podemos adotar animais de rua, assinar petições, levar uma sopa para o vizinho quando ele está doente, oferecer abrigo para aqueles que precisam, derrubar um ditador terrível, expressar amor e cuidado em todas as situações possíveis… e nada poderia a ser mais nobre. Mas isso, ainda assim, não mudará o fato de que o mundo das coisas é fundamentalmente inconsertável.

Mahatma Gandhi, o maior proponente da ação não violenta que o mundo já conheceu, dedicou a vida para trabalhar pela independência indiana do Império Britânico. Seu coração e inteligência o mundo. Mas observe a Índia e o Paquistão desde a independência… ainda estão em conflito. Isso não reflete fracasso da parte de Mahatma Gandhi. Apenas ilustra que o mundo das coisas nunca alcançará um estado de equilíbrio pacifico. Nunca irá nos satisfazer. Nunca matará nossa sede, mesmo por paz.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 101-102.

Potencial Puro

“A mente é potencial puro – ela não tem limites quanto ao que pode abarcar. Isto significa, é claro, que nós seres humanos não temos limites quanto ao que podemos abarcar, seja isso miserável ou sublime, maldoso ou alegre, feio ou bonito.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 99.