Prioridades e Consistência ao Longo do Tempo

“Acabe com o hábito confortável e obstinado de idolatrar seus compromissos menores e ignorar seu pacto mais importante com a sabedoria. Ninguém vai responder pelo que você faz.”

(…)

“Sistematize e programe seus compromissos. Deixe que a secretária de seu julgamento lúcido determine o itinerário cotidiano de sua vida.”

(…)

“O primeiro gole não faz um bêbado. Uma série de repetições levianas de uma ação errada elege o hábito dominador como governante. A força quantitativa prevalece sobre a frágil voz qualitativa da razão (…)”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 154-162.

Reflexo da Nossa Imagem

“Então, o Buda olha profundamente dentro da natureza do conhecer e compreende que, tanto quanto o corpo, nossa habilidade de conhecer qualquer coisa também surge na dependência de outros elementos. A mente funciona como um espelho no qual todas as formas, pensamentos, emoções e sensações são refletidos. Quando olhamos para nosso reflexo no espelho, não conseguimos separar o espelho do nosso reflexo nele. Espelhos, por definição, sempre refletem imagens – a imagem e o espelho dependem um do outro. Não podemos dizer que nosso reflexo e o espelho são uma só e mesma coisa nem podemos dizer que estão separados. Nem são a mesma coisa, nem são coisas separadas… vemos o reflexo de nosso rosto, claro e reconhecível.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 53-54.

Consciência dos Opostos

“O “Muro do Paraíso”, que oculta Deus das vistas humanas, é descrito por Nicolau de Cusa como constituído pela “consciência dos opostos”, sendo seu portão guardado pelo “mais alto espírito da razão, que impede a passagem enquanto não for superado”. Os pares de opostos (ser e não-ser, vida e morte, beleza e feiura, bem e mal, e todas as outras polaridades que ligam as faculdades à esperança e ao temor e que vinculam os órgãos de ação a tarefas de defesa e aquisição) são as rochas em colisão (Simplégades), que esmagam os viajantes, mas pelas quais os heróis sempre passam”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 90.

Além dos Cinco Sentidos

“Como símbolo do mundo ao qual os cincos sentidos nos prendem, prisão de que não nos podemos furtar pelas ações dos órgãos físicos, Cabelo Pegajoso só foi subjugado quando o Futuro Buda, não mais protegido pelas cinco armas do seu nome e aparência física momentâneos, recorreu à arma não nomeada, invisível: o divino relâmpago do conhecimento do princípio transcendente, que está além do reino fenomênico dos nomes e formas. Nesse momento, a situação mudou. Ele já não estava preso, mas liberto, pois aquele que ele lembrou ser está sempre livre”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 90.

Criatividade

“A introversão voluntária, na realidade, é uma das marcas clássicas do gênio criador e pode ser empregada deliberadamente. Ela impulsiona as energias psíquicas para as camadas profundas e ativa o continente perdido das imagens inconscientes infantis e arquetípicas. O resultado, com efeito, pode ser uma desintegração mais ou menos completa da consciência (neurose, psicose (…)); mas por outro lado, se a personalidade for capaz de absorver e integrar as novas forças, experimentará um grau quase sobre-humano de autoconsciência e de autocontrole superiores”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 70-71.