“O sagrado é um evento de silêncio. Isso nos faz ouvir: “Myein, consagrar, representa etimologicamente ‘fechar’ – os olhos, mas acima de tudo a boca. No início dos ritos sagrados, o arauto ‘ordenava’ ‘silêncio’ (epitattei ten siopen)”142. Vivemos hoje em um tempo sem consagração.
A hipercomunicação, o barulho da comunicação desconsagra e profana o mundo. Ninguém escuta. Todos se produzem a si mesmos. O silêncio não produz nada. É por isso que o capitalismo não ama o silêncio.”
HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 1289-1293.
Silêncio