Ideias Fixas

“– Sinceramente, por mais me esforce, grande é a minha dificuldade
para penetrar os enigmas da cristalização do Espírito em torno de certas situações e sentimentos. Como pode a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse? Tomemos, por exemplo, o drama de nosso infortunado companheiro, há séculos imobilizado nas ideias de vingança… Estará nessa posição lamentável, por tantos anos, sem ter reencarnado?

(…)

– É imprescindível compreender que, depois da morte no corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na experiência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios universais que não podemos trair. Subordinados à evolução, como avançar sem lhe acatarmos a ordem de harmonia e progresso? A ideia fixa pode operar a indefinida estagnação da vida mental no tempo.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 25.

A Verdade da Reencarnação

Os hermetistas consideram a cadeia das vidas como contínua, e como formando parte de uma vida do indivíduo, de modo que, por conseguinte, o movimento rítmico por esta forma é compreendido, enquanto que não teria significação sem que fosse admitida a verdade da reencarnação.

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 96.

Impulso da Vida

“Começando com as manifestações do Espírito ou do TODO, pode-se dizer que existem a Efusão e a Infusão; a “Expiração e a Inspiração de Brahm“, como diz a expressão dos Brâmanes. Os Universos são criados; eles chegam ao ponto mais baixo de materialidade, e logo começam a sua vibração para cima. Os sóis nascem à existência, e sendo atingida a sua maior força, o processo de retrocesso começa, e depois de eons de tempo eles se tornam inertes massas de matéria, esperando um outro impulso que novamente ponha as suas energias interiores na atividade e começa um novo ciclo de vida solar. E assim é com todos os mundos; nasceram, viveram e morreram: é só renascer. E assim é com todas as coisas de figura e forma; elas vibram da ação para a reação, do nascimento para a morte, da atividade para a inatividade voltam para trás. Assim é com todas as coisas viventes; nasceram, cresceram, morreram, e depois tornaram a nascer. Assim é com todos os grandes movimentos, as filosofias, os credos, os costumes, os governos, as nações e todas as outras coisas: nascer, crescer, amadurecer, decair, morrer e depois renascer. A vibração do pêndulo está sempre em evidência.

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 92.

A Realidade da Mente Infinita do Todo

Assim, não devemos viver acima das formas da ilusão. Desde que reconhecemos a natureza real do Universo, procuremos compreender as suas leis mentais e nos esforcemos em empregá-las para obtermos melhor resultado no nosso progresso através da vida, ao caminharmos de um plano a outro plano de existência. As Leis do Universo não são as pequenas Leis Férreas, por causa da sua natureza mental. Tudo, exceto o TODO, é limitado por elas. Aquilo que está NA MENTE INFINITA DO TODO É REAL em grau relativo a esta mesma Realidade que é revestida na natureza do TODO.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 52.

A Verdade Total

“A Morte não é real, ainda mesmo no sentido relativo; ela é simplesmente o Nascimento a uma nova vida, e continuareis a ir sempre de planos elevados de vida a outros mais elevados, por eons e eons de tempo. O Universo é vossa habitação e estudareis os seus mais distantes acessos antes do fim do Tempo. Residis na Mente Infinita do TODO, e as vossas potencialidades. e oportunidades são infinitas, mas somente no tempo e no espaço. E no fim do Grande Ciclo de Eons, O TODO recolherá em si todas as suas criações; porém, vós continuareis alegremente a vossa jornada, porque então querereis preparar-vos para conhecer a Verdade Total da existência em Unidade com O TODO. ”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 47.

Amor de Jesus sem Dogmas

(…) Por esse motivo, o Governo oculto do Planeta deliberou que a mediunidade fosse trazida do colégio sacerdotal à praça pública, a fim de que a noção da eternidade, através da sobrevivência da alma, desperte a mente anestesiada do povo. É assim que Jesus nos reaparece, agora, não como fundador de ritos e fronteiras dogmáticas, mas sim em sua verdadeira feição de Redentor da Alma Humana. Instrumento de Deus por excelência, Ele se utilizou da mediunidade para acender a luz da sua Doutrina de Amor. Restaurando enfermos e pacificando aflitos, em muitas ocasiões esteve em contacto com os chamados mortos, alguns dos quais não eram senão almas sofredoras a vampirizarem obsidiados de diversos matizes. E, além de surgir em colóquio com Moisés materializado no Tabor, Ele mesmo é o grande ressuscitado, legando aos homens o sepulcro vazio e acompanhando os discípulos com acendrado amor, para que lhe continuassem o apostolado de bênçãos.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Aprendizado Necessário para a Evolução

“– Não te esqueças do impositivo da cooperação na estrada de cada ser – disse Áulus com grave entono. – Na vida eterna, a existência no corpo físico, por mais longa, é sempre curto período de aprendizagem. E não nos cabe olvidar que a Terra é o campo onde ferimos a nossa batalha evolutiva. Dentro dos princípios de causa e efeito, adquirimos os valores da experiência com que estruturamos a nossa individualidade para as Esferas Superiores. A mente, em verdade, é o caminheiro buscando a meta da angelitude, contudo, não avançará sem auxílio. Ninguém vive só. Os pretensos mortos precisam amparar os companheiros em estágio na matéria densa, porquanto em grande número serão compelidos a novos mergulhos na experiência carnal. É da Lei que a sabedoria socorra a ignorância, que os melhores ajudem aos menos bons. Os homens, cooperando com os Espíritos esclarecidos e benevolentes, atraem simpatias preciosas para a vida espiritual, e as entidades amigas, auxiliando os reencarnados, estarão construindo facilidades para o dia de amanhã, quando de volta à lide terrestre.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Planejamento Reencarnatório

“(…) indaguei por minha vez se uma associação daquela ordem não estaria vinculada a compromissos assumidos pelos médiuns, antes da reencarnação, ao que Áulus respondeu, prestimoso:

– Ah! sim, semelhantes serviços não se efetuam sem programa. O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. Gabriel e Ambrosina planejaram a experiência atual, muito antes que ela se envolvesse nos densos fluidos da vida física. (…)”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Doença no Corpo Perispiritual

(…) ” Os nossos amigos estampam no próprio corpo perispiritual os sofrimentos de que são portadores.”

(…)Pareciam envolvidos em grande nuvem ovalada, qual nevoeiro cinza escuro, espesso imóvel, agitado por estranhas formações.”

(…) ”  a doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico.”

(…) “a renovação mental é a renovação da vida.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 35-41.

Consciências Retidas

“Quanto mais avança na ascensão evolutiva, mais seguramente percebe o homem a inexistência da morte como cessação da vida.

E agora, mais que nunca, reconhece-se na posição de uma consciência retida entre forças e fluídos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.”

Prefácio de Emmanuel. Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 7-10.