L P D

L      P…      D

“Suponhamos que eu tenha conseguido descobrir o significado da primeira letra, Liberdade, minha suposição é confirmada por um triângulo com o vértice para cima, representado pelos três pontos situados logo depois dele, e agora procuro o significado da letra D.

Segundo o método de oposição, sei que essa letra, sendo oposta à primeira, terá significado contrário ao da primeira letra, Liberdade; esse significado deve, portanto, referir-se à ideia de necessidade. Entretanto, o triângulo apontando para baixo, indica que essa necessidade é passiva em sua manifestação, e a ideia de Dever toma logo o lugar da letra D.

A reação entre o Le o D resulta em Poder.

(…) opostos com diferentes cores (…) formas diferentes, como a boca e a cauda da serpente (…) ou, ainda, atribuindo-lhes direções diferentes.

Em oposição

-Cores

-Formas

-Direções 

O quaternário é literalmente designado por quatro letras hebraicas:

-A primeira, (Yod), representa o ativo.

-A segunda, (He), é a imagem do passivo.

-A terceira, (Vau), representa o vínculo que liga os dois.

-Por fim, a quarta, (He), é a repetição da segunda letra e indica a perpetuidade das criações de Osíris-Ísis.

(…) ativos (Yod e Vau) estão na mesma linha vertical. Os elementos passivos estão mesma linha horizontal.

A Vara imagem do ativo, representando o Yod.

A Taça côncava, imagem do passivo, representando o primeiro He.

A Espada representa o Vau.

O Disco representa duas taças sobrepostas e, portanto, 2 vezes 2, indicand a repetição do He.

Esses são os elementos, imagens do absoluto, que ilustran cartas de jogo:

Vara ou Bastão

Taça ou Coração

Espada ou Sabre

Disco ou Diamante

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág. 129-130.

Capítulo 6

Disfarce da Alma

“Assim, a libré que veste compõe-se de três cores principais: branca, verde e vermelha. Nestas cores são significadas as três virtudes teologais, fé, esperança e caridade (…)

São elas convenientíssima disposição para se unir com Deus segundo suas três potências, entendimento, memória e vontade. A fé esvazia e obscurece o entendimento de todos os seus conhecimentos naturais, dispondo-o assim à união com a sabedoria divina; a esperança esvazia e afasta a memória de toda posse de criatura, porque, como S. Paulo diz, a esperança tende ao que não se possui (Rom 8, 24), e por isto aparta a memória de tudo quanto pode possuir, a fim de a colocar no que espera. Deste modo, a esperança em Deus só dispõe puramente a memória para a união divina. E, enfim, a caridade, de maneira semelhante, esvazia e aniquila as afeições e apetites da vontade em qualquer coisa que não seja Deus, e os põe só n’Ele.”

Nota pessoal* Virtudes Teologais

CRUZ, São João da. A noite escura da Alma. Editora Família Católica, 2018, versão Kindle, Posição: 2405-2466.

Cuidado com o anacronismo

“Porém, cuidado com o anacronismo! Como dissemos anteriormente, o amarelo, que hoje costumamos associar ao sol, ao divino e à luz. na Idade Média era a cor de Judas, dos loucos e do diabo. O azul, que para nós é uma cor fria. Para as pessoas da época era a cor quente por excelência, associada ao ar quente e ao azul puro de um céu de verão. Cor marial e principesca, suplanta o vermelho, preferido pelo Ocidente desde o Império Romano (que considerava o azul uma cor “bárbara”). O vermelho é menos a cor da paixão e da cólera do que a que intervém com violência, tanto no bem quanto no mal. O verde, embora atualmente seja associado à cura, é a cor da desordem, da enganação, do desequilíbrio. Refletindo sobre as cores, os historiadores têm uma bela mensagem a transmitir, que poderíamos traduzir da seguinte forma: “Não pensem que suas concepções são universais”. Essa mensagem poderia nutrir toda a nossa reflexão sobre o tarô.”

NADOLNY, Isabelle. História do Tarô. Um estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 47.