Corpo Físico e Corpo Astral

O corpo físico, com o qual o homem se identifica de maneira tão afeiçoada e tenaz, é basicamente matéria inerte, um torrão de minerais da terra e elementos químicos compostos de átomos densos. O corpo físico recebe todos os seus poderes, e toda a energia que lhe confere vida, de um radiante corpo astral interior feito de “vitátrons”. O corpo astral, por sua vez, é ativado por um corpo causal de pura consciência, que consiste de todos os princípios ideativos que estruturam e mantêm os instrumentos dos corpos astral e físico, utilizados pela alma para interagir com a criação de Deus*. Os três corpos estão interligados e atuam como um só por meio de nós de força vital e consciência nos sete centros espirituais no eixo cerebrospinal: um instrumento corporal físico, ativado pela força vital (…)”

*Nota: O corpo causal, a matriz ideativa para os corpos astral e físico, compõe-se de 35 elementos ideativos, 19 dos quais constituem o corpo astral e 16 deles correspondem aos elementos químicos do corpo físico. As escrituras hindus identificam os 19 ele mentos do corpo astral como: inteligência; ego; sentimento; mente (consciência dos sentidos); 5 instrumentos de conhecimento (poderes sensórios nos órgãos físicos da visão, audição, olfato, paladar e tato); 5 instrumentos de ação (as capacidades exe cutivas nos instrumentos físicos de procriação, excreção, fala, locomoção e exercício da habilidade manual); e 5 instrumentos de força vital, que realizam as funções de circulação, metabolização, assimilação, cristalização e eliminação.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 131.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Dever e Necessidade

“O dever define a submissão que nos cabe a certos princípios estabelecidos como leis pela Sabedoria divina, para o desenvolvimento de nossas faculdades.

Para viver em segurança, ninguém desprezará a disciplina.

Obedecem as partículas elementares no mundo atômico, obedece a constelação na glória da imensidade.

O homem viajará pelo firmamento, a longas distâncias do lar em que se lhe vincula o corpo físico; no entanto, não logrará fazê-lo sem obediência aos princípios que vigem para os movimentos da máquina que o transporta.

Dessa forma, simbolizar o dever como sendo a faixa de ação no bem que o supremo Senhor nos traça à responsabilidade, para a sustentação da ordem e da evolução em sua obra divina, no encalço de nosso próprio aperfeiçoamento.

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 87.

Corpo

“Trazendo consigo mesmo a soma dos reflexos bons e menos bons de que é portador, segundo a colheita de méritos e prejuízos que semeou para si mesmo no solo do tempo, o Espírito incorpora aos moldes reduzidos do próprio ser as células do equipamento humano, associando-as à própria vida, desde a vesícula germinal.

Amparado no colo materno, estrutura-se-lhe o corpo mediante as células referidas, que, em se multiplicando ao redor da matriz espiritual, como a limalha de ferro sobre o imã, formam, a princípio, os folhetos blastodérmicos de que se derivam o tubo intestinal, o tubo nervoso, o tecido cutâneo, os ossos, os músculos, os vasos”.

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 59-60.

Vestígios Espirituais

“– O pensamento espalha nossas próprias emanações
em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais, onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. Quando libertados do corpo denso, aguçam-se-nos os sentidos e, em razão disso, podemos atender, sem dificuldade, a esses fenômenos, dentro da esfera em que se nos limitam as possibilidades evolutivas.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Níveis Avançados do Veículo Hiperfísico

“Isso decorre do que expliquei sobre essa condição física da matéria planetária! Por outro lado, acontece que são seres que já se realizaram em estados conscienciais superiores, dispondo de sentidos muito aperfeiçoados no seu viver comum, permitindo lhes perceber formas e seres de vários níveis etéricos. Isso, em verdade, é comum a todos nós das 21 humanidades planetárias do nosso sistema. Aliás, esses que você observa ainda se encontram em uma das fases menos avançadas da nossa evolução. Apenas em 3 (três) dos 21 (vinte e um) planetas, o veiculo físico é assim denso, Nos demais, o veiculo é hiperfísico, isto é, dos níveis superiores da matéria física, ainda não conhecidos por vocês. Esse é exatamente o caso do nosso mundo, em que todos já nos libertamos da densidade física, objetiva, nos termos em que vocês conceituam.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág.118.

Próximo Passo da Pesquisa

“Para que o humano consiga esse conhecimento e seja capaz de aplicá-lo, a primeira necessidade, a condição mater é desenvolver certas qualidades perceptivas de nível mais alto, que já está provado possuir, tornando-as de emprego normal na própria pesquisa. Seriam as faculdades que vocês chamam parapsicológicas, em uso pleno, acompanhadas da correspondente expansão consciencial, condição capaz de orientar um critério novo no FAZER. É bem evidente que, nesse campo, o humano ainda está demasiado atrasado, pois julga só poder trabalhar no meio e no veículo densos em que se encontra. Aparelhos como esses que você vê, não podem ser feitos ou manipulados pelas mãos densas do corpo físico, humano. (…)”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 109.

Necessidade do Socorro sem Julgamento

“A ideia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. 

(…)

O assunto não comporta desmentido, porque indiscutivelmente essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela renasceu pela carne, sem renovar-se em espírito…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 22.

Desdobramento em Sono

Anésia viu-se presa de branda hipnose, que ela própria atribuía ao cansaço e não relutou.

Em breves instantes, deixava o corpo denso na prostração do sono, vindo ao nosso encontro em desdobramento quase natural.

Não parecia, contudo, tão consciente em nosso plano quanto seria de desejar.

Centralizada no afeto ao marido, Jovino constituía-lhe obcecante preocupação. Reconheceu Teonília e Áulus por benfeitores e lançou-nos significativo olhar de simpatia, no entanto, mostrava-se atordoada, … Queria ver o esposo, ouvir o esposo…

O Assistente deliberou satisfazê-la.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 20.

Fé e Respeito no Alcance da Cura

“(…) começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria.

As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico.

(…)

– Falta-lhes o estado de confiança – esclareceu o orientador.

(…)

No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas do gelo sobre o templo da alma.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 17.

Projeção de Energia em Prece

“Clara e Henrique, agora em prece, nimbavam-se de luz. Dir-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque se mostravam espiritualmente mais livres, em pleno contacto com os benfeitores presentes, embora por si mesmos não no pudessem avaliar.

Calmos e seguros, pareciam haurir forças revigorantes na intimidade de suas almas. Guardavam a ideia de que a oração lhes mantinha o espírito em comunicação com invisível e profundo manancial de energia silenciosa.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 17.