Os arcanos maiores

“(…) me refiro a uma ideia básica, essencial, que se encontra no coração de toda essa complexidade hermética. Trata-se da compreensão de que não conhecemos nosso verdadeiro eu, de que vivemos exilados da terra natal de nosso real ser espiritual. O tarot, nesse sentido, tem o potencial de nos mostrar a cartografia do nosso retorno à origem (…)

(…) elas têm a capacidade de dispor diante de nós um programa que, caso o seguissemos, nos despertaria para nosso genuíno lugar no cosmos.

Há uma expressão que descreve perfeitamente a experiência dos Arcanos Maiores – anamnesia, a remoção do esquecimento.

(…) Intensivos do Tarot, aulas nas quais avançávamos, carta após carta, primeiro pelos Arcanos Maiores e depois pelos Arcanos Menores, tentando entender suas mensagens e seus simbolismos – ou melhor, suas mensagens possíveis, pois não nos restringíamos a um único conceito; antes, tentávamos observar as várias camadas de sentido de cada arcano.

(…) pelo menos uma coisa podemos afirmar sobre as origens históricas do tarot: ele veio de uma cultura predominantemente cristã. Lá pelo início do Renascimento, a filosofia e o mitologia gregas passaram a influenciar muitas pessoas, dando início a um grande interesse nas escolas de mistérios greco-egípcios da Alexandria de 1.500 anos antes.

O Louco é a carta zero, ele está apartado das outras vinte e uma cartas, o que nos permite imaginá-lo como o “herói” do tarot, um andarilho que viaja através de todas as experiências desse conjunto. Vinte e um é um número especial, três vezes sete. E é aqui que se torna valioso examinar o que chamo de tradições de sabedoria advindas de culturas antigas, para entender o que torna esses números importantes.

Imagens de três são encontradas repetidamente nas mitologias e ensinamentos religiosos do mundo. Existe a trindade cristã do Pai-Filho-Espírito Santo; o trimúrti hindu que representa a tríade Criador-Preservador-Destruidor; a deusa tríplice europeia formada pela Donzela-Mãe-Anciã, essas respectivamente ligadas às fases da lua, mas também aos três destinos que determinam nossas vidas. Além disso, na filosofia moderna, autores como Hegel, e depois Marx, desenvolveram o conceito de que as ideias e a história avançam através de um processo constituído de tese-antítese-síntese. Em minha opinião, tudo isso vem de um dos fatos mais básicos de nossa existência, o de que cada um de nós compartilha os genes de uma mãe e de um pai. Assim, o arrajo Pai-Mãe-Filho/a constituiria a trindade mais básica.

Esse ideário tríplice nos permite dividir os Arcanos Maiores em três níveis. Respectivamente, eu os vejo como Consciente, Inconsciente e Super- consciente. Nessa acepção, podemos dizer que, através de cada um desses trés níveis, O Louco irá avançar por sete desafios e consequentes lições.

Existe um modelo tanto moderno quanto antigo para essa mudança. O moderno é a terapia, na qual percebemos que o Eu que construímos na vida não está funcionando e não é quem de fato somos, de modo que partimos em busca de nossa natureza primordial. O modelo antigo é a iniciação ritual, na qual uma pessoa passa por uma morte e por um renascimento espiritual.

(…) Assim, três linhas de sete, num arranjo que nos permite comparar as cartas de maneiras muito interessantes.

1     2     3     4    5    6    7

8     9    10  11  12  13  14

15  16  17  18  19  20  21

Cada uma das colunas verticais pode ser chamada de tríade, termo que aprendi com a criadora de baralhos de tarot e escritora Caitlin Matthews.”

POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág.36-40.

Apresentação

“(…) despertar o interesse pela filosofia partindo de indagações e de problemas suscitados pela experiência cotidiana, ou seja, indicando que as questões filosóficas não são estranhas nem distantes de nossa vida de todo dia; (….) as ideias filosóficas, científicas, religiosas, artísticas, morais e políticas são deter­ minadas pelas condições históricas em que aparecem e se transformam. (…)”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 03.

Apresentação

Aula Magna

O meu “Outro Eu” havia acordado

“Chegou o momento de você completar a filosofia de sucesso que você começou, seguindo a sugestão de Carnegie. Volte para casa de uma vez por todas e comece a transferir os dados que você juntou da sua própria mente, transformando-os em manuscritos”. O meu “Outro Eu” havia acordado.”

“Sua missão nesta vida é completar a primeira filosofia de sucesso e realização pessoal. Você tem tentado em vão escapar da sua tarefa, cada esforço trazendo fracasso para você. Você está procurando pela felicidade.”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.19.

Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Anseio pela Divindade

“Ele falava da divina melancolia resultante do despertar da consciência de que se está separado de Deus, o que cria na alma um insaciável anseio por unir-se novamente ao Amado Eterno.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 482.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Sabedoria e Paz da Alma

“Jesus queria que seus discípulos estabelecessem um exemplo diferente, a fim de demonstrar aos seres humanos habitualmente beligerantes que o poderio da invencível sabedoria e paz da alma desperta pela meditação é mais forte do que as mais potentes forças do mal.”

(…)

“Quando pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo” (Marcos 13:11).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 240-241.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Astralocutadas

“Aqueles que cultivaram muitas virtudes desfrutam o resultado de seu bom karma em planetas celestiais do plano astral onde não existem as limitações da vida na Terra. A maioria das almas- que não são categoricamente boas nem más -, depois de dormirem o pacífico sono inconsciente da morte com experiências ocasionais de vigília astral, despertam no ventre de sua nova mãe terrena.

Apenas as almas que, por meio da meditação, são capazes de con trolar as funções da energia vital do coração e da respiração, permanecendo absorvidas no constante êxtase da consciência divina durante sua vida terrena, podem continuar ininterruptamente conscientes durante a transição da morte e também no mundo astral.

(…)

Os peixes não podem viver por muito tempo fora da água; similarmente, as almas perdidas, os espíritos impuros, precisam permanecer nos planetas de vibrações astrais grosseiras, enquanto que as almas mais refinadas residem em planetas luminosos de vibrações sutis. Se as almas perdidas ousassem se aproximar dessas regiões mais sutis, levariam um choque – ou seriam “astralocutadas” – pela elevada voltagem da energia astral.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 442.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

Frutos do Despertar Espiritual

“Os frutos do despertar espiritual são uma bênção não apenas para a nossa própria vida, mas para o mundo em geral. Este é o segundo significado de “um é o que semeia, e outro o que ceifa“: uma referência ao karma coletivo. Cada pessoa semeia boas ou más ações no solo de sua vida, e não é apeanas ela quem ceifa a colheira cármica dessas ações; ela faz com que também os outros colham os frutos.

As ações de cada indivíduo deixam marcas eletromagnéticas em seu cérebro, influenciando suas ações futuras; e elas também deixam marcas vibratórias no éter, que são registradas e exercem sua influência na mente dos outros.

(…)

Aquele que se torna um ser divino eleva automaticamente incontáveis pessoas no caminho espiritual. Quem se torna mau degrada os outros e os faz decair do plano espiritual ao ocasionar um efeito nocivo sobre suas fraquezas potenciais. Aquele que reforma a si mesmo reforma milhares; pois o que alguém semeia no éter, por meio das vibrações de seus pensamentos e de seu caráter, outros certamente colherão.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 357-359.

Capítulo 19: “Meu alimenteo é fazer a vontade Daquele que me enviou”, A Mulher de Samaria, parte III.