A Prática do Servir

“Quando servimos os seres com toda a nossa força, nossa aspiração de beneficiá-los nos conduz em direção à verdade maior da interdependência. A medida que nossa sabedoria da interdependência e da natureza sem fronteiras das coisas aumenta, também aumenta nossa compaixão e a tendência a servir. Você vê a relação entre estes dois? Sem a visão mais ampla, nós simplesmente tentaríamos consertar as coisas em nosso mundo limitado e objetificado. E sem a prática do servir, não teríamos como sair desse mundo.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 114.

Servir ao Outro

“Sempre que visitamos uma grande cidade podemos parar e oferecer dinheiro para os moradores de rua que encontramos. Tão frequentemente vemos as pessoas apressadas, tentando chegar ao seu destino. Mas, quando reservamos um momento para oferecer algo a alguém necessitado e temos uma interação humana, isso muda por completo a atmosfera da nossa mente e também da mente da pessoa. Isso nos tira do piloto automático. Servir os outros é a antítese de se retirar para dentro de si mesmo. É uma mudança energética que nos move em direção ao estado aberto e sem fronteiras da interdependência.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 113.

Metáforas

“Praticantes budistas e estudiosos também lançam mão de metáforas tradicionais para descrever a experiência do despertar; Longchenpa, por exemplo, fez uso do espaço como a metáfora universal para a natureza da ausência de fronteiras da mente. Metáforas são sugestões que podem servir de gatilho para uma compreensão a partir de experiências pessoais. Na tradição Vajrayana, estudantes maduros recebem transmissão por meio de metáforas ou instruções essenciais de um professor qualificado, que os introduz desse modo à natureza sem fronteiras da mente.

Mas, no final, a liberação é inexprimível: Como é dito no Dzogpa Chenpo, ou literatura da Grande Perfeição, tentar descrever tal experiência é como uma pessoa muda tentar descrever o sabor do açúcar.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 79.

Mente de Pergunta Aberta

Quando o Buda desistiu de sua busca por respostas, ele se deparou com uma alternativa que não sabia existir – a mente de uma pergunta aberta. O Buda descobriu que, quando se fazia uma pergunta, sua mente estava ativa, mas ao mesmo tempo aberta. O processo de questionar a si mesmo o protegeu tanto do extremo da ignorância quanto o da certeza falsa, abrindo espaço para a expressão da inteligência criativa da mente. Ele encontrou uma maneira de estar dentro da mente de uma pergunta aberta, que era profundamente clara, ativa e cheia de aventura, e chamou-a de Caminho do Meio.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 45.

O Caminho do Meio

“O fato de a pergunta que o Buda se fez tê-lo conduzido até seu despertar é parte significativa de sua história, e deveríamos nos lembrar disso. Em sua biografia encontramos uma mensagem simples: acessamos nossa inteligência mais grandiosa ao nos envolvermos com a vida a partir de espirito de questionamento, não pela busca de conclusões absolutas.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 44.

A Forma de Fazer a Pergunta Pessoal

Infelizmente, não podemos sequestrar sua descoberta; nada substitui a experiência direta. Koans são assunto pessoal. Ninguém além de nós pode experimentar nossa própria mente ou responder a nossas próprias perguntas. Ainda assim, a maneira como o Buda viveu e as perguntas que ele se fez podem nos inspirar e guiar em direção à sabedoria. Uma das coisas mais estimulantes do despertar do Buda foi a maneira pela qual ele o alcançou – a maneira como o Buda fez a sua pergunta.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 36.

O Momento Decisivo

A maneira como respondemos à corrente de experiências momentâneas a que chamamos de “nossa vida” determina nosso movimento – seja ele em direção à nossa busca habitual por segurança ou em direção ao despertar. A tradição budista tem muitas formas de explicar nossas tendências a recuar diante das experiências, mas todas essas explicações têm algo em comum: dor e sofrimento se multiplicam quando não somos capazes de nos manter presentes com aquilo que aparece diante de nós. Quando nos sentimos soterrados pela farta energia de uma experiência, colocamos uma tampa sobre ela, tentamos destruí-la, embelezá-la ou reagir a ela de uma maneira ou outra.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p.30-31.

Elevação e Paz Entre os Humanos

Também convém não esquecer que é essa uma obrigação elementar para aqueles que acordaram para o ideal de servir à BONDADE, ao AMOR e à PAZ ENTRE OS HUMANOS, não a paz armada dos bombardeios e destruições inesperadas ou continuas, mar aquela Paz, que um dia, talvez não tão distante, seja a que alcancem os mais humildes dessa difícil evolução terráquea, como os mais responsáveis governantes de nações ou povos. Paz que seja tranquilidade no coração, iluminação na mente, a serviço de uma consciência em expansão, digna, nobre. Essa é a Paz, essa é a FELICIDADE pelas quais é tão positivo, tão elevado para vocês, humanos, trabalhar, trabalhar, trabalhar…”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 82.

O Universo Existe e Não Existe

E se o Homem, devido à falsa sabedoria, considerar as ações, vidas e pensamentos do Universo, como um mero sonho (semelhante aos seus próprios sonhos finitos), então ele o faz tão conveniente para si, e, como um dormidor que está passeando, tropeça sempre num círculo vicioso, sem fazer progresso algum, sendo, por fim, despertado por uma queda terrível, proveniente das Leis Naturais que ele ignora. Conservai sempre a vossa mente nas Estrelas, mas deixai os vossos olhos verem os vossos passos para não cairdes na lama, por causa da vossa contemplação de cima. Lembrai-vos do Paradoxo Divino, que ao mesmo tempo que o Universo NÃO EXISTE, ELE EXISTE. Lembrai-vos sempre dos dois Pólos da Verdade: o Absoluto e o Relativo. Tomai cuidado com as Meias-Verdades.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 49.

Amor de Jesus sem Dogmas

(…) Por esse motivo, o Governo oculto do Planeta deliberou que a mediunidade fosse trazida do colégio sacerdotal à praça pública, a fim de que a noção da eternidade, através da sobrevivência da alma, desperte a mente anestesiada do povo. É assim que Jesus nos reaparece, agora, não como fundador de ritos e fronteiras dogmáticas, mas sim em sua verdadeira feição de Redentor da Alma Humana. Instrumento de Deus por excelência, Ele se utilizou da mediunidade para acender a luz da sua Doutrina de Amor. Restaurando enfermos e pacificando aflitos, em muitas ocasiões esteve em contacto com os chamados mortos, alguns dos quais não eram senão almas sofredoras a vampirizarem obsidiados de diversos matizes. E, além de surgir em colóquio com Moisés materializado no Tabor, Ele mesmo é o grande ressuscitado, legando aos homens o sepulcro vazio e acompanhando os discípulos com acendrado amor, para que lhe continuassem o apostolado de bênçãos.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.