Monolatria e o monoteísmo

“A diferença entre a monolatria e o monoteísmo está no fato de que a primeira se refere a um culto dedicado a um deus e não à existência única e exclusiva daquele deus. A segunda se refere ao culto e à existência de um único deus, implicando a falsidade e a inexistência de quaisquer outros deuses.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 56.

Parte I- Ensaios: Aproximações e enfoques.

Capítulo 3- A Unicidade de Deus Entre Deuses no Hermetismo

Círculos Esotéricos

“Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do homem e da natureza.”

(…)

“Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a natureza.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 37.

Jesus e o Cristo Planetário

“(…) já é tempo de vos afirmar que o Cristo Planetário é uma entidade arcangélica, enquanto Jesus de Nazaré, espírito sublime e angélico, foi o seu médium mais perfeito na Terra. O excessivo apego aos ídolos e às fórmulas religiosas do vosso mundo por cristalizar a crença humana, sob a algema dos dogmas impermeáveis a raciocínios novos e para não chocar o sentimentalismo da tradição. As criaturas estratificam no subconsciente uma crença religiosa, simpática, cômoda ou tradicional e, obviamente, terão de sofrer quando, sob o imperativo do progresso espiritual, têm de substituir sua devoção primitiva e saudosista por outras revelações mais avançadas sobre a Divindade.

(…) correspondendo à assimilação progressiva humana, Deus primeiramente foi devotado pelos homens primitivos através dos fenômenos principais da Natureza, como o trovão, a chuva, o vento, o mar, o Sol. Em seguida, evoluíam para a figura dos múltiplos deusinhos do culto pagão. Mais tarde, as pequenas divindades fundiram-se, convergindo para a ideia unitária de Deus. Na Índia honrava-se Brahma, e Osíris, no Egito; e Júpiter na Olímpia, enquanto os Druidas, no seu culto à Natureza, cultuavam também uma só unidade. Moisés expressa em Jeová a unidade de Deus, embora ainda o fizesse bastante humanizado e temperamental (…) Com o aparecimento de Jesus, a mesma ideia unitária de Deus evoluiu então para um Pai transbordante de Amor e Sabedoria, que pontificava acima das quizílias humanas, embora os homens ainda o considerassem um doador de “graças para os seus simpatizantes e um juiz inexorável para os seus contrários.

(…)

Atualmente, a doutrina espírita ensina que “Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as cousas”, descentralizando a Divindade do antropomorfismo, para ser entendida animando todos os acontecimentos da Vida.

(…) o Cristo é um Arcanjo Planetário e Jesus, o Anjo governador da Terra. O anjo é entidade ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó; mas o arcanjo não pode mais deixar o seu mundo divino e efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos intermediários que lhe facultariam tal possibilidade. Jesus, Espírito ainda passível de atuar nas formas físicas, teve de reconstruir as matrizes perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos, a fim de poder encarnar-se na Terra.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 67-70.

Divindades Semíticas

“Os JUDEUS, como seus vizinhos, os fenícios e os árabes, não admitem que seus deuses descansam um momento sequer sobre o vento.

Cuidam demais de sua divindade e observam-se em demasia uns aos outros nas suas orações, cultos e sacrifícios.

Enquanto nós, romanos, construímos templos de mármore a nossos deuses, esse povo põe-se a discutir a natureza de seu Deus. Quando estamos em êxtase, cantamos e dançamos em volta dos altares de Júpiter e Juno, de Marte e Vênus; mas eles, em seu arrebatamento, usam vestes de estopa e cobrem as cabeças com cinzas – e até lamentam o dia que lhes deu nascimento.

E Jesus, o homem que revelou Deus como um ser de alegria, eles O torturaram, e depois O levaram à morte.

Esse povo não seria feliz com um deus feliz. Conhece apenas os deuses da sua dor.

Mesmo os amigos e discípulos de Jesus, que conheciam Sua alegria e ouviam Sua risada, criam uma imagem de Sua tristeza, essa imagem.

E na sua adoração não se elevam à altura da sua divindade; mas abaixam. divindade ao nível deles. Creio, todavia, que esse filósofo, Jesus, que não era diferente de Sócrates, terá poder sobre Sua raça e talvez sobre outras raças. Pois nós somos todos criaturas de tristeza e de pequenas dúvidas. E quando um homem nos diz: “Sejamos alegres com os deuses”, não podemos deixar de prestar atenção à sua voz. É estranho que a dor deste homem tenha sido convertida num rito. Esses povos gostariam de descobrir um segundo Adonis, um deus assassinado na floresta, e de celebrar sua morte. E pena que eles não ouçam o Seu riso. Mas confessemos, de romano para grego. Ouvimos, nós mesmos, a risada de Sócrates nas ruas de Atenas? Conseguimos jamais esquecer a taça de cicuta, mesmo no teatro de Dionísio?

E nossos pais não gostam ainda de parar às esquinas para tagarelar sobre aflições e ter um instante feliz, lembrando o lúgubre fim de todos nossos grandes homens?”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 119-120.

Irmãos Mais Velhos da Raça

“Mas, ainda mesmo os mais elevados destes Entes adiantados existem simplesmente como criações da Mente do TODO, e são sujeitos aos Processos Cósmicos e às Leis Universais. Eles são ainda Mortais. Podemos chamá-los deuses comparados conosco, mas ainda são os Irmãos mais Velhos da Raça, as almas mais avançadas que ultrapassam os seus irmãos, e que renunciaram ao êxtase da Absorção pelo TODO, com o fim de ajudar a raça na sua jornada para subir o Caminho. Mas eles pertencem ao Universo e estão sujeitos às suas condições (são mortais) e o seu plano está abaixo do plano do Espírito Absoluto.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 76.

Deuses

“(…) Os Deuses, tão elevados na escada da existência estão eles, pois que a sua existência, inteligência e poder são semelhantes aos atribuídos pelas raças de homens às suas concepções da Divindade. Estes Entes estão ainda além dos mais elevados voos da imaginação humana, e o epiteto Divino é o único que lhes é aplicável. Muitos destes Entes como também as Hostes Angélicas toma muito interesse nos negócios do Universo e têm uma parte importante neles. Estas Invisíveis Divindades e Anjos Protetores estendem a sua influência livre e poderosamente no processo da Evolução e do Progresso Cósmico. A sua ocasional intervenção e assistência nos negócios humanos criou as muitas conhecimentos lendas, crenças, religiões e tradições da raça passada e presente Eles muitas vezes impuseram ao mundo os seus conhecimentos e poderes conforme a Lei do TODO.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 76.

Mundos e Humanidades Superiores

“Não deveis cometer o erro de crer que o pequeno mundo que vedes ao redor de vós, a Terra, que é simplesmente um grão de areia em comparação com o Universo, seja o próprio Universo. Existem milhões de mundos semelhantes e maiores. Há milhões e milhões de Universos iguais em existência dentro da Mente Infinita do TODO. E mesmo no nosso pequeno sistema solar há regiões e planos de vida mais elevados que os nossos, e entes, em comparação aos quais nós, míseros mortais, somos como as viscosas formas viventes que habitam no fundo do oceano, comparadas ao Homem. Há entes com poderes e atributos superiores aos que o Homem sonhou ser possuído pelos deuses. Não obstante, estes entes foram como vós e ainda inferiores, e, com o tempo, vós podeis ser como eles ou superiores a eles; porque, como diz o Iluminado, tal é o Destino do Homem.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 46.

Gods and Miserables

“The nature of Jesus Christ is, indeed, the very same nature of humanity. His divinity embraces our humanity as our humanity has the divinity inner with in. We are gods, in our potential, but miserables in our perspective. Ascending our consciousness, we realise how beautiful is the eternal plan of the Father of all.

It is very important to keep building the community that will support the movement. Give them tools, freedom and leadership, multiplying the project vision in people with good will.

We will advance ten years in one again. Because it is necessary. And be prepared for change, because we will change. It is time! Today is the right time.

With my love and support, always around.

Pe. Robert DeGrandis

(…)

A natureza de Jesus Cristo é, de fato, a mesma natureza da humanidade. Sua divindade abraça nossa humanidade como nossa humanidade tem a divindade interior. Somos deuses, em nosso potencial, mas miseráveis em nossa perspectiva. Subindo nossa consciência, percebemos o quão belo é o plano eterno do Pai de todos.

É muito importante continuar construindo a comunidade que apoiará o movimento. Dê a eles ferramentas, liberdade e liderança, multiplicando a visão do projeto em pessoas de boa vontade.

Vamos avançar dez anos em um novamente. Porque é necessário. E esteja preparado para a mudança, porque vamos mudar. Está na hora! Hoje é a hora certa.

Com meu amor e apoio, sempre por perto.

Pe. Robert DeGrandis

Grupos de Bruxaria

“O coven é um grupo pequeno, e seus membros são bem próximos. (…) Não basta que todos vocês tem interesse pela Antiga Religião. Vocês devem ser compatíveis e se sentiu totalmente confortáveis uns com os outros. Chegar a este ponto leva tempo e, por esse motivo, não se deve ter pressa se formar um coven. (…) No entanto, não encare com tanta seriedade essas questões a ponto de perder todo seu senso de humor. A religião é assunto sério, sem dúvida, mas os deuses sabem se divertir e os bruxos sempre sentir um prazer em praticar a sua Arte. Os rituais um coven não devem ser realizados levianamente, é claro, mas, se alguém cometer um erro (ou se sentar sobre uma vela!), Não tenha medo de assumir seu lado humano e cair na risada. Os rituais religiosos devem ser realizados por que você quer realizá-los e gosta de realizá-los, não porque você tem que realizá-los (podemos deixar isso para as outras crenças!).”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 148.