Diversidade

“Nesse tranquilizante se-comparar com tudo, que tudo ‘entende’, o ser-aí é levado a uma alienação na qual o mais próprio poder-ser lhe é ocultado”. O desabamento do horizonte de entendimento cotidiano gera angústia. Apenas na angústia se abre ao ser-aí a possibilidade do [seu] mais próprio poder-ser.

A diversidade permite apenas diferenças conforme ao sistema. Ela representa a alteridade tornada consumível. Assim, ela perpetua o igual de maneira mais eficiente do que a uniformidade; pois, por causa da multiplicidade aparente de primeiro plano, não se reconhece a violência sistêmica do igual. Multiplicidade e escolha emulam uma alteridade que, na realidade, não existe.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 449-454.

Angústia

O imperativo da autenticidade

“O imperativo da autenticidade desenvolve uma compulsão por si, uma compulsão de se questionar, se escutar, se espiar, se cercear. Ele acentua, assim, a autorreferência narcísica. A compulsão por autenticidade compele o eu a produzir a si mesmo. A autenticidade é, em última instância, a forma de produção neoliberal do si. Ela faz de todos produtores de si mesmos. O eu como empreendedor de si mesmo produz a si, performa a si mesmo, e oferece a si mesmo como mercadoria. A autenticidade é um ponto de venda.

Assim, a autenticidade do ser diferente consolida a conformidade social. Ela permite apenas as diferenças conformes ao sistema; a saber, a diversidade. A diversidade como termo neoliberal é um recurso que se deixa explorar. Assim, ela é oposta à alteridade, que se furta a toda utilização econômica. Hoje, todos querem ser diferentes do outro. Mas, nesse querer-ser-diferente, o igual se perpetua.

O ser igual se afirma por meio do ser diferente. A autenticidade do ser diferente impõe até mesmo de maneira mais eficiente a conformidade do que a uniformização repressiva. Esta é muito mais frágil do que aquela.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 335-345.

Terror da autenticidade

Objetivos Comuns do Grupo

“Se um grupo de pessoas deseja conservar sua individualidade e alcançar suas metas, cada uma delas deve agir de acordo com os objetivos comuns do grupo. Quando há uma divisão entre os membros desse grupo, surgem os conflitos, a discórdia e a de sintegração. Conservar a harmonia, ainda que em meio à diversidade, deveria ser o alento vital a reger todas as comunidades de indivíduos, todas as organizações – seculares ou religiosas – e todas as nações.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 126.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Propósitos Diversos na Aproximação dos Humanos

“Uma resposta completa a tal indagação nos levaria muito longe, dado o número imenso de fatores implicados. Começa que há um grande número de origens de seres que, como nós, vem procurando aproximar-se de vocês, humanos. E não todos com os mesmos propósitos e a mesma capacidade para promovê-los e alcançá-los. Qualquer resposta completa haveria que considerar a multiplicidade tão ampla de origens, resultando em uma imensa diversificação de tônica psicológica característica de cada um, condicionante dos fins a que se propõe. Posto isso, é óbvio atentar para que devemos falar do que nos compete, do que diz respeito a nós próprios, em conjunção apenas com seres também de globos mais distantes, extrasolares, já por nós próprios contactados e que, aqui, estão com os mesmos propósitos de ajuda ao humano, propósitos que já dissemos haverem nos conduzido até aqui. Aliás, já foi dito que há uma verdadeira Politica de Poder em torno do Globo de vocês, da humanidade de vocês, uma disputa de influência e domínio sutil, que se passa nesse plano menos denso, ainda não acessível ao humano.(…)”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 127.

Formas de Manifestar a Mediunidade

“O rádio que pega tudo e o problema da “Sintonia”

“Há diferentes gêneros de mediunidade; contudo, importa reconhecer que cada espírito vive em determinado degrau de crescimento mental e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de indivíduo para indivíduo, tanto quanto as interpretações da vida se modificam de alma para alma. As faculdades medianímicas poder ser idênticas em pessoas diversas; entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las. Um modelo, em muitas ocasiões, é o mesmo para grande assembleia de pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela ao seu modo.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 105-113.