Decoberta dos Papiros de Naj ‘Hammadi

“Em dezembro de 1945, um camponês árabe fez uma descoberta arqueológica extraordinária no Alto Egito. Os boatos obscureceram as circunstâncias da descoberta – talvez por ela ter sido acidental, e sua venda no mercado negro, ilegal. Por muitos anos, nem mesmo a identidade do camponês foi revelada.(…) a descoberta fora feita próximo à cidade de Naj ‘Hammadi em Jabal al-Tarif, uma montanha com mais de 150 cavernas, de origem natural.

(…)

Ao escavarem em torno de uma grande rocha, encontraram um vaso de cerâmica vermelha de quase l metro de altura. (…) e descobriu trinta papiros encadernados em couro. Voltando para casa em al-Qasr, Muhammad ‘Ali deixou cair os livros e-soltou as folhas de papiro sobre a palha, no chão perto do forno. ‘Umm-Ahmad, mãe de Muhammad ‘Ali, admite ter queimado grande parte dos papiros no forno junto com a palha utilizada para acendê-lo”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XIII- XIV.

Capítulo: Introdução.

Conhecemos Nosso Rei, César e Não Jesus

“E os judeus clamaram, dizendo: Conhecemos nosso rei, César e não Jesus. Pois, de fato, os sábios trouxeram presentes do leste para ele como para um rei, e quando Herodes ouviu dos sábios que um rei nasceu, ele tentou matá-lo; quando seu pai José soube disso, ele o levou e sua mãe e eles fugiram para o Egito. E quando Herodes ouviu isso, destruiu os filhos dos hebreus que nasceram em Belém.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 355.

Pirâmides

“Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam
duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do porvir.”

“A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema solar.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 40.

Ciências Psiquicas

“As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de frescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.

(…) os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 38-39.

Círculos Esotéricos

“Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do homem e da natureza.”

(…)

“Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a natureza.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 37.

Escolas Iniciáticas

“Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava.”

“Aqueles grandes mestres da Antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.”

Nota Pessoal: A razão das escolas iniciáticas

“A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e de beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas.”

“Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as
mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 36.

Saudade Torturante do Céu

“Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.”

(…)

“Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.”

(…)

“Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 35.

Os Quatro Grupos de Base

“As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.”

(…)

“Aqueles seres decaídos e degradados, à maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos, reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.”

(…)

“As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.”

(…)

“Tendo ouvido a palavra do divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus grupos insulados, guardaram a reminiscência das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas, enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros. Eis por que as epopeias do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do sublime Emissário.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 31-32.

Experiências Infinitas

“A natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas; tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos seus estudos de Biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos genes, porquanto, no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir.”

(…)

“(…) estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 30.

Gnosticismo

“(…) o pensamento de qualquer conexão entre os ensinamentos de Jesus e a Índia torna-se menos extravagante não apenas pelos pergaminhos das cavernas de Qumran (os chamados pergaminhos do Mar Morto), mas especialmente pelo novo achado de muitos livros cristãos gnósticos (em Nag Hammadi) no Egito. (…) A primeira parte (e várias outras partes) do Evangelho de João -‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (…)’ – é puro gnosticismo. O misticismo gnóstico chegara aos judeus, vindo do Oriente, da India, Pérsia e Babilônia; o gnosticismo tinha atraído os judeus durante o cativeiro deles na Babilônia, e eles o trouxeram consigo no retorno à sua terra.

“Para que não subestimemos o gnosticismo pelo fato de seus termos, símbolos e vocabulário diferirem muito dos nossos, deve-se esclarecer que o gnosticismo representou o cristianismo egípcio durante os duzentos anos em que os líderes da nova fé elaboraram sua teologia. Ele foi gradualmente banido pelo cristianismo católico ortodoxo, e seus livros foram queimados. Do mesmo modo, o essenismo era a forma original do cristianismo palestino. (…) Em Qumran e em Chenoboskion [Nag Hammadi], ficaram escondidas durante séculos as grandes bibliotecas dessas formas primitivas do cristianismo, que agora, de modo tão súbito e dramático, nos foram restituídas. O essenismo e o gnosticismo eram muito semelhantes: se restar dúvida, leia-se o Evangelho canônico de João, especialmente o primeiro capítulo, onde se encontram o essenismo e o gnosticismo, mesclados e sublimados no cristianismo que nos é mais familiar. ”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 95.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.