Alcançado o equilíbrio

“Como observou Arthur Schopenhauer, a “realidade” é criada pelo ato de querer; é a teimosa indiferença do mundo em relação à minha intenção, a relutância do mundo em se submeter à minha vontade, que resulta na percepção do mundo como “real”, constrangedor, limitante e desobediente. Sentir-se livre das limitações, livre para agir conforme os desejos, significa atingir o equilíbrio entre os desejos, a imaginação e a capacidade de agir: sentimo-nos livres na medida em que a imaginação não vai mais longe que nossos desejos e que nem uma nem os outros ultrapassam nossa capacidade de agir. O equilíbrio pode, portanto, ser alcançado e mantido de duas maneiras diferentes: ou reduzindo os desejos e/ou a imaginação, ou ampliando nossa capacidade de ação. Uma vez alcançado o equilíbrio, e enquanto ele se mantiver, “libertação” é um slogan sem sentido, pois falta-lhe força motivacional.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 317.

Capítulo 1 | Emancipação

Princípio de Polaridade e o Equilíbrio do Universo

“Há uma solução para cada problema legítimo, não importa quão difícil o problema pareça ser.” (…) “Para cada experiência de derrota temporária, para cada fracasso e cada forma de adversidade, existe a semente de um benefício equivalente.

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.37.

Períodos para Orar e Meditar

“Qualquer que seja o santuário de recolhimento, perceberemos que é especialmente benéfico orar e meditar em qualquer horário dentro dos seguintes períodos: bem cedo pela manhã, entre as 5 e 8 horas; no meio do dia, entre as 10 e 13 horas; ao entardecer, das 17 às 20 horas; e à noite, entre as 22 horas e 1 hora da madrugada. Os mestres da Índia ensinaram que os horários próximos à transição do amanhecer, meio-dia, pôr do sol e meia-noite de cada dia solar são propícios ao cultivo do progresso espiritual. As leis magnéticas cósmicas de atração e repulsão que afetam o corpo estão mais harmoniosamente equilibradas durante os quatro períodos mencionados. Esse equilíbrio ajuda a quem medita a interiorizar-se em comunhão divina.

(…)

Quando os discípulos encontraram Jesus na solidão, chamaram por ele: “Todos te buscam“. Assim como a fragrância das flores atrai as abelhas, as almas como Jesus, que exalam o perfume de Deus, atraem de modo natural as almas espiritualmente sedentas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 474.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

O Sentido do Paladar

“A mente estabelece um padrão para todas as atividades do corpo. Desse modo, as afirmações são úteis: “Eu vivo pelo poder de Deus, e não apenas por meios materiais”.

(…)

A maioria das carnes (especialmente a bovina e a suína) e outros alimentos de vibração grosseira exigem demais da força vital, dificultando o processo de desvinculá-la dos sentidos e dos órgãos vitais sobrecarregados e de reverter a corrente de vida e a consciência na direção de Deus quando nos sentamos para a comunhão devocional.

Devemos eleger uma dieta saudável e equilibrada, com alimentos naturais ricos em força vital que sejam facilmente processados pelo corpo – frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, produtos lácteos -, evitando alimentos em que a força vital tenha sido sido desnaturada ou destruída em razão de um processamento inadequado ou que de algum outro modo sejam impróprios para o sistema humano.* Em acréscimo, temos que evitar o fanatismo. Um fanático por alimentação, constantemente obcecado pela observância minuciosa de leis dietéticas e de saúde em geral, descobrirá que seu apego ao corpo torna-se um verdadeiro empecilho à realização espiritual.

(…)

O sentido do paladar não deve ser corrompido com a gula, nem com a indigestão resultante de uma alimentação errônea e do excesso ao comer; seu propósito é o de selecionar e desfrutar o alimento correto de modo a manter o corpo saudável e vibrante para que seja, então, utilizado pela alma. Alimentar-se apenas para satisfazer o paladar leva à gula, à escravidão, à indigestão, à doença e à morte prematura. Alimentar-se para o sustento do templo corporal produz autocontrole, longevidade, saúde e felicidade.

(…)

Nota: Meu guru, Swami Sri Yukteswar, apresentou concisamente os princípios da dieta natural apropriada para o homem como sendo vegetariana, fundamentando-se em uma análise da “formação dos órgãos que auxiliam na digestão e na nutrição – os dentes e o tubo digestivo” e na “observação da inclinação natural dos órgãos dos sentidos – os indicadores do que é nutritivo – por meio dos quais todos os animais são dirigidos a seu alimento” (A Ciência Sagrada, Capítulo 3; publicado pela Self-Reali zation Fellowship).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 192-193.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

Saúde Mental

“Convém saber, antes de tudo, qual é a natureza do padrão científico preferido pela ciência médica do mundo para aferir qualquer enfermidade atribuída ao menino Jesus. A verdade é que nas tabelas da patogenia sideral, as enfermidades mais graves são justamente a vaidade, avareza, ira, crueldade, luxuria, hipocrisia, o orgulho, ciúme e os vícios que aniquilam o corpo carnal como o fumo, o álcool, os entorpecentes ou a glutonice carnívora. Desde que os sábios terrenos passem a considerar a hipersensibilidade, o amor, a renúncia espiritual próprias do menino Jesus como incursos nas tabelas patológicas do mundo, é evidente que também terão de classificar o seu oposto, isto é, a “consciência satanizada” como um padrão da verdadeira saúde do homem. A melancolia, a tristeza, o desassossego e aparentes contradições do menino Jesus não eram efeitos próprios de um caráter mórbido ou censurável, mas uma consequência natural do desajuste do seu espírito angélico, cuja vida era profundamente mental e o fazia sentir-se exilado no ambiente rude da matéria. (…) Não é demonstração de enfermidade a aflição das pombas debatendo-se no pântano viscoso, só porque ali os crocodilos se mostram eufóricos e tranquilos.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 136-137.

 

Amor Incondicional

“Inegavelmente, o Amor é a essência espiritual indestrutível e o fundamento da angelitude de todo ser: mas o anjo, como símbolo da alma perfeita, só é completo quando também já adquiriu a Sabedoria Cósmica. (…) O Anjo possui duas asas (…) A angelitude ou perfeição exige completo e absoluto equilíbrio entre o Amor e a Sabedoria.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 77.

Estágio Evolutivo

“Jesus também foi imaturo de espírito e fez o mesmo curso espiritual evolutivo através de mundos planetários, já desintegrados no Cosmo. (…) Em caso contrário, o Criador também não passaria de um Ente injusto e faccioso, capaz de conceder privilégios a alguns de seus filhos preferidos e deserdar outros menos simpáticos, assemelhando-se aos políticos terrenos, que premiam os seus eleitores e hostilizam os votantes de outros partidos. Em verdade, todas as almas equacionam sob igual processo evolutivo na aquisição de sua consciência espiritual e gozam dos mesmos bens e direitos siderais.

(…)

Os orbes que lhe serviram de aprendizado planetário já se extinguiram e se tornaram pó sideral, mas as suas humanidades ainda, vivem despertas pelo Universo, sendo ele um dos seus venturosos cidadãos.

(…) não há desdouro algum para o Mestre a evoluído sob o regime da mesma lei a que estão sujeitos os demais espíritos, pois isso ainda confirma a grandeza do seu espírito aperfeiçoado pelo próprio esforço.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 21-22.

Coisas Inconsertáveis

Podemos trabalhar em uma cozinha beneficente, podemos votar, podemos reciclar, podemos adotar animais de rua, assinar petições, levar uma sopa para o vizinho quando ele está doente, oferecer abrigo para aqueles que precisam, derrubar um ditador terrível, expressar amor e cuidado em todas as situações possíveis… e nada poderia a ser mais nobre. Mas isso, ainda assim, não mudará o fato de que o mundo das coisas é fundamentalmente inconsertável.

Mahatma Gandhi, o maior proponente da ação não violenta que o mundo já conheceu, dedicou a vida para trabalhar pela independência indiana do Império Britânico. Seu coração e inteligência o mundo. Mas observe a Índia e o Paquistão desde a independência… ainda estão em conflito. Isso não reflete fracasso da parte de Mahatma Gandhi. Apenas ilustra que o mundo das coisas nunca alcançará um estado de equilíbrio pacifico. Nunca irá nos satisfazer. Nunca matará nossa sede, mesmo por paz.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 101-102.

A Cura Promete Bem-Estar

“O ponto é que a cura não nos promete que as coisas funcionarão da forma como queríamos inicialmente. Ela não nos promete que a velhice, doença e morte serão curadas. Não promete uma vida sem dor. Mas promete, sim, um bem-estar fundamental um bem-estar que se encontra dentro.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 95.

Compreender o Corpo Temporário

“Não sei quanto a você, mas frequentemente me pego esperando por um estado de equilíbrio físico perfeito. “Quando isso acontecerá? Quando chegará o dia em que vou me sentir consistentemente perfeita? Mas, na verdade, o corpo não é uma coisa que se possa consertar. Como Sua Santidade o Dalai Lama falou: “A felicidade física é apenas um eventual equilíbrio dos elementos no corpo, não uma harmonia profunda. Compreenda o temporário pelo que ele é”. (…)”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 94.