Perspectiva Consciencial

A nossa perplexidade advém de pretensiosamente querermos marcar limites à realidade, vendo-a deformada pela limitação dos nossos sentidos e da estreiteza relativa da nossa consciência espaço-temporal, em que a ciência quer restringir toda a possibilidade do conhecimento humano.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 12.

A Verdade Total

“A Morte não é real, ainda mesmo no sentido relativo; ela é simplesmente o Nascimento a uma nova vida, e continuareis a ir sempre de planos elevados de vida a outros mais elevados, por eons e eons de tempo. O Universo é vossa habitação e estudareis os seus mais distantes acessos antes do fim do Tempo. Residis na Mente Infinita do TODO, e as vossas potencialidades. e oportunidades são infinitas, mas somente no tempo e no espaço. E no fim do Grande Ciclo de Eons, O TODO recolherá em si todas as suas criações; porém, vós continuareis alegremente a vossa jornada, porque então querereis preparar-vos para conhecer a Verdade Total da existência em Unidade com O TODO. ”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 47.

O Todo no Princípio de Gênero

“O verdadeiro ensinamento é que o TODO em si mesmo está fora do Gênero, assim como de qualquer outra Lei, mesmo as do Tempo e do Espaço. Ele é a Lei de que todas as Leis procedem e não está sujeito a elas. Contudo, quando o TODO se manifesta no plano de geração ou criação, os seus atos concordam com a Lei e o, Princípio, porque se realizam num plano inferior de existência. E, por conseguinte, ele manifesta no Plano Mental o Principio de Gênero, nos seus aspectos Masculino e Feminino.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 45.

Nada existe Fora do Todo

“I. O TODO é Tudo o que É REAL. Nada pode existir fora do TODO, porque do contrário o TODO não seria mais O TODO.

II. O TODO É INFINITO, porque não há quem defina, restrinja e limite o TODO. É Infinito no Tempo, ou ETERNO; existiu sempre, sem cessar; porque nada há que o pudesse criar, e se ele não tivesse existido, não podia existir agora; existirá perpetuamente, porque não há quem o destrua, e ele não pode deixar  de existir, porque aquilo que é alguma coisa não pode ficar sendo nada. É infinito no espaço; está em toda parte porque não há lugar fora do TODO, é contínuo no Espaço sem cessação, separação ou interrupção, porque nada há que separe, divida ou interrompa a sua continuidade, e nada há para encher lacunas. É Infinito ou Absoluto em Poder; porque não há nada para limitá-lo, restringi-lo ou acondicioná-lo; não está sujeito a nenhum outro Poder, porque não há outro Poder.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 38,39.

A Realidade Substancial

Sob as aparências do Universo, do Tempo, do Espaço e da Mobilidade, está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade fundamental.

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 35.

Animismo

“– Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento. Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao electrochoque, entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação Intima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.

(…)

– Mediunicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 22.

Percepção Mental

“Dezenas de quilômetros foram instantaneamente vencidos.

(…)

– Matilde! Matilde!…

A recém-chegada tentou despertá-la, à pressa, mas em vão. Consciente de que não dispunha senão de rápidos instantes, vibrou algumas pancadas no leito da irmã, que acordou de chofre, entrando, de imediato, em sua esfera de influência.

Dona Elisa passou a falar-lhe, atormentada. Dona Matilde, contudo, não lhe escutava as palavras pelos condutos auditivos do vaso carnal e sim pelo cérebro, através de ondas mentais, em forma de pensamentos a lhe remoinharem ao redor da cabeça.

Reerguendo-se, inquieta, falou de si para consigo: – “Elisa morreu”.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 21.

O Bem se Sobrepõe ao Mal

“– Abstenhamo-nos de julgar. Consoante a lição do Mestre que hoje abraçamos, o amor deve ser nossa única atitude para com os adversários. A vingança, Anésia, é a alma da magia negra. Mal por mal significa o eclipse absoluto da razão. E, sob o império da sombra, que poderemos aguardar senão a cegueira e a morte? Por mais aflitiva lhe seja a lembrança dessa mulher, recorde-a em suas preces e em suas meditações, por irmã necessitada de nossa assistência fraterna. Ainda não readquirimos nossa memória integral do passado e nem sabemos o que nos ocorrerá no futuro… Quem terá sido ela no pretérito? alguém que ajudamos ou ferimos? Quem será para nós no porvir? Nossa mãe ou nossa filha? Não condene! O ódio é como o incêndio que tudo consome, mas o amor sabe como apagar o fogo e reconstruir. Segundo a Lei, o bem neutraliza o mal, que se transforma, por fim, em servidor do próprio bem. Ainda que tudo pareça conspirar contra a sua felicidade, ame e ajude sempre, porque o tempo se incumbirá de expulsar as trevas que nos visitam, à medida que se nos aumente o mérito moral.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 20.

Tempestades de Luz e Conhecimento

Do mais alto céu, as nuvens precipitam-se em abençoadas gotas de esperança que prometem trazer vida nova ao solo ressequido que guarda em seu ventre as sementes da regeneração.

Assim é, pois, o potencial humano que acolhe as tempestades de luz e conhecimento típicas deste tempo.

Sede pois, aquilo que já o são, no mundo espiritual. Que a realidade espaço temporal não faça desvanecer em sua consciência a certeza de quem verdadeiramente são e podem ser.

Com meu beijo amigo ao coração,

Olivia

Os Símbolos da Criação do Genesis

“O espírito gerador do mundo do pai torna-se um múltiplo da experiência terrena por intermédio de um meio transportador – a mãe do mundo. Trata-se de uma personificação do elemento primal mencionado no segundo versículo do Gênesis, onde lemos que ” o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas“. No mito hindu, trata-se da figura feminina por meio da qual o Eu gerou todas as criaturas. Entendida de modo mais abstrato, a mãe do universo é a estrutura que fixa os limites do mundo: “espaço, tempo e causalidade”– a casca do ovo cósmico.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 291.