Kundalini

“(…) as escrituras do Oriente utilizam a alegoria de uma serpente para ilusrar a kundalini ou força vital astral no corpo, a qual, ao despertar com a ajuda de uma técnica avançada de Autorrealização, atravessa uma passagem serpentina, que se encontra espiralada na base da coluna vertebral e sobe até os centros espirituais mais elevados, no cé rebro, outorgando a consciência divina. A pomba simboliza o olho espiritual de três cores – o bico da pomba representa a estrela branca no centro do olho espiritual; as asas da pomba simbolizam os anéis esféricos de cor azul e dourada que circundam a estrela.

Ao elevar a força kundalini ao longo dos centros cerebrospinais e ao introduzir sua vida e consciência através do olho espiritual, ele se contempla como onipresente.

(…)

(…) quando fossem confrontados com o antagonismo e as perseguições, deveriam manter a profunda sabedoria e tranquilidade concedidas pelo despertar da kundalini.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 238-239.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Despertar da Kundalini

Instrutores ignorantes frequentemente associam kundalini com a força sexual e a envolvem em mistério, a fim de assustar neófitos quanto ao perigo de despertar essa sagrada força serpentina. Confundir o despertar de kundalini com o estímulo da consciência sexual é uma concepção interiramente corrompida e extremamente ridícula. Ao contrário, no despertar de kundalini a força vital do iogue se retira dos nervos sensoriais, particularmente aqueles relacionados ao sexo, conferindo-lhe absoluto controle sobre as tentações sensoriais e sexuais.

(…)

Os sentidos da visão, audição, paladar, tato e olfato são como Cinco holofotes que revelam a matéria. À medida que a energia vital flui ao exterior através desses raios sensoriais, o homem é atraído por belas faces, sons cativantes ou sedutores perfumes, sabores e sensações táteis. Esse é um processo natural; mas aquilo que é natural para a consciência limitada ao corpo não é natural para a alma. Entretanto, quando essa energia vital divina é retirada dos sentidos autocráticos através da via espinal, chegando ao centro espiritual de percepção infinita no cérebro, então o holofote de energia astral lança-se à imensidão da eternidade para revelar o Espírito universal. O devoto sente-se atraído ao Sublime Sobrenatural – a Beleza de todas as belezas, a Música de todas as músicas, a Alegria de todas as alegrias. Ele pode tocar o Espírito em todo o universo e ouvir a voz de Deus reverberando em todas as esferas. A forma se dissolve no Sem-Forma. A consciência do corpo, confinada a uma pequena forma temporária, expande-se ilimitadamente no Espírito eternamente existente e sem forma.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 293-294.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Yoga

“Quando alguém se senta em silêncio, tranquilo, ele acalma parcialmente a força vital em seu fluxo para os nervos, libertando-a dos músculos; seu corpo está temporariamente relaxado. Mas sua paz é facilmente perturbada por qualquer ruído ou qualquer outra sensação que chegue até ele, porque a energia vital que continua a fluir para o exterior, através da via espiralada, mantém os sentidos em operação.

(…)

O iogue conhece a arte científica de se desconectar conscientemente dos nervos sensoriais, de modo que nenhuma perturbação externa proveniente da visão, da audição, do tato, do paladar ou do olfato possa ter acesso ao santuário interior de sua meditação impregnada de paz.

(…)

Um “filho do homem” prisioneiro do corpo não pode ascender à liberdade celestial apenas com palavras; ele tem de saber como desatar o nó espiralado da força de kundalini, na base da coluna vertebral, a fim de transcender o confinamento da prisão corporal.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 290-292

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Espiral

“Conforme explicado anteriormente, os corpos físico, astral e causal do homem estão interligados e atuam como um só, por meio de nós de força vital e consciência nos sete centros cerebrospinais.

A energia em geral se move pelo espaço em forma espiral – um padrão presente em toda parte na arquitetura macrocósmica e microcósmica do universo. Iniciando com as nebulosas galácticas – o berço cósmico de toda a matéria – a energia flui em modelos espiralados, ou circulares, ou como vórtices.

(…)

Quando a alma, em seus sutis revestimentos dos corpos causal e astral, inicia a encarnação física no momento da concepção, o corpo inteiro se desenvolve a partir de uma célula primordial formada com a união de espermatozoide e óvulo, principiando com os primeiros rudimentos do bulbo raquiano, do cérebro e da medula espinal.

De sua sede original no bulbo raquiano, a energia vital inteligente do corpo astral flui em sentido descendente ativando os especializados nos chakras astrais cerebrospinais que criam e vivificam a coluna vertebral física, o sistema nervoso e todos os demais órgãos corporais. Ao concluir-se o trabalho da força vital primordial na criação do corpo, ela vem a descansar em uma passagem espiralada no centro mais inferior ou coccígeo. A configuração espiralada desse centro astral dá à energia vital ali localizada a denominação de kundalini, ou força serpentina (do sânscrito, kundala, “espiralada”). Uma vez finalizado seu trabalho criador, a concentração da força vital nesse centro é dita kundalini “adormecida”, pois quando flui ao exterior, para o corpo, avivando continuamente a região física dos sentidos visão, audição, olfato, paladar, tato, bem como a força criadora física, presa à Terra, do sexo-, ela faz com que a consciência se torne fortemente identificada com os sonhos ilusórios dos sentidos e seu domínio de atividades e desejos.

Moisés, Jesus e os iogues hindus conheciam o segredo da vida espiritual científica. Eles demonstraram unanimemente que todo aquele que tenha ainda tendências materiais precisa adquirir maestria sobre a arte de elevar a força serpentina a partir da consciência corporal sensória, dessa forma começando a retraçar os passos interiores em direção ao Espírito.”

Nota:  Em 1953, cientistas descobriram que o DNA, a molécula básica da vida, também é construída em forma helicoidal. Leonardo Fibonacci (1170-1250), matemático italiano de profunda visão, percebeu que incontáveis padrões na natureza correspondem a uma forma espiral, matematicamente expressa como um logaritmo derivado dos assim chamados números de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, etc.), onde cada número é a soma dos dois precedentes na série. Esta espiral exata surge em ma nifestações aparentemente tão dispares quanto o padrão das pétalas num girassol e das folhas nos abacaxis, nas alcachofras e em muitas árvores; o volume progressivo das câmaras na concha de um molusco marinho; o arco, em anos-luz, das galáxias espirais.

A proporção áurea é considerada como a base da harmonia e beleza de forma na arte, na arquitetura e no desenho clássicos – conforme reconhecido por (entre muitos outros) Pitágoras, Platão, Leonardo da Vinci e os construtores das grandes pirâmides em Gizé. (Nota da Editora)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 288-290.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.