As nações se desprezam

“É, sem dúvida, enigmático porque é que as individualidades coletivas, as nações, se desprezam, odeiam e aborrecem umas às outras, inclusive também em tempos de paz. Não sei que dizer. Neste caso sucede precisamente como se todas as conquistas morais dos indivíduos se desvanecessem, ao conglomerar-se uma multidão, constituída por milhões de homens, e apenas perdurassem as atitudes psíqui- cas mais primitivas, mais antigas e mais grosseiras. Estas lamentáveis circunstâncias serão, porventura, modificadas por evoluções posteriores. Mas um pouco mais de veracidade e de sinceridade, nas relações dos homens entre si e os seus governantes, deveria aplanar o caminho para tal transformação.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.38.

Considerações atuais sobre a guerra e a morte (1915)
“O desapontamento perante a morte”

Reacomodar os desacomodados

“Quanto ao sonho comunitário de “reacomodar os desacomodados”, nada pode mudar o fato de que o que está disponível para a reacomodação são somente camas de motel, sacos de dormir e divãs de analistas, e que de agora em diante as comunidades — mais postuladas que “imaginadas” — podem ser apenas artefatos efêmeros da peça da individualidade em curso, e não mais as forças determinantes e definidoras das identidades.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 427.

Capítulo 1 | Emancipação

As bençãos mistas da liberdade

Objetivos Comuns do Grupo

“Se um grupo de pessoas deseja conservar sua individualidade e alcançar suas metas, cada uma delas deve agir de acordo com os objetivos comuns do grupo. Quando há uma divisão entre os membros desse grupo, surgem os conflitos, a discórdia e a de sintegração. Conservar a harmonia, ainda que em meio à diversidade, deveria ser o alento vital a reger todas as comunidades de indivíduos, todas as organizações – seculares ou religiosas – e todas as nações.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 126.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Desejo Criador Com Uma Ilusão Cósmica

“A fim de conferir individualidade e independência a Suas imagens ideativas, o Espírito teve que utilizar um artifício cósmico, uma mágica mental universal. O Espírito recobriu e permeou o Seu desejo criador com uma ilusão cósmica, uma grande medidora mágica, des crita nas escrituras hindus como maya (da raiz sânscrita mã, “me dir”). A ilusão divide e delimita o Infinito Imensurável em formas e forças finitas. A operação da ilusão cósmica nessas individualizações é denominada avidya, engano individual ou ignorância, que confere uma enganadora realidade à existência de tais individualizações como separadas do Espírito.” Seres individualizados, possuindo os instrumentos do corpo e da mente humanos, estão dotados do poder de livre-arbítrio e independência de ação.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 155.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

Uma Nova Era

“Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos fenícios na Espanha e em Portugal, entregando-se de novo às suas predileções pelo mar. Na antiga Lutécia, que se transformou na famosa Paris do Ocidente, vamos achar a alma ateniense nas suas elevadas indagações filosóficas e científicas, abrindo caminhos claros ao direito dos homens e dos povos. ”

(…)

“(…) quando a Idade Média estava prestes a extinguir-se, grandes assembleias espirituais se reúnem nas proximidades do planeta, orientando os movimentos renovadores que, em virtude das determinações do Cristo, deveriamencaminhar o mundo para uma nova era.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 157-159.

Possessão – Aperfeiçoamento de Individualidades

“Se não vai melhorar de vez, pra que buscar o tratamento espiritual?

“Aqui recolherá forças para refazer-se, assim como uma planta raquítica encontra estímulo para sua restauração no adubo que lhe oferece. Dia a dia, ao contato de amigos orientados pelo Evangelho, ele e o desafeto incorporarão abençoados valores em matéria de compreensão e serviço, modificando gradativamente o campo de elaboração das forças mentais.

“Sobrevirá, então, um aperfeiçoamento de individualidades, afim de que a fonte mediúnica surja, mais tarde, tão cristalina quanto desejamos. Salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, por que, na imantação recíproca em que se vêm, as ideias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

 

Médiuns Somos Todos Nós

“Vemos a mediunidade em todos os tempos e em todos os lugares da massa humana. (…) Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos. A força psíquica, nesse ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres humanos, mas não existe aperfeiçoamento mediúnico sem acrisolamento da individualidade.”

METALURGIA
Acrisolar: tirar as impurezas de (metal precioso), purificar no crisol; copelar.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 11-18.

Individualidade e Identidade

“Segundo este misticismo do amor sexual, experiência última do amor é a percepção de que, subjacente a ilusão da duplicidade, há identidade: “Cada um é os dois”. Essa percepção pode ser expandida numa descoberta de que, por trás das múltiplas individualidades de todo universo circundante – humano, animal, vegetal e até mineral -, habita a identidade; a partir disso, a experiência amorosa assume um caráter cósmico, e o amado, que primeiro abriu os olhos a essa visão, é magnificado, configurando-se como espelho da criação.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 274.

Religião de Cada Um

“Assim como nenhuma religião é correta para todas as pessoas, não existe uma denominação da Bruxaria que seja correta para todos os Bruxos. E é assim que deve ser. Todos somos diferentes. Nossos antecedentes – étnicos e sociais – variam imensamente. Costuma-se dizer que existem muitos caminhos, mas todos levam ao mesmo lugar.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 20.