Perseguição Mental Mútua

“Libório:

O pensamento da irmã encarnada que o nosso amigo vampiriza está presente nele, atormentando-o. Acham-se ambos sintonizados na mesma onda. É um caso de perseguição recíproca. Os benefícios recolhidos no grupo estão agora eclipsados pelas sugestões arremessadas de longe.

– Temos então aqui – aleguei – um símile perfeito do que verificamos comumente na Terra, nos setores da mediunidade torturada. Médiuns existem que, aliviados dos vexames que recebem por parte de entidades inferiores, depressa como que lhes reclamam a presença, religando-se a elas automaticamente, embora o nosso mais sadio propósito de libertá-los.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 125-133.

Socorro Espiritual no Purgatório

“A breve tempo, penetramos nebulosa região, dentro da noite.

Os astros desapareceram a nossos olhos.

Tive a impressão de que o piche gaseificado era o elemento preponderante naquele ambiente.

Em derredor, proliferavam soluços e imprecações, mas a pequenina lâmpada que Abelardo agora empunhava, auxiliando-nos, não nos permitia enxergar senão o trilho estreito que nos cabia percorrer.

Findos alguns minutos de marcha, atingimos uma construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam, sob a assistência de enfermeiros atenciosos.

Entramos.

Áulus explicou que estávamos ali diante de um hospital de emergência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais.

Tudo pobreza, necessidade, sofrimento…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 125-133.

Vibrações de Auxílio e Equilíbrio das Energias

“Os amigos sofredores, aglomerados no recinto, poderiam receber vibrações de auxílio, enquanto os elementos do grupo recolheriam, por meio da oração, o refazimento das próprias energias.”

“(…) A água potável destina-se a ser fluidificada. O Líquido simples receberá recursos magnéticos de súbito valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 105-113.

Socorro Espiritual

“Capítulo 7: Começa o esclarecimento paciente ao “obsessor”, ainda confuso mentalmente. 

Dança das Energias mediante a intenção sincera. A oração pelo espírito (pág. 61) – Invocação / Louvor e Reconhecimento / Intercessão

“Via-se, porém, com clareza, que não eram as palavras a força que o convencia, mas sim o sentimento irradiante com que eram estruturadas”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.

 

Obsessão e Simbiose

Três guardas espirituais entraram na sala, conduzindo infeliz irmão ao socorro do grupo. Era infortunado solteirão desencarnado que não guardava consciência da própria situação. Incapaz de enxergar os vigilantes que o traziam, caminhava a maneira de um surdo-cego, impelido por forças que não conseguia identificar…”

A perda do veículo físico, na deficiência espiritual em que se achava, deixou integralmente desarvorado, como náufrago dentro da noite. Entretanto, adaptando-se ao organismo da mulher amada que passou a obsidiar, nela encontrou um novo instrumento de sensação….”

“(…) Nessa simbiose vivem ambos há quase cinco anos sucessivos; contudo, agora, a moça subnutrida e perturbada acusa desequilíbrios orgânicos de vulto.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 51-58.

Doença no Corpo Perispiritual

(…) ” Os nossos amigos estampam no próprio corpo perispiritual os sofrimentos de que são portadores.”

(…)Pareciam envolvidos em grande nuvem ovalada, qual nevoeiro cinza escuro, espesso imóvel, agitado por estranhas formações.”

(…) ”  a doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico.”

(…) “a renovação mental é a renovação da vida.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 35-41.

Almas em Turvação Mental

“Logo após, um colaborador do nosso plano franqueou acesso a numerosas entidade sofredoras e perturbadas, que se prostraram diante da assembleia, formando legião.

(…) Se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas inconscientes rodeando grande luz.

(…) logo que atingidas pelas emanações espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por forças que elas próprias não conseguiam perceber.

(…) São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos as reuniões públicas da instituição e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras (…)

(…) “Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora.”(…)

(…) “Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de conforto.

(…) “Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluídos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 35-41.