Seita de Judeus

“Reunindo os registros judaicos e católicos romanos e comparando-os com as informações contidas em nossos próprios registros, verificamos que os nazarenos constituíam uma seita de judeus que, embora tentasse seguir os antigos ensinamentos judaicos, acreditava na vinda do Messias, que nasceria de maneira singular e seria o Salvador de sua raça.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 59-60.

Nazarenos ou Nazaritas

“Todos os fatos acima apresentados indicam claramente que José, Maria e a criança, eram considerados como Nazarenos ou Nazaritas, junto com muitos outros de sua localidade, ou seja, pessoas pertencentes a uma seita não judaica.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 63

Essênios e Nazarenos

Existiu realmente uma seita chamada Os Nazarenos citada nos registros judaicos como uma seita de Primitivos Cristãos ou, em outras palavras, aqueles que eram essencialmente preparados para aceitas as doutrinas cristãs. De fato, os enciclopedistas e autoridades judaicas parecem concordar em que o termo Nazareno abrangia todos os cristãos que haviam nascido judeus, que não desejavam ou não podiam abrir mão de seu antigo modo de vida, mas que tentavam ajustar as novas doutrinas às antigas.  As enciclopédias judaicas também afirmam ser bastante evidente que os Nazarenos e os Essênios tinham muitas características em comum, e mostravam, portanto, tendência para o misticismo. Os Essênios e Nazarenos, na verdade, eram considerados heréticos pelos judeus cultos, mas existe a seguinte diferença ou distinção no uso destes dois termos os Essênios não eram tão conhecidos pela população da Palestina como os Nazarenos; um homem dificilmente era chamado Essênio a não ser por pessoas bem informadas, que conhecessem a diferença entre Essênios e Nazarenos, ao passo que muitos Essênios e membros de outras seitas que levavam uma vida peculiar ou não aceitavam a religião judaica eram chamados de Nazarenos.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 58.

Conceito de Nazareno

“Em primeiro lugar, devemos tornar claro que o título de Nazareno não queria dizer que a pessoa que o tivesse fosse de uma cidade chamada Nazaré. O título de Nazareno era dado pelos judeus a pessoas estranhas que não seguiam sua religião e que pareciam pertencer a um culto ou seita secreta que existira ao Norte da Palestina por muitos séculos; podemos verificar na Bíblia Cristã que o próprio João Batista era chamado de Nazareno. Também encontramos muitas outras referências a pessoas conhecidas como nazarenos. Em Atos XXIV:5, encontramos um homem qualquer sendo condenado como provocador de uma rebelião entre os judeus em todo o mundo e sendo chamado de “líder da seita dos nazarenos”. Sempre que os entravam em contato com alguém em seu pais que fosse de outra religião, e especialmente se tivesse uma compreensão mística das coisas da vida e vivesse de acordo com um código ético ou filosófico diferente do judaico, chamavam-no de Nazareno falta de um nome mais adequado.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 57-58.

Genealogia de Jesus

“O que acabamos de relatar representa apenas parte de centenas de fatos que poderiam ser apresentados para demonstrar que os pais de Jesus eram gentios e falavam uma língua que não era a judaica. Isto nos faz imediatamente questionar a genealogia exaustivamente apresentada na Bíblia para provar que Jesus era descendente da Casa de Davi. Esta genealogia é apresentada na Bíblia por dois autores diferentes e as gerações apresentadas por ambos não concordam entre si. Além desta discrepância, a genealogia é apenas uma tentativa por parte dos admiradores e seguidores posteriores de Jesus de fazer parecer que Ele descendia da de Davi, tal como era esperado pelos judeus. Devemos ter em mente que em nenhuma ocasião de Sua vida Jesus se referiu a seus ancestrais, nem deu a entender aos judeus que Ele era o Messias da Casa de Davi que eles tanto aguardavam. Também nada encontramos em registros históricos contemporâneos, ou entre os registros judaicos autênticos, que indique que, durante a vida de Jesus ou nos primeiros cem anos após o seu tempo, os judeus ou quaisquer outros acreditassem em Jesus como descendente da Casa de Davi. Exatamente quando a genealogia que tentava introduzir esta ligação foi preparada e introduzida nos escritos sagrados não se sabe, mas certamente foi uma adição bastante posterior.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 55-56.

Os Vários Idiomas que Falou Jesus

“Nossos registros também mostram que, ao tempo do nascimento de Jesus, os galileus falavam uma língua que não era o hebraico. Já é sabido há muitos séculos, pelos estudantes de literatura sacra, que o Mestre Jesus falava outra língua além do hebraico, havendo indicações de que falava vários idiomas. Estas indicações vêm intrigando bastante os estudiosos da literatura sacra, havendo muitas especulações sobre o assunto entre as autoridades. O consenso entre estas autoridades é o de que Jesus apresentou a maioria de Suas parábolas e ensinamentos ao povo em aramaico, e também acreditam ter Ele usado alguma outra que não era o hebraico. Nossos registros indicam claramente que Ele usava o grego e o aramaico em discursos e conversas gerais, só usando o hebraico quando falava com pessoas que não entendiam as outras línguas. A maioria de Suas belas e poéticas parábolas e seus discursos foram feitos ou em aramaico ou em grego. Mais tarde revelaremos de que forma Jesus aprendeu a língua grega. Encontramos o emprego de expressões estrangeiras nas palavras de Jesus, em versículos da Bíblia como os de Marcos V:41, Marcos VII:34, Marcos e em muitas outras passagens.

O dialeto galileu era uma fonte inesgotável de caçoadas para os judeus. Pedro também era da Galileia e de raça gentia; em Mateus XXVI:73, verificamos que alguém disse a Pedro: “Tu certamente és também um deles, pois, de fato, o teu dialeto te trai.” Muitas anotações históricas indicam que os judeus sabiam quem era galileu, porque esses gentios não conseguiam pronunciar corretamente os sons guturais semíticos.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 55.

Gentios da Galileia

Vemos, portanto, que os gentios que habitavam a Galileia, inclusive os pais de Jesus, eram de sangue ariano, gentios por classificação religiosa natural, místicos pelo pensamento filosófico e judeus por imposição. Em outras palavras, os gentios da Galileia, após o ano 103 a.C. foram forçados a adotar a circuncisão e respeitar a lei mosaica, segundo a qual todas as crianças, a uma certa idade, tinham de aceitar a fé judaica de modo formal, comparecendo à sinagoga para serem admitidas em caráter probatório. Se esta combinação de circunstâncias for mantida na mente do leitor, permitirá que compreenda muitas declarações estranhas existentes na literatura sacra.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 53.

Povo Escolhido Sujeito à Roma

Secretamente, ou em silêncio, os judeus ou os ortodoxos de Israel se ressentiam porque o centro do poder fora arrebatado da Judéia e o povo escolhido de Deus se encontrava sujeito ao governo de Roma. Esta era uma humilhação que os judeus esperavam desfazer. Israel aguardava esperançosa o dia em que seu povo subiria ao poder e o “Rei da Glória” apareceria para de novo restabelecer o poder e o reinado de Israel.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 46.

Princípio de Gênero em desequilíbrio

“Nas sinagogas, locais de reunião da classe dominante dos hebreus, a separação de classes era estritamente observada, sendo as mulheres consideradas incapazes, quanto a exercer qualquer posição na igreja. Esta atitude para com as mulheres está retratada em muitas passagens da liturgia judaica usada nas sinagogas, quando a ação de graças é expressa da seguinte forma: “Bendito sejas, meu Senhor e meu Deus, que não me fizeste mulher.” As mulheres eram consideradas criaturas sem alma, não podiam desenvolver qualquer grau de espiritualidade, sendo, portanto, incapazes de se tornarem angelicais. É sempre interessante, para os ocidentais que viajam pelos países do Oriente, verificar que todas as estatuas de anjos são do sexo masculino. Esta ideia da mulher sem alma se manteve em todas as línguas latinas, nas quais a palavra “anjo” é sempre masculina. Nenhum rabino se permitiria conversar com uma mulher sobre problemas religiosos, nem discutir com ela qualquer assunto espiritual.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 45.

Tratamento hospitaleiro Entre Iguais

“Devo lembrar que os judeus ou hebreus ortodoxos eram hospitaleiros com seus compatriotas, sendo esta hospitalidade considerada uma grande virtude; quanto aos estrangeiros, especialmente os gentios, eles dispensavam um tratamento totalmente oposto, em todas as ocasiões.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 44.