Bem-aventurados

E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus;

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

“Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

Mateus 5:1-16

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 478.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Justiça Divina e Carma

“Examinando as tropelias sangrentas narradas no Velho Testamento, podemos certificar-nos do imenso número de soldados, comparsas e aventureiros judeus, que naquela época praticaram as mais bárbaras atrocidades. No entanto, sob o gládio da justiça divina, eis que eles retomaram à carne travestidos ainda na figura de judeus, porém, humilhados e vitimas dos nazistas nos famigerados campos de concentração e em mortes cruéis, para resgatar os débitos clamorosos do pretérito*.

*Nota do Médium – Segundo certo comunicado mediúnico por entidade de reconhecido critério espiritual, Hitler, no passado, foi o rei Davi e comandou inúmeras vezes as hecatombes sangrentas registradas amiúde, na Bíblia. Mas de acordo com a lei de “quem com ferro fere com ferro será ferido” o seu espírito retornou à Terra, na Alemanha, e, sob a injunção do Carma, abriu as comportas do sofrimento redentor para os seus próprios comparsas e soldados que comandou outrora e lhe cumpriram fielmente as ordens bárbaras. Assim, os mesmos judeus que ele trucidou neste século, nos campos de concentração, já tinham vivido com ele e eram os mesmos soldados a comparsas Impiedosos, afeitos nos massacres dos povos vencidos. Como exemplo a esmo das barbaridades cometidas pelo rei Davi e seus exércitos, no passado, eis o que se encontra em II Samuel, 12:31 e transcrevemos: “E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; o que passassem por cima delas carroças ferradas; e que os fizessem em pedaços com cutelos; oe os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades do amonitas; e voltou Davi com todo o seu exército para Jerusalém.”

**Nota: Citação de Samuel é controvertida

(…)

“Os esoteristas, teosofistas, rosa-cruzes e iogues reconhecem Jesus como entidade já liberada do jugo do Carma um Avatar ou Instrutor Espiritual de alta estirpe; enfim, um “eleito” de elevada categoria sideral e de amplitude cósmica.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 28-30.

Ignorância Versus Abuso

“– (…) Quando o erro procede da ignorância bem-intencionada, a Lei prevê recursos indispensáveis ao esclarecimento justo no espaço e no tempo, porquanto a genuína caridade, sob qualquer título, é sempre venerável. Entretanto, se o abuso é deliberado, não faltará corrigenda.

(…)

– Teotônio e Raimundo, tanto quanto alguns outros desencarnados da posição deles, e que aqui se aglomeram, realmente são mais vampirizados que vampirizadores.

(…)

– Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

Justiça Divina

– André, sua dúvida está fora de propósito. Você possui bastante experiência para saber que a dor é o grande ministro da Justiça Divina. Vivemos a nossa grande batalha de evolução. Quem foge ao trabalho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. (…) Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

Não Existem Vitimas

“– E por que não separar de vez o algoz da vítima?

– Calma, Hilário! – ponderou o Assistente. Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 23.

Somos Todos Iguais

“– Sem qualquer dúvida – confirmou o orientador –; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Lei do Carma – O Acaso Não Consta dos Desígnios Superiores

“Penetramos forçosamente no inferno que criamos para os outros, afim de experimentarmos, por nossa vez, o fogo com que afligimos o próximo. Ninguém ilude a justiça. As reparações podem ser transferidas no tempo, mas são sempre fatais”

“O acaso não consta dos desígnios superiores. Não nos aproximamos uns dos outros sem razão. “

“Estejamos, entretanto, convencidos de que as sementes de luz jamais se perdem”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.