Um último esforço da misericórdia de Deus

“O purgatório é um último esforço da misericórdia de Deus para acolher em seu seio às almas imperfeitas, que rechaçaria eternamente sua justiça divina.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 919.

Capítulo III – Considerações Morais

Meios para evitar o purgatório

A justiça divina

“Embora com relativa frequência alude Santa Catarina à necessidade de que se cumpra a justiça divina, o purgatório, em sua descrição, se manifesta mais como uma exigência ontológica do próprio ser da alma, do que como uma pena jurídica, merecida por causa dos pecados.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 679.

S´íntese da Doutrina de Santa Catarina

Bem-aventurados

E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus;

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

“Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

Mateus 5:1-16

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 478.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Justiça Divina e Carma

“Examinando as tropelias sangrentas narradas no Velho Testamento, podemos certificar-nos do imenso número de soldados, comparsas e aventureiros judeus, que naquela época praticaram as mais bárbaras atrocidades. No entanto, sob o gládio da justiça divina, eis que eles retomaram à carne travestidos ainda na figura de judeus, porém, humilhados e vitimas dos nazistas nos famigerados campos de concentração e em mortes cruéis, para resgatar os débitos clamorosos do pretérito*.

*Nota do Médium – Segundo certo comunicado mediúnico por entidade de reconhecido critério espiritual, Hitler, no passado, foi o rei Davi e comandou inúmeras vezes as hecatombes sangrentas registradas amiúde, na Bíblia. Mas de acordo com a lei de “quem com ferro fere com ferro será ferido” o seu espírito retornou à Terra, na Alemanha, e, sob a injunção do Carma, abriu as comportas do sofrimento redentor para os seus próprios comparsas e soldados que comandou outrora e lhe cumpriram fielmente as ordens bárbaras. Assim, os mesmos judeus que ele trucidou neste século, nos campos de concentração, já tinham vivido com ele e eram os mesmos soldados a comparsas Impiedosos, afeitos nos massacres dos povos vencidos. Como exemplo a esmo das barbaridades cometidas pelo rei Davi e seus exércitos, no passado, eis o que se encontra em II Samuel, 12:31 e transcrevemos: “E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; o que passassem por cima delas carroças ferradas; e que os fizessem em pedaços com cutelos; oe os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades do amonitas; e voltou Davi com todo o seu exército para Jerusalém.”

**Nota: Citação de Samuel é controvertida

(…)

“Os esoteristas, teosofistas, rosa-cruzes e iogues reconhecem Jesus como entidade já liberada do jugo do Carma um Avatar ou Instrutor Espiritual de alta estirpe; enfim, um “eleito” de elevada categoria sideral e de amplitude cósmica.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 28-30.

Ignorância Versus Abuso

“– (…) Quando o erro procede da ignorância bem-intencionada, a Lei prevê recursos indispensáveis ao esclarecimento justo no espaço e no tempo, porquanto a genuína caridade, sob qualquer título, é sempre venerável. Entretanto, se o abuso é deliberado, não faltará corrigenda.

(…)

– Teotônio e Raimundo, tanto quanto alguns outros desencarnados da posição deles, e que aqui se aglomeram, realmente são mais vampirizados que vampirizadores.

(…)

– Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

Justiça Divina

– André, sua dúvida está fora de propósito. Você possui bastante experiência para saber que a dor é o grande ministro da Justiça Divina. Vivemos a nossa grande batalha de evolução. Quem foge ao trabalho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. (…) Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

Não Existem Vitimas

“– E por que não separar de vez o algoz da vítima?

– Calma, Hilário! – ponderou o Assistente. Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 23.

Somos Todos Iguais

“– Sem qualquer dúvida – confirmou o orientador –; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Lei do Carma – O Acaso Não Consta dos Desígnios Superiores

“Penetramos forçosamente no inferno que criamos para os outros, afim de experimentarmos, por nossa vez, o fogo com que afligimos o próximo. Ninguém ilude a justiça. As reparações podem ser transferidas no tempo, mas são sempre fatais”

“O acaso não consta dos desígnios superiores. Não nos aproximamos uns dos outros sem razão. “

“Estejamos, entretanto, convencidos de que as sementes de luz jamais se perdem”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.