Onde tudo se torna calculável, a sorte desaparece

“Onde tudo se torna calculável, a sorte desaparece. A sorte é um evento que ilude todos os cálculos. Existe uma conexão íntima entre feitiçaria e sorte. A vida calculável e otimizada é sem magia, ou seja, sem sorte.”

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 1547.

Um excurso sobre o Jukebox

Relação mágica de mundo

“Experiências epifânicas de intensidade colocam o espectador em um “pensamento febril”, em um “pensar em um material que é mais imediato, mais fluido, mais incandescente que as palavras”. Evoca-se uma relação mágica de mundo que não se caracteriza pela representação, ou seja, pela imaginação e significação, mas pelo contato e presença imediatos.”

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 927.

Magia das coisas

Incêndio em Roma

“Tácito acrescenta em suas observações acerca do incêndio em Roma:

…Primeiro, os seguidores da seita que foram presos confessaram; em seguida, em virtude de suas confissões, um grande número foi sentenciado nem tanto devido ao incêndio, mas pelo ódio da raça humana. E o escárnio acompanhou o fim deles: foram cobertos por peles de animais selvagens e mordidos até a morte por cães; ou foram amarrados a cruzes, e quando a luz do dia se extinguiu os queimaram para servir de tochas à noite. Nero ofereceu seus jardins para exibir o espetáculo… *(Tácito, Anais 15.44-2-8.)

(…) desde a época do império de Augusto (27 a.C.-14 d.C.), o imperador e o Senado reprimiram todos os dissidentes sociais que poderiam causar problemas, como astrólogos, mágicos, seguidores de cultos religiosos estrangeiros e filósofos. “O grupo cristão possuía todas as características da conspiração. Primeiro. diziam-se seguidores de um homem acusado de magia, que fora executado por essa razão e por traição: segundo, eram “ateus que denunciavam como “demônios” os deuses que protegiam a prosperidade do Estado romano – até mesmo a personificação (espirito divino) do imperador; terceiro, pertenciam a uma sociedade ilegal. ”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 86.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Textos Hereges de Nag Hammadi

A grande diversidade de textos abrange desde evangelhos secretos, poemas e descrições quase filosóficas sobre a origem do universo até mitos, mágicas e instruções de práticas místicas.

(..) parecem ser ambos parte de uma disputa crítica na formação do início do cristianismo. Os textos de Nag Hammadi e outros similares, que circularam no início da era cristã, foram denunciados como hereges por cristãos ortodoxos em meados do século II. Sabemos que muitos dos primeiros seguidores de Cristo foram condenados por outros cristãos como hereges porém
quase tudo que conhecíamos sobre eles provinha do que fora a escrito por seus adversários para atacá-los.”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XVIII-XIX.

Capítulo: Introdução.

A Magia é Mental

“O primeiro dos Sete Princípios Herméticos é o princípio de Mentalismo, o seu axioma é “O TODO é Mente; o Universo é Mental“, que significa que a Realidade Objetiva do Universo é Mente; e o mesmo Universo é Mental, isto é, existente na Mente do TODO. Estudaremos este princípio nas seguintes lições, mas deixai-nos examinar o efeito do princípio se for considerado como verdade,

Se o Universo é Mental na sua natureza, a Transmutação Mental pode ser considerada como a arte de MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de Matéria, Força e Mente. Assim compreendereis que a Transmutação Mental é realmente a Magia de que os antigos escritores muito trataram nas suas obras místicas, e de que dão muito poucas instruções práticas. Se Tudo é Mental, então a arte que ensina a transmutar as condições mentais pode tornar o Mestre diretor das condições materiais tão bem como das condições chamadas ordinariamente mentais.

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 32.

Círculo Para Bruxaria

“Um embaixador romano, num país estrangeiro, formava um círculo de subalternos ao seu redor, para mostrar que estava protegido de ataques; os babilônios fazer um círculo de farinha ao redor da cama de um homem doente, para manter os demônios afastados; os judeus alemães, na idade média, desenhar um círculo ao redor da cama de uma mulher em trabalho de parto, para protegê-la contra espíritos malignos. O uso de um círculo para marcar a fronteira de uma área que é sagrada é muito antigo (veja Stonehenge, por exemplo). Mas o Círculo não apenas mantenha os indesejados do lado de fora, e também mantém o que se deseja – o poder do elevado, a energia mágica – contido dentro dele.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 126.

Ocasião, Sentimento, Limpeza

“(…) alguns fatores essenciais da magia.

O primeiro deles é a ocasião em que a magia é realizada. (…) A magia construtiva (para o crescimento) é realizada, basicamente, durante o quarto crescente, e a magia para destruição é realizada durante o quarto minguante. A magia construtiva consiste em estimular coisas com amor, sucesso, a proteção, à saúde, a fertilidade. A magia destrutiva inclui feitiço de amarração, separação, eliminação, extermínio. Essas magias tem um elemento de magia simpática apenas com relação a época em que são realizadas.  (…)

O segundo fator essencial da magia é o sentimento. Você precisa realmente querer que aconteça aquilo pelo que você está trabalhando. Precisa querer com todo o seu ser. Investir cada infinita partícula de poder nesse desejo, nessa vontade de ver algo acontecer. (..) Esse forte “sentimento” é, com efeito, o “poder” acumulado usado na magia. Como auxiliares, ou propulsores do seu poder, podem ser usados um grande número de amplificadores. Um desses é o canto e outro é a rima. O cantar ritmado de um feitiço, com uma batida seca, regular, pode ajudar a intensificar seu sentimentos e, desta maneira, aumentar seu poder. (…)

A limpeza é o terceiro fator essencial da magia.  Quando praticar magia, é aconselhável estar com o corpo limpo. Interna e externamente. (…) Também prepare o corpo inteiro e hoje removendo as toxinas faça isso jejuando durante 24 horas, antes de realizar o trabalho mágico. Abstenha-se do álcool, da nicotina e da atividade sexual.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 83-84.

Magia e Mentalização

“Imagine uma luz branca brilhante vinda de cima e entrando em seu corpo pelo topo da cabeça. Sinta-a se espalhar pelo seu corpo inteiro e então direcione-a para o seu braço. Concentre todas as suas energias para enviá-la para o seu braço, pelo dedo e para dentro da água.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 74.

Tudo Isso é Magia

“Pois existem três grandes eventos na vida do homem: o Amor, a Morte e a Ressurreição num novo corpo; e a Magia controla todos os três. Pois, para conhecer plenamente o amor; você deve voltar a mesma época e ao mesmo lugar que a pessoa amada, e deve se lembrar e ama-la novamente. Mas, para renascer, você tem de morrer estar pronto para um novo corpo; para morrer, você tem de nascer; e, sem amor, você não pode nascer. E tudo isso é Magia!

Um trecho do “Mito da Deusa” como encontrado na Wicca gardneriana.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 66.

Feitiços e Encantamentos

“O mais importante ingrediente para um feitiço é a emoção. Você precisa querer que alguma coisa aconteça. Precisa querer com todo o seu ser e, por meio desse desejo, você vai direcionar todo o seu poder para a magia.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 51.