Declaração Sobre os Mandamentos

“A declaração de Jesus sobre os dois maiores mandamentos é narrada nos três evangelhos sinópticos com mínimas variações. Nos evangelhos de São Mateus e São Marcos ela ocorre durante a última semana de Jesus em Jerusalém, pouco antes de sua crucificação; no evangelho de São Lucas, sucede mais cedo.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 499.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

José; Abra os Teus Olhos e Vê Quem é Que Fala Contigo

“E José disse: No dia da preparação, por volta da décima hora, você me prendeu, e eu continuei ali o sábado inteiro. E à meia-noite, enquanto eu me levantava e orava, a casa em que você me prendeu foi levada pelosquatro cantos, e eu vi como um lampejo de luz nos meus olhos, e, cheio de medo, caí por terra. E alguém me pegou pela mão e me tirou do lugar em que eu havia caído; e a umidade da água foi derramada sobre mim da cabeça aos pés, e um cheiro de ungüento surgiu em minhas narinas. E ele enxugou meu rosto, me beijou e me
disse: Não temas, José; abra os teus olhos e vê quem é que fala contigo. E olhei para cima e vi Jesus e eu tremia, e supus que fosse um espírito; e eu disse os mandamentos: e ele os disse comigo. E como não ignorais que um
espírito, se encontra alguém e ouve os mandamentos, imediatamente foge. E quando percebi que ele os havia recitado comigo, perguntei-lhe: Rabi Elias? E ele me disse: eu não sou Elias. E eu lhe disse: Quem és, Senhor? E ele me disse: Eusou Jesus, cujo corpo você pediu a Pilatos, e me vestiu com roupas limpas e cobriu meu rosto com um guardanapo. Deitou-me em sua nova caverna e rolou uma grande pedra sobre a porta da caverna. E eu disse a ele que falava comigo: Mostra-me o lugar onde eu te deitei. E ele me trouxe e me mostrou o lugar onde
eu o deitei, e o pano de linho estava nele, e o guardanapo que estava em seu rosto. E eu sabia que era Jesus. E ele me pegou pela mão e me pôs no meio da minha casa, fechando as portas, e me deitou na minha cama e me disse:
Paz seja contigo. E ele me beijou e me disse: Até quarenta dias terem se passado não saias de tua casa; pois eis que vou a meus irmãos na Galiléia.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 531.

Dez Mandamentos

“Moisés, na sua qualidade de mensageiro do divino Mestre, procura então concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da Terra da Promissão. Médium extraordinário, realiza grandes feitos ante os seus irmãos e companheiros maravilhados.

É quando então recebe, de emissários do Cristo, no Sinai, os dez sagrados Mandamentos que, até hoje, representam a base de toda a justiça do mundo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 58.

Palavras de Sabedoria Através de Jesus

Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar“: quando a Consciência Crística pronunciava palavras de sabedoria por intermédio de Jesus era porque a Consciência Cósmica, de onde emanam todas as coisas, fazia vibrar Seus desejos como um grande mandamento concernente ao que devia ser dito ao mundo através dos lábios de Jesus, em forma de discursos e parábolas para as multidões e de máximas e conselhos com explicações mais profundas para os discípulos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 205.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

A Mensagem do Redentor “do Mundo”

“O mundo se acha repleto de grupos inimigos em função dessa atitude: adoradores de totens, bandeiras e partidos. Mesmo as chamadas nações cristãs – que, segundo se supõe, seguem um Redentor “do Mundo” – são mais bem conhecidas, na história, pela sua barbaridade colonial, e pelas lutas internas, do que por alguma demonstração prática de amor incondicional, sinônimo da conquista efetiva do ego, do mundo do ego e do deus tribal do ego, que foi ensinada pelo seu professado Senhor supremo:

“Digo, a vós que ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. (…) E, se amardes aos que vos ama, que recompensa obtereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa obtereis? (…) Sede pois misericordiosos como também o vosso Pai é misericordioso.”

Uma vez que nos libertemos dos preconceitos da nossa própria versão provincianamente limitada, de caráter eclesiástico, tribal ou nacional, dos arquétipos do mundo, torna-se possível compreender que a suprema iniciação não é dos pais maternais locais, que projetam a agressão nos vizinhos para garantir sua própria defesa.  A boa nova, que o Redentor do Mundo traz e que tantos se rejubilaram, por ouvir, pela qual se empenharam em orar, mas que relutaram, aparentemente, em demonstrar, afirma que Deus é amor, que Ele é, e deve ser, amado, e que todos, sem exceção, são filhos seus“.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 151-152