Narrativa do Nascimento de Maria

“No tempo das seitas místicas e cultos sagrados da Grande Fraternidade Branca do Oriente, houve um certo Joaquim, alto sacerdote do Sagrado Templo de Helios, fora dos portões de Jerusalém. Era ele um devoto seguidor dos rituais sagrados e havia se comprometido a dar tudo que lhe pertencesse ao grande trabalho. Quando chegou a época de Ana, sua mulher, ter um filho, eles concordaram que, se fosse uma menina e demonstrasse já durante a infância que fora divinamente enviada, ela se tornaria uma pomba (Columba) no Templo Santo, como virgem do Sanctum Sagrado. No nono mês Ana deu à luz uma criança, uma menina tal como haviam predito os astrólogos (Magos) do Templo. Passado o tempo de praxe, Ana purificou-se e amamentou a criança, chamando-a Maria, porque o sol estava em Libra na hora do nascimento.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 91.

Virgens, Mães de Deus

Buda foi considerado por todos os seus seguidores como gerado por Deus e nascido de uma virgem chamada Maya ou Maria. Nas antigas histórias sobre o nascimento do Buda, tais como são compreendidas por todos os orientais e como são encontradas em seus escritos sagrados muito anteriores à Era Cristã, vemos como o poder Divino, chamado o Espírito Santo, desceu sobre a virgem Maya. Na antiga versão chinesa desta história, o Espírito Santo é chamado Shing-Shin.

Os siameses tinham igualmente um deus e salvador nascido de uma virgem e que eles chamaram Codom. Nesta velha história, a bela e jovem virgem fora informada com antecedência de que se tornaria mãe de um grande mensageiro de Deus e, um dia, enquanto fazia seu período usual de meditação, concebeu através de raios de sol de natureza Divina.

(…)

Quando os primeiros europeus visitaram o Cabo Comorin, na extremidade sul da península do Industão, surpreenderam se ao encontrar os naturais do lugar, que nunca haviam tido contato com as raças brancas, cultuando um Senhor e Salvador que fora divinamente concebido e nascera de uma virgem.

E quando os primeiros missionários jesuítas visitaram a China, escreveram em seus relatórios que haviam ficado consternados por encontrarem na religião paga daquela terra a história de um mestre redentor que nascera de uma virgem por concepção divina. Ao que consta, esse deus havia nascido 3468 anos a. C. (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 75.

José e Maria entre os Essênios

“Não só José era um Essênio dedicado e carpinteiro por profissão, de acordo com as regras da organização, mas também Maria, sua esposa, era membro associado. Entre tanto, ambos tinham sido obrigados a aceitar a igreja judia e haviam se identificado com essa fé de modo puramente formal, de acordo com as leis da terra.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 66.

Nazarenos ou Nazaritas

“Todos os fatos acima apresentados indicam claramente que José, Maria e a criança, eram considerados como Nazarenos ou Nazaritas, junto com muitos outros de sua localidade, ou seja, pessoas pertencentes a uma seita não judaica.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 63

Dogmas Herdados

“Nos primeiros tempos do Cristianismo, principalmente, foram adotados de maneiras mais definitivas outros conceitos oriundos das antigas religiões. A ideia da Trindade, por exemplo, foi extraída da antiga tríade egípcia. Osíris, Ísis e Hórus tornaram-se Deus, Maria e Jesus. O dia 25 de dezembro como nascimento de Jesus foi emprestado do Mitraísmo –  que também defendia a segunda vinda do Cristo e do ato de “comer o corpo e beber o sangue de Deus”. Em muitas religiões do mundo antigo encontram-se concepções imaculadas e o sacrifício do deus pela salvação do ser humano”.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 35.