Sudário de Turim – Médico Legista

“A prática de fornecer e regurgitar fatos sem substância cria empecilhos para os argumentos a favor da autenticidade, pois diluem a informação factual, e eles são tão amplamente disseminados que os não iniciados se tornam vítimas de “lavagem cerebral”. (…)  sindonologia (estudo do Sudário) (…)

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Sempre houve aqueles que acreditam e os que não acreditam, mas a batalha entre eles nunca foi tão furiosa quanto no período depois do dia 13 de outubro de 1988, quando o Sudário foi testado com o carbono 14 por três renomados laboratórios e o teste indicou que a peça datava da Idade Media, entre os anos 1260 e 1390 d.C. Os resultados foram subsequentemente publicados por Damon et al. em 1989, no Jornal Nature (vol. 337:611-615, 1989).

(…) os estudos mais sofisticados realizados por experts de renome de várias disciplinas da ciência, usando equipamentos de última geração e métodos modernos, não conseguiram explicar os mecanismos pelos quais a imagem foi criada (in statu nascenti), e todas as tentativas de reproduzi-la resultaram em fracassos retumbantes.

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Os últimos dois dias da exposição foram reservados para a Segunda Conferencia Científica Internacional de Sindonologia, da qual eu tive o privilégio de participar. (…) Cientistas interessados no assunto vieram de todas as partes do mundo, representando as áreas da patologia, biologia, eletrônica, física termonuclear, palinologia, criminologia, anatomia, cirurgia, computação, arqueologia têxtil, história da arte, radiologia, química e física nuclear. Eles estavam lá para apresentar suas descobertas, trocar novas ideias e discutir recentes progressos.

A semana que se seguiu à conferência foi reservada para 120 horas de estudos científicos do Sudário realizados pelo Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP) e outras entidades. As atividades incluíram espectroscopia no visível, ultravioleta e de infravermelho; microscopia leve, ultravioleta, fluorescente e de fase; termografia infravermelha; radiografia; microscopia eletrônica; análise computadorizada; análise de imagem fotográfica com filmes especiais; análise microquítimica etc.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 212-217.

Introdução

“A investigação foi de longe a mais intrincada, intrigante e desafiadora experiência de minha carreira. Como médico-legista chefe-patologista forense, tenho investigado alguns dos casos mais complicados, surpreendentes, bizarros e cruéis, incluindo aí homicídios, suicídios, mortes por uso de drogas, acidentes automobilísticos, mortes suspeitas, casos de abuso infantil, envenenamentos e coisas do gênero. Nada disso se compara aos detalhes intrincados que confrontei durante minha exploração sobre a morte de Jesus.

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Este novo livro representa a culminância de mais de 53 anos- um novo olhar sobre a pesquisa a respeito dos aspectos médicos e científicos da crucificação.

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Patologia forense-que exige muitos anos de educação especializada e experiência- é a especialidade médica que lida com os mecanismos e as causas de sofrimento e morte devidos a circunstâncias violentas, como a crucificação. O patologista forense é um detetive médico, um expert em reconstituições, cujo testemunho em juízo deve oferecer alto grau de precisão médica.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 11-14.