“Na tradição védica da antiga Índia, a criança recém-nascida é denominada kayastha, que significa “identificado com o corpo”. Os dois olhos físicos, que enxergam a atraente matéria, são legados pelos pais físicos; mas, durante a iniciação ou batismo espiritual, o olho espiritual é aberto pelo guru. Com a ajuda do guru, o iniciado aprende a utilizar esse olho telescópico para ver o Espírito, tornando-se então dwija, “nascido duas vezes” – a mesma terminologia metafísica usada por Jesus -, e inicia seu progresso até o estado de brâmane, aquele que conhece Brahman ou o Espírito.”
Nota: Atribui-se à verdadeira meditação (dhyana, o sétimo passo da Senda Óctupla da Yoga, delineada pelo sábio Patânjali) “a concepção da magnitude de Om“, o Verbo ou Espírito Santo da Bíblia. (…) Seguindo com afeição os preceitos sagrados desses santos personagens, o homem se torna capaz de dirigir para dentro todos os seus órgãos dos sentidos, na direção do centro comum deles: o sensório, Trikuti ou Sushumnadwara, a porta para o mundo interior – onde ele percebe a Voz (…) [a Vibração Cósmica, que é] o Verbo, Amém, Om (…).
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 276-277.
Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.