Coroando Um Rei

Figura: 3-3

“Espinheiro-de-cristo sírio (Ziziphus spina-christi) Close-up dos espinhos de uma jovem planta cultivada pelo autor.”

(…)

“A inervação que permite a percepção de dor na cabeça é feita por fios ramos de dois nervos principais o nervo trigêmeo, que supre essencialmente a parte frontal da cabeça, e o grande ramo occipital, que abastece a parte de trás (Figura 3-6). Somente uma representação esquemática da distribuição dos nervos é apresentada, já que esses ramos se dividem de forma infinitesimal pela pele. Para apreciar essa distribuição, pegue um alfinete e tente achar uma parte do seu couro cabeludo que seja isento de dor.

Figura: 3-6

Diagrama da região da cabeça. Os ramos finos e de coloração clara são os nervos e os mais escuros e grossos são os vasos sanguíneos. (Do Atlas de Anatomia Descritiva de Sobotta, Fig. 56, com a permissão de Urban e Schwartzenberg, Munique, Alemanha).”

Por exemplo, se algum dos minúsculos ramos do nervo trigêmeo que suprem os dentes é irritado, uma dor de dente é desencadeada e todos nós sabemos como é esse tipo de dor. E certamente difícil acreditar que a irritação de um “nervinho” tão pequeno possa causar tamanha dor. Outra importante condição clínica associada com a imitação do nervo trigêmeo é chamada de tic douloureux ou major trigeminal neuralgia. (…) ela causa surtos repentinos de uma dor penetrante, lancinante e explosiva nos lados direito ou esquerdo da face (…) “Zonas de gatilho”, ou áreas que desencadeiam dor, estão presentes nos lábios e nos lados do nariz e podem ser ativados por estimulo tátil. Se uma dessas zonas é tocada ou atingida, um sum repentino de dor acontece e pode até imobilizar o indivíduo. Pacientes descrevem essas dores como “facadas”, “choques elétricos” ou “golpes com atiçador de carvão”. (…) De acordo com o dr. Robert Nugent, professor e presidente do Departamento de Neurocirurgia da Escola de Medicina da Universidade de West Virginia, e pioneiro no tratamento, “a neuralgia do trigêmeo é considerada a pior dor que um ser humano pode sofrer. É tão devastadora que se torna insuportável sob qualquer de suas diversas formas” (West University Newsletter, 1986).”

Figura: 5-1

Pregos Romanos datados de cerca de 83 d.C. Estas são algumas amostras das sete toneladas de pregos que foram escavados pelo professor Richmond em uma fortaleza em Inchitullil, Escócia. (Pregos doados por Sir Geoffrey Ford, Instituto de Metais, Londres.)”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 44-51.

44-51

A “Coroação” de Jesus

“É importante notar que a coroa foi feita come entrelaçamento dos espinhos na forma de um boné. Isso permitiu contato de uma quantidade enorme de espinhos com o topo da cabeça, a fronte, a parte traseira e as laterais. (…) A dor podia cessar abruptamente, mas era reiniciada com o menor movimento nas mandíbulas ou golpe de ar.

(…)

A imagem frontal sugere acentuada saturação do cabelo com sangue seco, fazendo com que ele permanecesse nos dois lados do rosto. (…) A parte de trás da cabeça também está saturada de sangue. (…) Marcas compatíveis com espinhos estão presentes na testa e na nuca. Além dos ferimentos com a coroa de espinhos, os golpes que Ele recebeu no rosto são evidentes no Sudário, particularmente na região da testa, lado superior direito do lábio, mandíbula e nariz. O padrão tridimensional nas imagens realçadas por computador revelam mais claramente uma separação na cartilagem nasal- mas não uma fratura – e confirmam os ferimentos já citados.

(…)

A dor violenta causada pela neuralgia do trigêmeo e os múltiplos golpes na região da cabeça de Jesus e na coroa de espinhos somaram-se ao trauma já recebido por causa do espancamento brutal e da flagelação na casa de Caifá (…) A essa altura, já havia um acúmulo de fluido 20 redor dos pulmões (efusão pleural) de Jesus, que vinha se desenvolvendo vagarosamente em decorrência dos golpes no peito durante a flagelação.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 52-54.