A pergunta “O que é?

“A pergunta O que é?” era o questionamento sobre a realidade essencial e profunda de uma coisa para além das aparências e contra as aparências. Com essa pergunta, Sócrates levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser,entre mera crença ou opinião e verdade. 

Sócrates era filho de uma parteira. Ele dizia que sua mãe ajudava o nascimento dos corpos e que ele também era um parteiro, mas não de corpos e sim de almas. Assim como sua mãe lidava com a matrix corporal, ele lidava com a matrix mental, auxiliando as mentes a libertar-se das aparências e buscar a verdade.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 13.

Introdução: Para que filosofia?

Neo e Sócrates

Aula Magna

A crise da verdade

“A crise da verdade estremece a crença nos próprios fatos. Opiniões podem divergir fortemente umas das outras. Mas são legítimas, enquanto “respeitarem a integridade dos estados de fato aos quais remetem”. A liberdade de opinião se degrada, ao contrário, em farsa, caso perca a referência aos estados de fato e às verdades factuais.

Em 2005, o New York Times elegeu o neologismo truthiness como uma das palavras que capturam o Zeitgeist. A truthiness, algo como a “veridade”, reflete a crise da verdade. Faz referência à verdade sentida que carece de toda objetividade, de toda solidez dos fatos.”

HAN, Byung-Chul. Infocracia: Digitalização e a crise da democracia. Ed. Vozes, 2022, Local 755-759.

A crise da verdade

Não se Preocupe com a Opinião das Outras Pessoas a Seu Respeito

“Não se preocupe com a opinião das outras pessoas a seu respeito. Elas estão fascinadas e iludidas pelas aparências. Mantenha-se firme em seu propósito. (…) Evite tentar conquistar a aprovação e admiração dos outros (…) Na realidade, desconfie se for visto pelo outros como alguém especial. Fique alerta para não adquirir uma falso sentimento de auto importância.

Manter sua vontade em harmonia com a verdade e preocupar-se com o que está além de seu controle são princípios mutuamente exclusivos. Enquanto estiver absorvido por um deles, você irá obrigatoriamente negligenciar o outro.”

Epicteto. A arte de viver/ Epicteto; uma nova interpretação de Sharon Lebell. Sextante, Rio de Janeiro, 2018, p. 40.