A ordem é o próprio propósito

“O não-uso, além disso, seria reconhecido nesse mundo como propósito legítimo. Para ser reconhecido, deve servir à manutenção e perpetuação do todo ordenado. É a própria ordem, e somente ela, que não requer legitimação; ela é, por assim dizer, “seu próprio propósito”. Ela simplesmente é, e não adianta desejar que não fosse: isso é tudo o que precisamos ou podemos saber sobre ela. Talvez exista porque Deus a fez existir em Seu ato de Criação Divina; ou porque criaturas humanas, mas à imagem de Deus, a fizeram existir em seu trabalho continuado de projetar, construir e administrar. Em nossos tempos modernos, com Deus em prolongado afastamento, a tarefa de projetar e servir à ordem cabe aos seres humanos.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 1014.

Capítulo 2 | Individualidade

Capitalismo – pesado e leve

Ordem

“Ordem”, permitam-me explicar, significa monotonia, regularidade, repetição e previsibilidade; dizemos que uma situação está “em ordem” se e somente se alguns eventos têm maior probabilidade de acontecer do que suas alternativas, enquanto outros eventos são altamente improváveis ou estão inteiramente fora de questão. Isso significa que em algum lugar alguém (um Ser Supremo pessoal ou impessoal) deve interferir nas probabilidades, manipulá-las e viciar os dados, garantindo que os eventos não ocorram aleatoriamente.

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 1008.

Capítulo 2 | Individualidade

Capitalismo – pesado e leve

A filosofia

“A filosofia”, insiste Strauss, é a busca da “ordem eterna e imutável na qual a história acontece e que permanece inalterada pela história”. O que é eterno e imutável é também universal; embora a aceitação universal dessa ordem eterna e imutável possa ser atingida somente com base no conhecimento genuíno ou na sabedoria — não através da reconciliação ou do acordo entre opiniões.

“O acordo fundado na opinião não pode nunca se tornar um acordo universal. Toda fé que pretende a universalidade, isto é, a aceitação universal, necessariamente provoca uma contra-fé com a mesma pretensão. A difusão entre os não-iniciados do conhecimento genuíno adquirido pelos sábios não serviria para nada, pois pela difusão ou diluição o conhecimento inevitavelmente se transforma em opinião, preconceito ou mera crença.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 842.

Capítulo 1 | Emancipação

A teoria crítica revisitada

Não existe o que ele não vivifica

“(…)Não existe o que ele não vivifica, e, trazendo todas as coisas, vivifica;

(…)

Assim, Deus é o Pai do mundo; e o mundo, das coisas no mundo; e tanto o mundo é filho de Deus como os que no mundo existem por causa de mundo; e provavelmente o mundo tem sido chamado ordem; pois ornamenta todos os seres pela distinção do engendramento, e pelo contínuo da vida, e pelo infatigável de energia, e pela velocidade da necessidade, e pela sustentação dos elementos, e pela ordem dos que hão de vir a ser.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 177.

Parte II- Corpus Hermeticum Graecum.

Lilellus IX

Subsistemas da ordem

“Por mais livres e voláteis que sejam os “subsistemas” dessa ordem, isoladamente ou em conjunto, o modo como são entretecidos é “rígido, fatal e desprovido de qualquer liberdade de escolha”. A ordem das coisas como um todo não está aberta a opções; está longe de ser claro quais poderiam ser essas opções, e ainda menos claro como uma opção ostensivamente viável poderia ser real no caso pouco provável de a vida social ser capaz de concebê-la e gestá-la.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 116.

Prefácio

Ser leve e líquido

Hipótese dos Templários

“Wilson conclui que o famoso ídolo adorado pelos templários nada mais seria que o Sudário, o qual teria chegado aos Charny, depois da supressão da Ordem, por meio de Geoffroy, quase homônimo que foi conduzido ao suplício.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 40.

Dever e Necessidade

“O dever define a submissão que nos cabe a certos princípios estabelecidos como leis pela Sabedoria divina, para o desenvolvimento de nossas faculdades.

Para viver em segurança, ninguém desprezará a disciplina.

Obedecem as partículas elementares no mundo atômico, obedece a constelação na glória da imensidade.

O homem viajará pelo firmamento, a longas distâncias do lar em que se lhe vincula o corpo físico; no entanto, não logrará fazê-lo sem obediência aos princípios que vigem para os movimentos da máquina que o transporta.

Dessa forma, simbolizar o dever como sendo a faixa de ação no bem que o supremo Senhor nos traça à responsabilidade, para a sustentação da ordem e da evolução em sua obra divina, no encalço de nosso próprio aperfeiçoamento.

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 87.

Segurança e Ordem no Serviço do Bem

“Gabriel, de olhos percucientes e lúcidos, a tudo presidia com firmeza

Nenhuma ocorrência, por mínima que fosse, lhe escapava à percepção.

Aqui, a um leve sinal seu, entidades escarnecedoras eram exortadas à renovação de atitude, ali, socorriam-se doentes que ele indicava com silencioso gesto de recomendação.

Era o pulso de comando, forte e seguro, sustentando a harmonia e a ordem, na exaltação do trabalho.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.