“A filosofia”, insiste Strauss, é a busca da “ordem eterna e imutável na qual a história acontece e que permanece inalterada pela história”. O que é eterno e imutável é também universal; embora a aceitação universal dessa ordem eterna e imutável possa ser atingida somente com base no conhecimento genuíno ou na sabedoria — não através da reconciliação ou do acordo entre opiniões.
“O acordo fundado na opinião não pode nunca se tornar um acordo universal. Toda fé que pretende a universalidade, isto é, a aceitação universal, necessariamente provoca uma contra-fé com a mesma pretensão. A difusão entre os não-iniciados do conhecimento genuíno adquirido pelos sábios não serviria para nada, pois pela difusão ou diluição o conhecimento inevitavelmente se transforma em opinião, preconceito ou mera crença.”
BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 842.
Capítulo 1 | Emancipação
A teoria crítica revisitada