“(…)em resumir em um único signo os fatos, as leis e os princípios correspondentes à ideia que se pretende transmitir. Esse signo, verdadeiro reflexo dos signos naturais, chama-se pentáculo.
O pleno será representado pela cauda de uma serpente; o vazio, por sua cabeça e o círculo, por seu corpo. Esse é o significado do antigo συροβόρος.
A serpente enrola-se em torno de si mesma, de modo que sua cabeça (vazio atrativo-passivo) procura devorar continuamente a própria cauda (pleno-repulsivo-ativo), que foge dela em um movimento eterno.
As duas forças, luz e calor, opondo-se no negativo e no positivo, constituem um quaternário, que é a imagem das leis do movimento indicadas por essas forças equilibradas. Seu símbolo será a cruz.
Sabemos que essa força emite constantemente correntes vitais que se materializm e depois se espiritualizam, saindo da unidade e voltandopara ela o tempo todo. Uma dessas correntes, a que vem da Unidade e vai para a passivo descendente, a outra, que vem da multiplicidade e vai para a Unidade é o ativo ascendente.
Podemos designá-lo por dois triângulos, um preto descendente, o outro branco ascendente. Esse é o processo empregado no pentáculo martinista.
Também podemos simbolizá-lo com duas colunas, uma branca, outra preta (…) posições dos braços de uma figura, um erguido para representar a corrente ascendente, o outro abaixado para a terra para representar a corrente descendente.
Se unirmos todos esses elementos, veremos surgir diante de nós a figura da 21a chave do tarô, a imagem do absoluto:
A serpente representa a força universal, os quatro animais simbólicos representam a lei das quatro forças equilibradas da força universal, as duas colunas no centro da serpente representam a operação do Movimento, e a mulher jovem é a criação resultante da vida.
Essa figura pode ter inúmeras aplicações. Em uma palavra, é um pentáculo, uma imagem do absoluto.”
PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.121-124.
Capítulo 6