O Ouroboros

illud magnum fluxum capitis et caudae.

(…) o Ouroboros, o que come a própria cauda, quando os opostos se unem: a cabeça está numa extremidade e a cauda na outra. São uma coisa só, mas têm um aspecto oposto e, quando a cabeça e a cauda, os opostos, se jun-tam, nasce um fluxo a que os alquimistas chamam de água mística ou divina, por mim descrita como o significativo fluxo vital. Com a ajuda do instinto de verdade, a vida corre como um fluxo significativo, como uma manifestação do Si-mesmo. Eis o resultado da coniunctio no presente caso. Em muitos outros casos, ela é descrita como a pedra filosofal mas, como também é dito em numerosos textos, a água da vida e a pedra são uma coisa só.

É um enorme paradoxo que o líquido – a água amorfa da vida e a pedra – a coisa mais sólida e morta – sejam, de acordo com os alquimistas, uma só e a mesma coisa. Isso se refere aqueles dois aspectos da realização do Si-mesmo: algo firme nasceu, algo que está além dos altos e baixos da vida, e simultaneamente nasceu algo muito vivificante que participa do fluxo vital, sem as inibições ou restrições da consciência.”

 

VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia, Uma introdução ao simbolismo e seu significado na psicologia de Carl G. Jung, Ed. Cultrix 2022, Pág 285-287.

6a Palestra | Alquimia Arábica

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